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Sabemos que o envelhecimento é um processo contínuo e que, até o momento, é um processo biológico irreversível, mas você sabia que podemos utilizar uma técnica chamada “Funcional +60” que colabora para a saúde nessa fase?

Através do conhecimento dos principais declínios neurofisiológicos, tem se tornado mais fácil prevenir e, acredite, até melhorar os declínios neuro funcionais.

Pensando nisso, preparamos um texto para que você possa entender como o “Funcional +60” auxilia a saúde do idoso e também como realizar esse treinamento. Continue lendo e descubra!

Declínio sensorial do idoso

O declínio sensorial, é composto pelo sistema visual, vestibular e proprioceptivo. Dentro do sistema visual, podemos explorar a velocidade de reação do N ótico, o campo visual, a percepção de contraste e a percepção de profundidade.

No segundo, podemos verificar o alinhamento e equilíbrio, o posicionamento da cabeça e o ajuste do movimento ocular. Já no terceiro sistema citado, conseguimos avaliar a sensibilidade cutânea, percepção de movimentos articulares, etc.

Declínio Funcional do idoso

Dentro dos declínios funcionais, podemos buscar os desgastes e alterações musculoesqueléticos, isso é, massa magra, massa óssea, flexibilidade, força e outros. Ainda falando em funcionalidade, podemos buscar os padrões posturais compensatórios.

Repare que não temos um padrão postural do idoso, temos padrões compensatórios típicos do envelhecimento.

Porém, é através dos testes que você vai verificar o tipo de base, qual a forma de descarga de peso nas articulações, quais as articulações mais exigidas, se aquele indivíduo está sob a influência de alguma outra patologia osteomioarticular e também de marcha utilizada por ele.

Neste ponto entra o treinamento “Funcional +60” e a utilização de estímulos sonoros, táteis ou qualquer outro. O objetivo é fazer com que o corpo aprenda qual posição deve adquirir, treinar o corpo, para que, durante as tarefas básicas do dia a dia, ele não sobrecarregue as articulações mas, sim, melhore a performance.

Outro tópico funcional muito comprometedor é o “tempo reação”: alguns idosos apresentam um “delay” na resposta motora cognitiva, o que pode ocasionar quedas e acidentes. Quando o corpo está sob ação de estímulos externos, seja um buraco, um susto ou uma mudança de iluminação, por exemplo, o corpo precisa criar estratégias.

O potencial dos alunos

A metodologia e o repertório dos exercícios do “Funcional +60” foram criados para uma aula coletiva, com exercícios em grupo. Dupla ou individuais, o que é uma forma excelente de promover o entrosamento entre os participantes.

E quer uma coisa mais libertadora que explorar nossas potencialidades? Claro, devemos estimular e aprimorar nossas fraquezas, mas cada corpo tem posições que facilitam determinadas tarefas, então é como se tivéssemos um caminho a trilhar.

Você pode ir pelo percurso mais curto, pelo mais divertido e até mesmo pelo mais longo. No primeiro você ganha tempo, no segundo emoção e no terceiro você aprecia mais paisagens.

Assim são nossas sinapses, nas fibras musculares, articulações e em nossa mente. Cada forma de movimento promove benefícios em diferentes áreas cerebrais e nenhuma é menos importante que a outra: cada uma pode ser mais adequada para cada momento do indivíduo.

Nem sempre o que acreditamos ser o movimento mais correto é o mais funcional para aquela pessoa. Podemos citar um exemplo em que um professor treinou intensamente seu paciente que, no momento, não estava conseguindo andar.

Os treinos surtiram efeito, porém, algumas semanas depois, o treinador encontrou seu paciente no supermercado e sabe como ele estava? Na cadeira de rodas.

O treinador não se conteve, cumprimentou-o e logo perguntou o que havia acontecido. A resposta foi desastrosa: o paciente disse que a cadeira lhe dava maior autonomia e liberdade.

Foi aí que o profissional percebeu que ele tinha se esquecido de reparar naquilo que seu paciente realmente almejava. Isso acontece muitas vezes com patologias e queixas; a funcionalidade, porém, é deixada como segundo plano.

A escoliose é um ótimo exemplo! Muitos profissionais focam tanto no alinhamento da postura, que se esquecem que, a função muscular, se altera de acordo com a composição corporal.

Um idoso pode se manter em uma errada postura por anos, até aparecer um profissional que busca pelo “alinhamento” ideal que pode conferir aos idosos dificuldades funcionais e respiratórias, podendo, até mesmo, causar dores que antes não existiam.

Não quer dizer que o idoso não pode melhorar a postura, claro que ele pode, mas existem casos em que é mais prático trabalhar sobre aquela postura já adquirida.

Benefícios do Funcional + 60

Um dos pontos levados em consideração no “Funcional +60”, é o de que alguns idosos tendem a ter depressão causados pelo abandono, a falta de tarefas para realizarem durante o dia e diversos outros fatores.

Aquele choque de autoestima pode ser muito bom: o toque, a brincadeira e a socialização auxiliam muito na assiduidade e conforto do idoso nas aulas. Este é mais um dos diferenciais na hora de implementar o “Funcional +60” no seu trabalho.

A aula passa a ser mais que apenas uma atividade física, ela se torna um momento de descontração em que ele explora o próprio corpo/mente e reconhece no outro as semelhanças.

A metodologia foi criada para aulas coletivas mas nada impede a modalidade de ser inserida em uma aula convencional de Pilates, por exemplo. As técnicas que são apresentadas durante a prática são flexíveis e adaptáveis à realidade de cada Studio.

Quando utilizada, a técnica do “Funcional +60”, pode ser aplicada em frequências dinâmicas. A prática é muito gratificante quando realizada em grupos, mas nada impede de ser realizada forma individual.

Quando pensamos na prática de maneira individual que podemos ver os prós e contras. Uma aula feita em grupo com pessoas de objetivos similares facilita as dinâmicas e o reconhecimento de pares.

Já uma aula feita de forma individual promove um maior contato professor/aluno assim como permite uma atenção exclusiva na execução e na elaboração do programa de exercícios. Resumindo, você como profissional, depois que tiver acesso aos exercícios, vai poder adequar à sua realidade e à preferência de seus alunos.

Para as dinâmicas, pode-se trabalhar com tipos de contagem diferentes, associação de tarefas ou exercícios conjugados e estímulos diversificados de auto percepção do movimento.

Dessa forma o estímulo é feito sem interferir no andamento da aula dos demais alunos. No repertório temos os exercícios para cada objetivo e, dentro deles, as adaptações para as compensações de cada um.

Dicas para aplicar o “Funcional +60”

Então aí vão algumas dicas!

  • Você sabe qual o lado predominante de todos os seus alunos? Peça rápido a ele: levanta um braço!
  • Você sabe em qual musculatura postural seu aluno tem mais fraqueza? E qual o lado? Ensine um exercício e exija a musculatura e ser aprimorada.
  • Vamos pegar a prancha como exemplo. Peça para seu aluno fazer a prancha e depois que salte na placa Reformer sem parar, até que você dê o comando de retorno para a prancha. Diga ao aluno para que faça a tarefa assim que ouvir seu comando.

Isso pode até parecer bobo e simples, mas nessa brincadeira, você consegue identificar o tempo de resposta do seu aluno, a resistência e, quando ele fizer a prancha sob efeito da fadiga, vai ficar muito mais nítido quais são as compensações musculares que refletem na postura dele no dia-a-dia.

Esse foi só um dos exemplos, para que você possa entender o que o “Funcional +60” pode facilitar no seu trabalho. Então, não é fórmula mágica, mas auxilia muito.

Pirâmide de performance

Já que estamos falando em performance, não poderíamos deixar de falar da pirâmide proposta pelo fisioterapeuta Gray COOK, a “Pirâmide de Performance”. Através dela, fica bem mais fácil elaborar um plano de trabalho evolutivo.

A pirâmide de performance, como mostra a figura acima, tem uma base relacionada a competência de movimento. Na base foi inserido o conceito de estabilidade e mobilidade para o movimento.

No meio, revela-se a capacidade de movimento como às motoras de força e potência, por exemplo. Chegando no ápice, teremos a especialização do movimento, através das habilidades específicas do esporte ou, no caso do idoso, podemos colocar as tarefas diárias específicas.

Para que possamos evoluir de forma gradativa e segura, foi proposta uma subdivisão da base da pirâmide em dois estágios.

No primeiro trabalha-se a relação entre a estabilidade e a mobilidade e no segundo, trabalharemos as valências de trabalho, como a capacidade de aeróbica, a resistência de força e a hipertrofia, que é a manifestação estrutural da força.

É exatamente na base da pirâmide que o “Funcional +60” está enraizado. O idoso pode evoluir ao ápice dessa pirâmide, sem sombra de dúvida. Porém, fatalmente é necessário ter o bom controle das áreas anteriores.

Estabilidade e mobilidade no “Funcional +60”

Para o trabalho da estabilidade e mobilidade, podemos utilizar marcadores visuais, assim fica mais fácil aprender o gesto motor, saber onde o movimento começa e onde ele termina.

Os acessórios podem estimular a contração de músculos desejados e são ótimos para estabilizar e treinar determinadas posições articulares. Como foi citado, no caso de valgismo, se você coloca um mini bad acima dos joelhos do seu aluno, ocorre um estímulo, para que ele faça a rotação externa.

Resistência da força

Chegamos então no treino de resistência de força, capacidade aeróbica e hipertrofia. Sim, esses fatores podem caminhar juntos com o primeiro.

A isometria é uma excelente forma de ganhar força sem comprometer a articulação. Ela é apontada como a queridinha na hora de proteger o corpo de lesões e gerar reforço muscular para as articulações.

No Pilates e também no funcional, geralmente não trabalhamos apenas um músculo de forma isolada.

Na maioria das vezes o movimento é executado em um segmento e, ao mesmo tempo, há contração de outra cadeia muscular para estabilizar aquela postura, esse trabalho de estabilização pode ser considerado uma isometria também.

O exercício isométrico permite estabilizar articulações, para que não haja sobrecarga ou compensações posturais, o que facilita um movimento fluido e harmonioso em todo o corpo.

Já para treinar a capacidade do movimento é necessário fortalecer o padrão de movimento, a realização de gestos específicos e, para serem feitos com excelência, é importante que haja a capacidade de realiza-los com força, velocidade e vigor.

Isso interfere diretamente na percepção do sistema nervoso. Podemos, portanto, dizer que o meio da pirâmide é composto por duas manifestações de força base neural, a força máxima e a potência muscular.

Velocidade, agilidade e técnica

Por fim, chagamos ao ápice da pirâmide que é caracterizada pela velocidade, agilidade e técnica.  Isso porque, para que um corpo tenha agilidade, ele precisa da união de potência muscular com a velocidade.

É importante ter em mente que a agilidade é a capacidade de acelerar e desacelerar o corpo. Então, além da velocidade e potência, o aluno deve ter técnica para que não ocorram lesões. O treino de agilidade pode sim ser feito em idosos, porém, é necessário cautela e cuidados com as etapas anteriores.

São válidos os treinos de agilidade e, inclusive, podemos utilizar estímulos cognitivos para dar esse comando. São os mais divertidos, porém é necessário cuidado e atenção.

Podemos utilizar gestos motores simples, que já tenham passado pelas etapas anteriores. Há diversas formas de trabalhar a agilidade dentro dos circuitos do “Funcional +60”, associando principalmente às tarefas cognitivas.

Nos treinos de “Funcional +60”, conseguimos inclusive uma troca de parceria entre os alunos, para que eles se ajudem e estimulem um ao outro para faz a aula mais motivada e animada. O estímulo cerebral é fantástico.

Além da estimulação e aumento sináptico, derivado da atividade física, conseguimos trabalhar a memória e lógica através do “Funcional +60”.

Conclusão

Quando o ser humano chega na fase idosa, seu corpo passa por diversas mudanças corporais, fragilizando sua saúde. Por isso, é importante que ele esteja em dia com as atividades físicas que irão colaborar para a garantia de sua saúde.

Os exercícios funcionais +60, são ótimos para garantir o equilíbrio e estabilizar o corpo de forma geral, além de proporcionar tônus muscular.

Porém, para realizar esses circuitos, e importante que você como professor atente-se ao caso de seu aluno e utilize técnicas que iram auxiliar para a garantia dos resultados que ele espera, colaborando então para uma vida mais saudável.

Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

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