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A prática de exercícios físicos vem se tornando uma das grandes aliadas para a melhora da saúde, prevenção de doenças, melhora da estética corporal e desenvolvimento das capacidades físicas.

O avanço da prática esportiva é justificado pelo grande número de informações científicas e também pela difusão de informações através das mídias, que ressaltam que a prática exerce inúmeros benefícios, não apenas a nível físico, mas em relação à saúde mental.

Independente da modalidade escolhida, a atividade esportiva expõe as pessoas às lesões físicas, muitas vezes mais graves do que as lesões por esforços repetitivos (LER/DORT) e em locais mais acometidos, que são: joelhos, tornozelos e ombros que, na maioria das vezes, são constatadas essas lesões em atletas amadores e que podem prejudicar a qualidade de vida.

Apesar das inúmeras investigações para desenvolver estratégias de prevenção das lesões, como controle do peso para determinado esporte, organização do treino de acordo com a individualidade de cada um, uso de acessórios, roupas e calçados adequados, uma modalidade esportiva que dá a base e consciência corporal e pode ser utilizada como uma das estratégias para a prevenção de lesões, é o Treinamento Funcional.

A proposta do Treinamento Funcional é a integração do Sistema Neuromuscular com o treino de padrões de movimento e não o trabalho de grupos musculares isoladamente, pois atividades cotidianas e desportivas exigem a ativação de diversos grupos musculares ao mesmo tempo e, baseado neste princípio primordial, é uma excelente ferramenta para melhorar a qualidade de vida, prevenir lesões e ainda aperfeiçoar o desempenho de atletas, a partir do desenvolvimento da consciência e controle corporal, melhora da coordenação motora, do equilíbrio muscular, da força e do tônus muscular, diminuindo a incidência de lesões.

Diante de tudo isso, vamos entender então, um pouco como o Treinamento Funcional pode ser super interessante para auxiliar na prevenção das lesões em atletas amadores.

Quais as lesões mais comuns em atletas amadores?

As principais lesões em atletas amadores e exercícios físicos são aquelas de grau 1, definidas como microtraumatismos de fácil tratamento e recuperação, sem gerar consequências maiores ao organismo.

Dentre as lesões desportivas mais frequentes temos as musculares, características de esportes coletivos ou de contato que exigem alta potência e força, como o atletismo, basquete, judô e futebol.

São classificadas quanto a intensidade da lesão em:

  • Microtraumatismos: são agressões locais e assintomáticas que, muitas vezes, passam imperceptíveis, como por exemplo os triggers points, que são áreas dolorosas quando ativadas durante uma lesão musculoesquelética. Estas áreas são hipersensíveis onde há uma redução da circulação sanguínea que promoverá a redução dos nutrientes celulares e a retirada de produtos residuais do metabolismo celular, além do acúmulo de ácido lático e outras substâncias, que podem levar à inflamação e dor nas áreas afetadas;
  • Macro traumatismos: são lacerações parciais ou totais do músculo com manifestação sintomática.

Em relação à etiologia e classificação das lesões musculares elas podem ser:

  • Traumática direta: quando ocorre contato e impacto, como por exemplo quedas ou traumas de contato;
  • Traumática indireta: quando ocorre com ausência de contato em modalidades esportivas que exigem alta potência;
  • Não traumáticas.

Dentre as classificações as mais comuns são:

  • Distensão: alongamento excessivo, esforço exagerado, uso repetitivo do tecido mole. Tende a ser menos grave do que uma entorse. Ocorre em virtude de trauma leve ou trauma não-habitual de grau mínimo repetido;
  • Entorse: sobrecarga intensa, estiramento ou ruptura de tecidos moles, como cápsula articular, ligamento, tendão ou músculo. Esse termo com frequência se refere especificamente à lesão de um ligamento e é graduado como entorse de primeiro (leve), segundo (moderado) ou terceiro (grave) grau;
  • Subluxação: deslocamento incompleto ou parcial que normalmente envolve trauma secundário aos tecidos moles ao redor;
  • Luxação: deslocamento de uma parte, geralmente ósseas, de dentro de uma articulação, levando a lesão de tecidos moles, inflamação, dor e espasmo muscular;
  • Ruptura ou laceração muscular/tendínea: se a ruptura ou laceração é completa, o músculo não traciona a lesão, de modo que o alongamento ou contração do músculo não causa dor;
  • Tenossinovite: inflamação da membrana sinovial que cobre um tendão;
  • Tendinite: é a inflamação de um tendão que pode ser resultante de cicatrizes ou depósitos de cálcio;
  • Sinovite: inflamação de uma membrana sinovial causado pelo excesso de fluido sinovial dentro de uma articulação ou bainha tendínea graças a trauma ou doença;
  • Bursite: inflamação de uma Bursa;
  • Contusão: lesão devido a um golpe direto, levando a ruptura capilar, sangramento, edema e uma resposta inflamatória.

Como o Treinamento Funcional auxilia a evitar as lesões em atletas amadores?

O Treinamento baseado na funcionalidade, ou seja, exercícios e movimentos que, quando realizados, favorecem de forma integrada e multiplanar, implicando a aceleração, a desaceleração e a estabilização, com o objetivo de aprimorar a habilidade do movimento. O Treinamento Funcional, através destes princípios, possui uma ampla possibilidade de aplicação e transferência dos efeitos do treinamento para o esporte e para as atividades da vida diária (AVD’S).

O resultado? Maior consciência corporal, coordenação neuromuscular, estabilização e fortalecimento das estruturas necessárias para um bom desempenho no esporte.

Mas você pode estar se perguntando: então, como aplicar de maneira segura e que atinja este propósito para o desempenho esportivo?

Vamos conhecer algumas dicas muito válidas para atingir este objetivo de maneira positiva!

Dicas para trabalhar com atletas amadores

Dica 1 – Avalie e estabeleça objetivos individuais e específicos

A avaliação é o ponto crucial e inicial para um trabalho que, de maneira lógica, favoreça as necessidades de cada atleta.

A partir do conhecimento dos níveis de força, flexibilidade, coordenação motora, agilidade, resistência aeróbia e anaeróbia do seu atleta, é possível identificar as possíveis falhas funcionais do aluno e então, traçar objetivos para se alcançar a médio, curto e longo prazo associado às características do esporte.

Dica 2 – Conheça sobre a modalidade esportiva do seu atleta

Entender a biomecânica do movimento e a especificidade do esporte facilitará ao treinador funcional na hora da elaboração de planos de aula de maneira pontual e objetiva.

Saber quais são os tipos e qual o mecanismo das lesões mais prevalentes dentro de cada esporte auxiliará na construção de estratégias para a prevenção delas e também para o conhecimento dos fatores que podem estar atuantes em cada esporte.

Dica 3 – Faça um planejamento de aula a cada sessão de treinamento

O planejamento traz uma perspectiva clara sobre o que precisa ser feito e quais objetivos precisam ser alcançados.

Uma sessão de treinamento bem planejada e organizada trará ótimos resultados a partir de objetivos seguros e concretos e também na relação entre professor e aluno, passando motivação, evolução e segurança a cada etapa de treinamento.

Aulas não planejadas e desorganizadas são mais difíceis de darem certo e, quando o assunto são grupos específicos, a chance de insucesso é bastante alta.

Dica 4 – Estude

O professor deve ter amplo conhecimento nas áreas de anatomia, histologia, biomecânica, cinesiologia, avaliação, treinamento esportivo, periodização e Treinamento Funcional.

É fundamental que o profissional esteja atualizado segundo as técnicas e as estratégias de treinamento. Para isso, é necessário investir em leituras, estudos, pesquisas, participação de congressos e seminários visando a atualização e aperfeiçoamento profissional.

Dica 5 – Faça avaliações diárias com seus alunos

Apesar do planejamento de aula ser super importante no Treinamento Funcional, avaliar a cada aula para compreender melhor as percepções e condições físicas dos seus alunos é fundamental para traçar estratégias e adequações que podem ser necessárias naquele dia.

Conclusão

A grande missão de um professor de Educação Física que trabalha com atletas é ajudá-los a alcançar seu mais alto desempenho sem gerar consequências negativas.

As lesões em atletas amadores, independente do esporte, são comuns. Porém, conseguimos minimizar o seu surgimento através de estratégias preventivas, sendo o Treinamento Funcional um grande aliado.

Mas lembre-se, é muito importante que o profissional seja especializado no trabalho com atletas para que os resultados sejam positivos.

 

 

Referências

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Lipo B, Salazar M. Etiologia das lesões esportivas: um estudo transversal. Rev Bras Pres Fisiol Exerc. 2007;2(1):25-34.

KISNER,C;COLBY, L.A. Exercícios terapêuticos- Fundamentos e Técnicas.4ªed,Barueri, SP: Manole,2005.

REIS, A.A. Pilates funcional com acessórios-Ebook Voll Pilates Group,2019.

MONTEIRO, Artur Guerrini; EVANGELISTA, Alexandre Lopes. Treinamento funcional: uma abordagem prática. Phorte Editora LTDA, 2011.

Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

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