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O overtraining pode gerar vários problemas para a saúde de quem costuma exagerar na prática de exercícios físicos. Dentre as consequências, podemos mencionar lesões musculares a danos no sistema imunológico.

Em geral, vários atletas e alunos de academias são acometidos por esta síndrome todos os anos. No entanto, muitas vezes, ela acaba passando despercebida, sendo confundida com outras doenças. 

Neste sentido, é comum que os treinadores tenham um pouco de dificuldade para reconhecê-la.

Reunimos neste conteúdo as principais informações sobre o tema. Portanto, recomendamos que você continue a leitura para saber mais sobre esse assunto e alertar seus alunos sobre os perigos dos treinos em excesso. Vamos lá? 

Afinal, o que caracteriza o overtraining?

A Síndrome do Excesso de Treinamento, como também é chamado o overtraining, refere-se à prática exagerada de atividade física.

Ela ocorre quando o atleta eleva a intensidade e a frequência dos exercícios, sem respeitar o tempo de relaxamento e descanso do corpo pós-atividade.  Ou seja, o atleta inicia um novo treino mesmo sem ter se recuperado do treino anterior. Assim, a atividade gera um estresse que vai se acumulando, treino após treino.

A doença se divide em dois tipos diferentes: overtraining simpático e parassimpático.

1. Overtraining simpático

Consiste no estímulo do sistema nervoso simpático. 

Este tipo é caracterizado pela prevalência de estímulos exagerados e alta intensidade, ocasionando um retardamento da recuperação.

Como o tempo de recuperação do músculo não é respeitado, há um rompimento das fibras musculares antes das rompidas serem reconstruídas.

2. Overtraining parassimpático

Refere-se à inibição e função do sistema nervoso parassimpático. 

O overtraining parassimpático tem como característica principal a ocorrência de fraqueza muscular, falta de energia e de mobilidade.

Fatores causadores da doença

Embora a causa do overtraining ainda seja desconhecida, existem alguns fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença:

  • Predisposição individual;
  • Teoria da supercompensação”, fundamentada no princípio da sobrecarga progressiva. Segundo essa teoria, a reposição das reservas de energia gasta durante a contração muscular acontece somente no período de descanso;
  • Condições de saúde, como obesidade e anemia;
  • Fatores psicológicos, como compulsão e dependência química.

Quais são os sinais que indicam excesso nos treinos?

O overtraining pode apresentar diversos sintomas, como:

  • Fadiga;
  • Distúrbios do sono;
  • Alteração do apetite;
  • Perda de peso;
  • Sudorese (inclusive noturna);
  • Aparecimento de olheiras;
  • Dor de cabeça;
  • Arritmia cardíaca;
  • Alteração da pressão arterial;
  • Aceleração do metabolismo;
  • Aumento da temperatura corporal;
  • Pigmentação rosada ou vermelha da pele;
  • Aceleração da respiração;
  • Aumento da sensibilidade tática e olfática;
  • Queda da coordenação motora;
  • Queda da capacidade de reação motora;
  • Tremor;
  • Queda na imunidade.

Conforme você pode notar, a Síndrome do Excesso de Treinamento provoca inúmeros sintomas.

No entanto, a doença também pode afetar a qualidade de vida do aluno em outro aspecto: nas habilidades de tomada de decisão.

Segundo um estudo publicado na Revista Current Biology, a sobrecarga de treino também pode afetar o cérebro, causando uma falha na atividade do córtex pré-frontal lateral. Ou seja, na área do cérebro responsável pelas tomadas de decisões complexas.

Com isso, os pesquisadores constataram que o indivíduo que exagera nos treinos tende a fazer escolhas de forma mais impulsiva.

Como diferenciar o treino forte de um overtraining?

Afinal, o aluno está treinando forte ou sobrecarregando o seu corpo? Você saberia identificar essas duas situações?

De acordo com especialistas em preparação física, o treino forte é quando o aluno se exercita de forma intensa, mas consegue treinar normalmente após o tempo de descanso. Nesse caso, é possível dizer que ele está recuperado e possui condições de repetir o treino. 

Por outro lado, no overtraining o corpo não se recupera de maneira adequada. Portanto, o aluno não consegue treinar forte, pois, o corpo reclama até mesmo do aquecimento.

Como é o tratamento?

Em primeiro lugar, para tratar a Síndrome do Excesso de Treinamento, é preciso reduzir a carga de treino a um limite considerado tolerável. Para os casos mais graves, é necessário interromper a prática de atividade física por um tempo. 

Em geral, o aluno deverá se afastar dos treinos por duas ou quatro semanas.

Além disso, durante esse tempo é fundamental cuidar da alimentação e do sono para uma recuperação efetiva.

Para que haja um equilíbrio entre a obtenção de bons resultados e melhor qualidade de vida, ele deve ser acompanhado por um médico, profissional de educação física, nutricionista e também por um fisioterapeuta.

É possível evitar o overtraining?

Sim, é perfeitamente possível evitar a sobrecarga nos treinos. Você, profissional de educação física, pode ajudar o aluno a prevenir essa condição oferecendo um planejamento de treino bem estruturado.

Mas o aluno também precisa fazer a parte dele. Além de seguir o plano e as recomendações profissionais, ele ainda pode adotar medidas como:

Ter uma alimentação saudável: A alimentação exerce um papel muito importante na saúde dos praticantes de atividade física.

Afinal, treinar com baixas reservas de carboidrato no organismo facilita o aumento dos níveis de hormônios ligados ao estresse (como o cortisol). Desse modo, está contribuindo para o desenvolvimento do overtraining.

Fazer uso de suplementos: A suplementação adequada também ajuda o aluno a evitar o aparecimento da Síndrome de Excesso de Treinamento. 

Segundo os nutricionistas, regular os níveis de proteína no organismo é uma medida eficiente na prevenção dos sintomas relacionados ao overtraining

Além disso, a ingestão de suplementos como aminoácidos de cadeia ramificada (BCCA), glutamina, probióticos e ômega-3 também ajudam a evitar a fadiga muscular.

Conclusão

O overtraining deixou de ser uma exclusividade dos competidores de alta performance, tornando-se uma condição  comum entre os adeptos da prática de exercícios físicos.

Em busca de um bom condicionamento físico a curto prazo, muitas pessoas acabam exagerando na intensidade dos treinos, sem medir os riscos dessa sobrecarga para a saúde.

No entanto, conhecendo com profundidade sobre esse assunto, você poderá prestar um suporte adequado aos seus alunos, conscientizando-os sobre a importância de uma rotina de treinamento mais equilibrada. 

Referências Bibliográficas

https://www.hong.com.br/overtraining-descubra-os-sintomas-e-cuidado-com-os-exageros-no-treino/ 

http://ge.globo.com/eu-atleta/saude/guia/overtraining-e-seus-efeitos-cuidado-para-nao-exagerar-nos-treinamentos.html

https://boaforma.abril.com.br/fitness/overtraining-5-sinais-de-que-voce-precisa-pegar-mais-leve-na-malhacao/

https://ortopedistadojoelho.com.br/overtraining/

https://www.folhavitoria.com.br/esportes/blogs/corridaderua/2021/03/29/estudo-aponta-que-overtraining-pode-afetar-o-cerebro/

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