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As recentes e profundas alterações nos hábitos da vida moderna, incluindo o consumo de alimentos com densidade calórica elevada, somado com os baixos níveis de atividade física diária, são fatores determinantes para o aumento da obesidade na população, transformando-a em um dos problemas mais preocupantes em termos de Saúde Pública.

Como a obesidade é um forte fator de risco para potencializar e desencadear outras doenças, a síndrome metabólica já se encontra presente em adultos de todas as faixas etárias, até mesmo em crianças e adolescentes, aumentando a preocupação e risco para o desencadeamento de diabetes e doenças cardiovasculares graves.

Porém ela pode ser evitada e controlada com mudanças no hábito de vida, aumentando o nível de atividade física diária e novos hábitos alimentares, tornando o papel do profissional de educação física fundamental nesse processo junto com outros profissionais da saúde como médico, nutricionista e psicólogo, tendo necessidade de ser encarada de modo complexo e integrado. Continue lendo para saber mais!

O que é Síndrome Metabólica?

A Síndrome Metabólica (SM), também conhecida como síndrome X, é um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular usualmente relacionados a deposição central de gordura e a resistência à insulina. A síndrome metabólica é caracterizada pela presença de pelo menos três componentes de risco, representados no quadro abaixo.

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Praticamente todos os componentes da síndrome são inimigos ocultos porque não provocam sintomas, mas representam fatores de risco para doenças cardiovasculares graves. Ela está associada a risco cardiovascular e diabetes, aumentado a mortalidade por doença cardiovascular em 2,5 vezes.  Esses fatores de riscos estão relacionados a inatividade física, má alimentação, sobrepeso e obesidade.

Assim a prática da atividade física vem sendo recomendada como forma de prevenção e tratamento da síndrome metabólica.

Atividade física na prevenção da Síndrome Metabólica

A predisposição genética, a alimentação inadequada e a inatividade física estão entre os principais fatores que contribuem para o surgimento da SM, cuja prevenção primária é um desafio mundial contemporâneo, com importante repercussão para a saúde. A adoção precoce por toda a população de estilos de vida mais saudáveis, como dieta adequada e prática regular de atividade física, preferencialmente desde a infância, é componente básico da prevenção da SM.

Já está bem claro a importância de ser fisicamente ativo para melhora do condicionamento físico e melhora da saúde em geral, porém ainda grande parte da população brasileira não atinge o mínimo recomendado e preconizado pela OMS de 150 min de atividade física moderada por semana. Atingir essa recomendação já reflete em redução significativa para risco cardiovascular, diabetes tipo2 e consequentemente síndrome metabólica.

Porém essa recomendação já não é o suficiente para redução do peso, surgindo então a necessidade de atingir valores maiores para controle e tratamento da síndrome metabólica.

A importância do exercício físico no tratamento 

A prática de exercício físico acompanhado de um novo plano alimentar são terapias de primeira escolha no tratamento e controle da síndrome metabólica, sendo de fundamental importância do profissional de educação física e o próprio individuo com síndrome metabólica conhecer as recomendações e os benefícios dessas duas intervenções.

Já está comprovado que associação da prática de exercício físico e mudança alimentar provoca a redução expressiva da circunferência abdominal. E a gordura visceral melhora significativamente a sensibilidade à insulina, diminui os níveis plasmáticos de glicose, podendo prevenir e retardar o aparecimento de diabetes tipo 2.

Como só a redução de calorias não é suficiente para promover todos esses benefícios, é importante a prática regular de exercício físico, sejam eles os aeróbicos como os de força.

Recomendação de exercício físico na Síndrome Metabólica

A recomendação de exercício aeróbico no tratamento da síndrome metabólica é um pouco maior, sendo necessário atingir entre 30 a 60 minutos de atividade física moderada por dia, além de ser aconselhado incluir mudanças ao longo do dia afim de tornar o dia mais ativo possível, incluindo mudanças simples como subir escadas, usar menos o carro para locomoção ou tornar as atividades de lazer mais ativa.

Como tanto os exercícios aeróbios como os de resistência promovem efeito benéficos sobre os componentes da síndrome metabólica, é também recomendado incluir os exercícios resistidos em dois ou três dias da semana, por agirem por mecanismos diferentes, podendo haver somatório dos efeitos das duas atividades.

Conclusão

Com o aumento do sobrepeso e obesidade, devido os novos hábitos da vida moderna vem aumentando os números de pessoas com síndrome metabólica, tornado ainda mais importante a prática regular de atividade física, tanto na prevenção quanto no tratamento da SM.

Tornando o papel do profissional de educação física fundamental nesse processo de prevenção e controle da SM no sentido de otimizar recursos, evitando complicações como agravamento cardiovascular e diabetes através de uma prescrição mais eficiente, tanto nos exercícios aeróbicos como resistidos. Porém ela deve ser vista de modo complexo aumentando a necessidade de ser prevenida e tratada de modo integrado junto com outras profissionais da saúde.

Referências

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA et al. I Diretriz brasileira de diagnóstico e tratamento da síndrome metabólica. Arq Bras Cardiol, v. 84, n. supl. 1, p. 3-28, 2005.

BUONANI, Camila et al. Prevenção da síndrome metabólica em crianças obesas: uma proposta de intervenção. Revista paulista de pediatria, v. 29, n. 2, p. 86-192, 2011.

COELHO, Christianne de Faria; BURINI, Roberto Carlos. Atividade física para prevenção e tratamento das doenças crônicas não transmissíveis e da incapacidade funcional. Revista de Nutrição, p. 937-946, 2009.

CASTANHO, Gabriela Kaiser Fullin et al. Consumo de frutas, verduras e legumes associado à Síndrome Metabólica e seus componentes em amostra populacional adulta. Ciência & Saúde Coletiva, v. 18, p. 385-392, 2013.

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA et al. I Diretriz brasileira de diagnóstico e tratamento da síndrome metabólica. Arq Bras Cardiol, v. 84, n. supl. 1, p. 3-28, 2005.

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CIOLAC, Emmanuel Gomes; GUIMARÃES, Guilherme Veiga. Exercício Físico e Síndrome Metabólica. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbme/v10n4/22048.

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