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A deficiência é sempre um assunto emergente, principalmente nas políticas públicas, tangente a inclusão de pessoas com deficiência nas atividades físicas, em atividades culturais, cotidianas, entre outras. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) as pessoas com deficiência representam 15% da população mundial, fato suficiente para que esse segmento tenha seus direitos assegurados e necessidades específicas levadas em consideração.

Para entender melhor sobre a importância da inclusão de pessoas com deficiência nas atividades físicas e em atividades normais e cotidianas, continue lendo.

A importância da inclusão de pessoas com deficiência nas atividades físicas 

Percebemos uma deficiência nem tanto pela lesão em si, mas pelo fato da exclusão que ela causa. É a deficiência que o ônibus, as calçadas, os estabelecimentos comerciais, as escolas, os centros de atividade física, nossa própria residência excluem tendo como resultado a desvantagem das pessoas que por algum motivo vieram a ter ou nasceram com algum tipo deficiência.

A limitação desses indivíduos se torna visível ao passo que a sociedade dita padrões ergonômicos para pessoas “normais”. Isso repercute em todas as áreas como, por exemplo, a dos esportes. A inclusão de pessoas com deficiência nas atividades físicas ajuda a combater essas limitações.

As atividades físicas em qualquer âmbito, escolar, amador ou competitivo buscam alternativas para essa desvantagem que limita a pessoas na sua orientação espacial, na independência física, na mobilidade, nas atividades da vida diária, na capacidade ocupacional e na integração social. A busca por inclusão de pessoas com deficiência nas atividades físicas motiva a criação de várias modalidades adaptadas para esse público.

Para isso a palavra inclusão vem sendo amplamente difundida em todos os setores da sociedade. E as atividades físicas tem um papel importantíssimo quando inclui deficientes no meio esportivo.

Nesse ponto o profissional da educação física é peça importante no uso de metodologias de ensino e treinamento, adaptando o aluno ao meio e vice-versa.

Dessa forma, a inclusão se propaga de maneira harmônica da sala de aula para qualquer outra vivência do portador da deficiência na sociedade tendo relevância em todos seus aspectos do desenvolvimento. 

Tipos de deficiência

Temos a deficiência visual, a auditiva, a física e outros dois tipos que não abordaremos aqui: mental e a múltipla.

A deficiência visual pode ser total, caso das pessoas cegas ou ter um comprometimento em maior ou menor grau.

Na deficiência auditiva tem-se a perda bilateral, parcial ou total da audição.

E a deficiência física acarreta o comprometimento da função física com alteração de um ou mais membros do corpo. 

Benefícios da inclusão de pessoas com deficiência nas atividades físicas 

A prática de atividades físicas dentro das condições possíveis, na vida do deficiente representa não somente pressuposto para sua inclusão social, mas condicionamento para seu desenvolvimento e melhoria em termos físicos e psicológicos.

Ou seja, promoverá essencialmente efeitos e reflexos em sua saúde e seu bem-estar, observando-se que tanto quanto um indivíduo dito ‘normal’, o deficiente possui, em igual proporção, aspectos a serem zelados com maior ou menor intensidade, dependendo da faixa etária em que esteja enquadrado.

O portador de deficiência possui sistema cardiovascular, circulatório, nervoso, muscular, respiratório, esquelético e todos os outros comuns a indivíduos não portadores de qualquer limitação ou deficiência.  

Nesse sentido, será beneficiado se inserido em programas e práticas de exercício físico regular, podendo ainda enquadrar-se, com preparação, no escalão de atletas de alto rendimento, tais quais aqueles observados nos Jogos Paraolímpicos, onde inclusão de pessoas com deficiência nas atividades físicas é internacionalmente reconhecida.

Em suma, a atividade física para o deficiente beneficia tanto seu físico quanto seus aspectos psicológicos. Fisicamente o prepara para os desafios da vida cotidiana, promovendo maior vitalidade, saúde e bem-estar. 

Psicologicamente, fomenta maiores condições de lidar com sua pseudo-fragilidade, ente imaterial e etéreo que o estigmatiza e o afasta de tudo quanto há, atualmente de prazeroso e minucioso em termos de realização. 

Deficiência visual

O que é?

A deficiência visual é definida como a perda total ou parcial da visão, em ambos os olhos, levando o indivíduo a uma limitação do seu desempenho habitual.

A simples utilização de óculos ou lentes de contato não é suficiente para caracterizar a deficiência visual, pois a prescrição de correção óptica adequada pode conferir ao indivíduo uma condição visual ideal. 

Todavia, mesmo usando recursos ópticos especiais e passando por intervenção cirúrgica, alguns indivíduos continuam com a capacidade visual severamente comprometida, sendo consideradas pessoas com deficiência visual.

Tipos de deficiência visual

A deficiência visual pode ser congênita (desde o nascimento) ou adquirida (também conhecida como adventícia) em decorrência de causas orgânicas ou acidentais.

Conhecer a origem da deficiência pode ser importante para fins educacionais, isso porque qualquer resquício de memória visual pode auxiliar o trabalho do professor.

Diferentes graus

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) os diferentes graus de deficiência visual podem ser classificados como:

Baixa visão (leve, moderada ou profunda): compensada com o uso de lentes de aumento, lupas, telescópios, com auxílio de bengalas e de treinamentos de orientação.

Próximo à cegueira: quando a pessoa ainda é capaz de distinguir luz e sombra, mas já emprega o sistema braile para ler e escrever, utiliza recursos de voz para acessar programas de computador, locomove-se com a bengala e precisa de treinamentos de orientação e de mobilidade.

Cegueira: quando não existe qualquer percepção de luz. O sistema braille, a bengala e os treinamentos de orientação e de mobilidade, nesse caso, são fundamentais.

Dificuldades da deficiência visual

São diversas as dificuldades enfrentadas no dia a dia por portadores de deficiência visual como a falta de estrutura, a locomoção, alfabetização (por falta de livros no sistema braille), oportunidades no mundo do trabalho e nas atividades de lazer.

Uma das dificuldades significativas em todos os setores é o excesso de informação visual, sendo talvez o maior agravante num processo de inclusão.

Atividades e exercícios mais indicados

  • Futebol de salão;
  • Atletismo;
  • Natação;
  • Judô;
  • Ciclismo;
  • Goalball e Torball;
  • Musculação;
  • Ginástica escolar;
  • Ginástica postural e corretiva;
  • Basquetebol;
  • Corrida de orientação;
  • Xadrez.

Adaptações dos exercícios

Sempre que possível utilizar objetos passíveis de toque e manipulação. Para os alunos cegos, a principal via de apreensão de informações são os sentidos remanescentes, geralmente o tato e a audição. 

Neste sentido, os exercícios e materiais devem ser adaptados levando em consideração essa informação.

Selecionar atividades que não necessitem modificações. Por exemplo: remo e bicicleta com uma pessoa que vê no banco da frente, competição de remo com timoneiro, bowling para pessoa com visão de túnel, bowling sonoro para os cegos, esqui aquático usando sinais sonoros, luta (corpo a corpo).

Pequenas modificações, que não alteram a natureza do desporto, são as mais aconselháveis. 

Por exemplo: para compensar as dificuldades de orientação e mobilidade no jogo de futebol e de beisebol utiliza-se uma bola com guizos e de tamanho maior do que a oficial, que é localizada e acertada com maior facilidade. 

As regras de pistas e corridas também podem ser modificadas permitindo que os alunos com deficiência visual se guiem por um arame ou corda colocados à volta da parte interna da pista ou corram segurando no braço (acima do cotovelo) de um colega, com bambolês, bastões ou ainda por intermédio de pista sonora.

Um professor criativo será capaz de incluir os deficientes visuais numa ampla variedade de atividades, desde que raciocine do ponto de vista da cegueira.

Cuidados com os alunos

Se a deficiência for a cegueira há que se ter um cuidado maior, e principalmente se for congênita, pois limita as experiências e os conceitos básicos de esquema corporal, lateralidade, orientação espacial e temporal são quase inexistentes e sua mobilidade difícil.

Um ambiente de calma, encorajamento e confiança contribuirá positivamente para a eficiência na melhor utilização da visão potencial que deve ser explorada e estimulada no ambiente educacional, pois o desempenho visual está relacionado com a aprendizagem.

Conhecer o desenvolvimento global do aluno, o diagnóstico, a avaliação funcional da visão, o contexto familiar e social, bem como as alternativas e os recursos disponíveis, facilitam o planejamento de atividades e a organização do trabalho a ser desenvolvido. 

Deficiência auditiva

O que é?

Qualquer alteração ou distúrbio no processamento normal da audição, seja qual for a causa, tipo ou grau de severidade, constitui uma alteração auditiva, determinando, para o indivíduo, uma diminuição da sua capacidade de ouvir e perceber os sons.

A deficiência auditiva é adquirida , quando ocorre, após o nascimento. Já a surdez, quando ocorre, é antes do nascimento.

Entre as principais causas da deficiência auditiva estão o envelhecimento e a exposição permanente a ruídos altos, doenças como a meningite, sarampo, caxumba, rubéola, pneumonia, otites médias e agudas e alguns remédios. 

E a surdez decorre da hereditariedade, doenças durante a gravidez (rubéola, sífilis, toxoplasmose), medicamentos que a mãe toma durante a gravidez, incompatibilidade do fator Rh entre a mãe e o bebê e parto prematuro.

Para detectar se a pessoas apresenta problemas na audição, normalmente é preciso realizar a audiometria. O profissional responsável por esse exame é o fonoaudiólogo ou o otorrinolaringologista.

Tipos de deficiência auditiva

Condutiva: quando está localizada no ouvido externo e/ou ouvido médio. As principais causas deste tipo são as otites, rolha de cera e acúmulo de cera. Na maioria dos casos essas perdas são reversíveis após o tratamento.

Neurossensorial: quando a alteração está localizada no ouvido interno. Esse tipo de lesão é irreversível. A causa mais comum é a meningite e a rubéola materna.

Mista: quando a alteração auditiva está localizada no ouvido externo e/ou médio e ouvido interno. Geralmente ocorre devido a fatores genéticos, determinantes de má formação.

Central: a alteração pode se localizar desde o tronco cerebral até as regiões subcorticais e córtex cerebral.

Diferentes graus e níveis

A audição é medida e descrita em decibéis (dB), ou seja, medida relativa da intensidade do som. Portanto, esses são os níveis de limiares utilizados para caracterizar os graus de severidade da deficiência auditiva:

  • audição normal: detecção de sons de 0 a 24dB
  • surdez leve: de 25 a 40dB
  • surdez moderada: de 41 a 55dB
  • surdez acentuada: de 56 a 79dB
  • surdez severa: de 71 a 90dB
  • surdez profunda: acima de 91 dB

Dificuldades da deficiência

Se, como parte da perda auditiva, houve danos aos canais semicirculares do ouvido interno, é provável que ocorram problemas de equilíbrio. Esses problemas, por sua vez, podem levar a atrasos no desenvolvimento motor e na capacidade motora. Isso acontece em decorrência da lesão vestibular, e não da surdez.

Frente a acessibilidade está que a maioria das informações são verbais ou visuais. Até então, quando visuais para o deficiente auditivo, tudo tranquilo. O problema é quando são apenas informações orais. Muitas vezes as pessoas ainda falam sem estarem viradas diretamente para o deficiente auditivo não permitindo a leitura labial.

Outra dificuldade é em relação a linguagem em libras, a qual a maioria dos professores de diversas instituições, desde a escola até uma academia de ginástica, não tem preparação.

Atividades e exercícios mais indicados

  • Atletismo;
  • Judô;
  • Basquetebol;
  • Ciclismo;
  • Futebol;
  • Handebol;
  • Natação;
  • Voleibol;

E muitas outras, pois não existem grandes limitações para os deficientes auditivos em relação às atividades praticadas pelas pessoas ditas “normais”.

Adaptações dos exercícios

Substituir os aspectos sonoros das atividades por visuais quando possível e necessário.

Do contrário, não há muitas adaptações pois a deficiência auditiva não é limitante para a prática de exercícios.

Cuidados com o aluno

Se os deficientes auditivos, mais especificamente os surdos, tiveram oportunidades iguais de aprender movimentos e participar de atividades físicas enquanto crianças, suas habilidades motoras devem ser equivalentes às de seus pares na mesma idade. Caso contrário, podem sofrer atraso na habilidade motora.

O professor deve manter-se frente ao aluno quando estiver falando, para que este possa ler seus lábios.

Não mudar constantemente as regras de uma atividade.

Pessoas com deficiência auditiva têm a respiração curta, devido a não utilizarem os músculos exigidos na fala. Portanto, exercícios aeróbicos são bem vindos para eles. 

Deficiência física

O que é?

Alteração muscular, ortopédica, articular ou neurológica que alteram as capacidades do indivíduo, afetando diretamente a postura e/ou movimento.

Considera-se uma pessoa portadora de deficiência motora, de carácter permanente, ao nível dos membros superiores ou inferiores, quando tiver uma incapacidade igual ou superior a 60% (avaliada pela Tabela Nacional de Incapacidades).

As principais causas são: lesão cerebral, lesão medular, patologias degenerativas do Sistema Nervoso Central, reumatismos, malformações congênitas, miopatias (distrofias e atrofias musculares), sequelas de politraumatismos.

Tipos de deficiência física

  • Monoplegia (paralisia num membro do corpo);
  • Hemiplegia (paralisia num dos lados do corpo);
  • Paraplegia (paralisia da cintura para baixo);
  • Tetraplegia (paralisia do pescoço para baixo);
  • Amputação (ausência de um membro do corpo).

Dificuldades da deficiência

A deficiência física tem como maior dificuldade quando a necessidade do uso de cadeira de rodas, mesmo que as mudanças para esse público já esteja acontecendo.

Quanto ao aspecto físico, deve ser trabalhado desde criança, pois sua deficiência implica uma variedade de condições não-sensoriais que afetam o bem-estar e que podem criar problemas em torno da mobilidade, vitalidade física e também com relação a auto-imagem desde a tenra idade.

Em relação a prática de exercícios a dificuldade está muitas vezes no acompanhamento quando de atividades coletivas se estas não são dirigidas especialmente para este público.

Atividade e exercícios mais indicados 

As atividades a serem praticadas irão depender do tipo de deficiência física:

Por exemplo, para cadeirantes que movam da cintura para cima: basquete, esgrima, arco e flecha, musculação, atletismo, bocha, Rugby, tênis de mesa, voleibol sentado, remo adaptado, ciclismo.

Outro exemplo é o futsal de muletas para quem tem um membro inferior amputado e paralisados cerebrais.

Ainda, halterofilismo, hipismo, iatismo, natação, tênis em cadeira de rodas, modalidades de inverno.

Adaptações dos exercícios

Nada melhor para a adaptação ao exercício do que ser feita pelo próprio professor da modalidade em que o aluno com deficiência se inserir. 

Por exemplo, é o professor de basquete que irá definir a melhor metodologia para ensinar o basquetebol em cadeira de rodas.

Cuidados com os alunos

Respeitar o tempo do aluno que nem sempre é o mesmo se inserido em uma aula com alunos sem deficiência.

Tratar o aluno igualmente frente aos outros no ambiente em que se encontra.

Cuidar o melhor posicionamento corporal adequado a atividade. 

Papel do profissional da educação física na inclusão de pessoas com deficiência nas atividades físicas 

A educação física é conceituada como utilidade social, pois promove a integração social e uma educação integral através do movimento.

Tendo uma preocupação com a parcela da população portadora de alguma deficiência o profissional deixa na grande maioria de objetivar a formação de atletas e passa a trabalhar mais a psicomotricidade.

De modo geral, é fundamental que o professor adquira os conhecimentos basilares concernentes ao seu aluno, como: aspectos da deficiência, idade em que surgiu a deficiência, se foi súbita ou gradativa, se é passageira ou constante, as funções e estruturas que estão prejudicadas. 

Sugere, também, que esse profissional distinga os distintos aspectos do desenvolvimento humano: biológico (físicos, neurológicos, sensoriais,); motor; cognitivo; sociointeracional e afetivo-emocional.

Dessa forma, o professor conseguirá adaptar o ambiente físico e os materiais, elaborar uma metodologia de ensino atendendo o aluno portador de deficiência dentro do princípio da individualização sem perder de vista o grupo no qual ele está inserido e o trabalho coletivo. 

Conclusão

As pessoas com deficiência possuem potencialidades, limitações e diferenças que os constituem como um ser ímpar.

E o interesse dessas pessoas por atividades, jogos e esportes adaptados cresceu demasiadamente tendo em vista a satisfação de necessidades básicas ou terapêuticas. 

Tanto para participação em competições esportivas quanto para promoção de reabilitação física e psicológica. Além disso as atividades servem para preencher as horas de lazer, recuperar a auto-estima e a confiança em si mesmas.

E isso está ocorrendo graças a um entendimento maior pela sociedade e pelos educadores de que pessoas com qualquer deficiência têm potencialidades e podem desenvolvê-las desde que haja estímulo.

Desse modo, através da atividade física adaptada desde o período escolar tanto a criança quanto o futuro adulto deficiente tem possibilidades muito próximas de todos na sociedade que está inserido pelo fato de receber os estímulos psicomotores adequados a sua condição.

Grupo VOLL

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