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Por que é que, para a maioria das pessoas, é tão difícil e desafiador começar uma prática regular de atividade física, ou até mesmo uma dieta? Por que é tão comum a falta de motivação para praticar exercícios físicos?

Entenda os motivos que levam a esse quadro e saiba como ter vontade de se exercitar!

Por que existe a falta de motivação para praticar exercícios físicos?

Para começo de conversa, é importante deixar claro que esse é um quadro comum para a maioria das pessoas: mais da metade da população mundial apresenta elevados níveis de comportamento sedentário e prática insuficiente de atividade física.

Segundo um levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde, em 2016 mais de 30% das mulheres adultas e mais de 20% dos homens adultos não praticaram o mínimo de exercícios físicos recomendado.

Somos conscientes da importância e das consequências desses comportamentos para nossa saúde física e mental. Apesar disso, mesmo sabendo dessa importância continuamos tendo muita dificuldade em adotar hábitos que, além de beneficiarem nosso estado geral de saúde, ainda apresentam um grande impacto econômico se pensarmos no custo tratamento versus prevenção.

Por isso, entendemos que apenas ser consciente não é suficiente para gerar motivação para praticar exercícios físicos. Para explicar esse fenômeno, devemos entender que existe um aspecto neurofisiológico atuando nesse contexto. Quando colocamos nessa perspectiva, fica fácil de entender o motivo de não sermos tão ativos como deveríamos.

Costumes antigos versus a atualidade

Pensemos nos primeiros hominídeos, que viveram há 2,5/3 milhões de anos: esses indivíduos eram muito ativos fisicamente, já que em seu dia a dia praticar atividade física não passava por um processo deliberado e racional de escolha.

A atividade física era uma demanda imposta pelo ambiente. Se eles não praticassem atividade física naquele dia, poderiam morrer de fome. Se o ser humano não caminhasse de 20km a 30km por dia, ele poderia não encontrar abrigo.

Portanto, dentro desse contexto o cérebro reconhecia aquela imposição do ambiente como um estressor, um perigo muito importante e muito próximo. Isso tornava-se um mecanismo de luta ou fuga ativo o tempo todo.

Nos dias atuais, por sua vez, principalmente devido ao advento tecnológico, nós não temos a necessidade de caçar para comer, então o nosso cérebro não gera naturalmente a motivação para praticar exercícios físicos. Isso faz com que nos tornemos sedentários sem nem perceber.

Se você sente fome, por exemplo, você consegue resolver isso com o smartphone que está segurando nesse momento. Também é possível percorrer muitos quilômetros sem se cansar em busca de um abrigo; na verdade, você provavelmente já tem um abrigo permanente no qual pode permanecer todos os dias.

A estratégia correta para criar motivação para praticar exercícios físicos

Nesse momento, você pode estar pensando “Poxa! Será que tenho que morar no meio do mato para começar a praticar atividade física?”. Talvez… Acontece que, nesse contexto, nosso cérebro de fato passaria a compreender a necessidade de movimento contínuo para garantir a sobrevivência e nos daria a motivação para praticar exercícios físicos.

Mas, deixando de ser tão dramático, o que precisamos compreender é que essa parte inconsciente do nosso cérebro, essa que está preocupada o tempo todo em nos manter vivos e nos fazer sobreviver a mais um dia, passou muito tempo sendo treinada a reagir. 

É por isso que temos dificuldade em compreender o malefício crônico da prática insuficiente de atividade física: o cérebro não se altera quimicamente para produzir um estado de alerta para a prática. Ele ainda não percebeu que, se ficarmos muito tempo sem praticar exercícios e entrarmos de vez em um comportamento sedentário, estaremos morrendo lentamente.

Esse processo crônico, portanto, não ativa o mecanismo de defesa do cérebro a ponto de nos colocar em movimento.

Mas, então, como podemos mudar isso ou, ainda, como podemos trabalhar para mudarmos essa percepção inconsciente do cérebro e termos de fato motivação para praticar exercícios físicos?

Uma coisa é clara: sim, algum esforço será necessário – principalmente no início do processo. Seu cérebro não vai perceber do dia para a noite que a atividade física praticada hoje estará prevenindo um infarto que pode ocorrer daqui a alguns anos.

Portanto, são necessários alguns aspectos que profissionais de educação física estão bem habituados a estimular: repetição, constância, adaptação e sobrecarga

O hábito como segredo para a motivação

Inicialmente, o ser humano deve estabelecer um hábito. Esse hábito deve ser repetido insistentemente mesmo à contragosto.

Nesses momentos, lembre-se: seu cérebro não entende o porquê disso. Ele não sabe o motivo pelo qual você tem que ficar se mexendo tanto, já que você tem comida na geladeira e uma cama quente para repousar. Mas quando você começa uma prática de exercícios e faz isso com frequência ele começa a se adaptar a essa nova rotina.

É por associação que o nosso cérebro aprende que aquela serotonina e aquela endorfina, que nos dão uma sensação gostosa após a atividade, estão diretamente relacionadas ao movimento que executamos durante o exercício. Aí entra em cena um outro neurotransmissor fundamental, que avisa o cérebro que aquela atividade é prazerosa e literalmente nos dá motivação para praticar exercícios físicos: a dopamina.

Continue lendo para descobrir como a dopamina age no nosso cérebro!

Entendendo a ação da dopamina na motivação para praticar exercícios físicos

Você saberia explicar o porquê de algumas pessoas que têm pouco tempo livre praticarem exercícios físicos regularmente, enquanto outras que contam com um tempo livre significativo não conseguirem sair do sofá?

Em linhas gerais e de modo bem simples, a dopamina não está relacionada apenas à sensação de prazer que ocorre quando somos bem-sucedidos em uma tarefa, como quando nos elogiam por algum motivo ou quando curtem nossas postagens, por exemplo.

Depois de ser liberada e após a noção de tarefa cumprida em uma atividade que não tínhamos tanta vontade de fazer (ou vontade nenhuma), o cérebro irá liberar uma nova quantidade de dopamina, por associação, momentos antes da realização do próximo treino. Isso significa que ele estará antecipando um pouco da sensação de recompensa que teremos se de fato realizarmos o treino. 

Sim, o nosso cérebro pode aprender a liberar dopamina como uma maneira de nos fornecer motivação para praticar exercícios físicos!

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O mecanismo da dopamina e seu funcionamento

Esse modo de ação dopaminérgico é referido como o “mecanismo de motivação da dopamina”. Sendo assim, funcionamos da seguinte maneira: se existe liberação de dopamina antes da atividade ser executada, mais facilmente temos o impulso de levantar e começar a treinar. 

Caso não exista essa liberação, teremos a percepção de que aquilo tudo é muito chato e, por muitas vezes, deixaremos de treinar para buscar formas mais fáceis de conseguir essa dopamina (como assistindo uma série que gostamos, por exemplo).

Somos seres comandados, em primeira instância, pelo nosso inconsciente. É por isso que, no começo, um novo hábito parece tão doloroso de ser iniciado.

Nosso cérebro prefere continuar com os comportamentos nos quais ele já reconhece facilmente a percepção de prazer. Você de fato sente preguiça simplesmente ao pensar em praticar exercício, mas isso muda quando correr representa fugir de um cachorro que vira a esquina e começa a rosnar, latir e correr em sua direção.

Esse mecanismo dopaminérgico é o mesmo em indivíduos viciados em substâncias químicas ilegais, cigarro e álcool. Ele também explica porque muitas pessoas adotam comportamentos de risco ou, como é o caso, mesmo dispondo do tempo necessário não conseguem desgrudar do sofá, do vídeo game, das redes sociais…

Por isso, podemos entender que o hábito, seja ele saudável ou não, se trata de um vício, pois seu modo de atuação em relação à dopamina é muito semelhante.

Mas, tendo isso em mente, por onde podemos começar?

Como realmente criar motivação para acabar com o sedentarismo

Conforme descrito acima, informar ao seu cérebro que o exercício também é um agente de liberação de dopamina, serotonina e endorfina, faz com que ao longo do tempo ele passe a ter a percepção de que aquela atividade na verdade é prazerosa, motivando-o a se mexer.

Quando você deixa o inconsciente tomar conta de ações que você poderia controlar conscientemente, você se torna refém de comportamentos que promovem uma grande liberação de dopamina, mas que nem sempre são os melhores comportamentos.

Isso pode acontecer, por exemplo, com a alimentação: comer açúcar libera uma quantidade muito maior de dopamina do que comer um arroz integral. Aliás, o açúcar foi considerado mais viciante que a cocaína, justamente por ação da dopamina.

Por isso, quando faltar motivação para praticar exercícios físicos, pense sempre na criação de um hábito e na facilidade que isso promove a longo prazo. Lembre-se de que quanto mais você praticar atividades, mais fácil (e prazerosa) se tornará essa prática!

Conclusão

Conhecendo um pouco desse mecanismo, fica mais fácil compreendermos como abordar a adoção ou a remoção de um hábito e, por consequência, como agir para criar motivação para praticar exercícios físicos.

Fica claro, portanto, que para comportamentos que não promovem uma grande liberação de dopamina (como começar a treinar, fazer dieta, estudar, entre outros) será preciso um período de adaptação que só ocorrerá se você repetir tal comportamento com constância e der o tempo necessário para que o seu cérebro associe aquela nova atividade com algo prazeroso.

O ideal é começar aos poucos, oferecendo a você ou ao seu cliente um desafio que não seja compreendido como muito difícil ou como muito desgastante; se isto acontecer, a percepção negativa que provavelmente já existe será reforçada e não existirá motivação para praticar exercícios físicos.

Também é fundamental lembrar que no início o mais importante não são as alterações metabólicas, hemodinâmicas e de composição corporal, mas sim informar ao cérebro que aquela atividade não é tão ruim assim. Pelo contrário: é preciso informar a mente que é possível sentir prazer ao realizar exercícios físicos.

Grupo VOLL

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