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Ei, você aí… Isso, você mesmo. Você já sofreu ou sofre com dores lombares ou ainda conhece alguém que lida com o problema? Saiba que você não é o único!

Dados epidemiológicos demonstram que em torno de 65-85% da população sofrerá algum tipo de dor lombar durante a vida. No entanto, apesar de não haver consenso na literatura sobre o melhor tratamento para as lombalgias, há algumas estratégias que podem ser incorporadas no seu dia-a-dia que te ajudarão a amenizar a dor.

Lombalgias

Observando o cenário cada vez mais automatizado e industrializado em que a população está inserida atualmente, torna-se cada vez maior a prevalência não somente de obesidade, mas também de problemas musculoesqueléticos que atingem o público de todas as faixas etárias e segmentos, que vão desde dores musculares, articulares e algias na coluna vertebral.

Aqui, destacam-se as lombalgias, popularmente conhecidas por dores lombares, sendo suas origens consideradas diversas.

No entanto, sabe-se que, no geral, entre 65-85% da população sofrerá de algum tipo de dor lombar durante a vida, gerando dor, incapacidade funcional, falta de flexibilidade e consequentemente absenteísmo no trabalho, diminuindo a produtividade e gerando altos custos para o sistema de saúde pública.

Definição das dores lombares

A lombalgia ou dores lombares, é definida como sendo a dor localizada na região inferior da coluna vertebral, logo abaixo das últimas costelas ou arcos costais, que se estende até a linha glútea inferior, podendo esta dor ser irradiada para os membros inferiores ou não, como pernas, coxas e os pés, denominada lombociatalgia.

Embora seja um problema recorrente, apenas 10% dos casos possuem causa definida e os outros 90% tornam-se inespecíficos, o que faz com que o diagnóstico do problema seja exclusivamente clínico, baseado na duração e localização da dor, não possuindo somente um tratamento característico, mas sim um conjunto de medidas que podem ser empregadas na melhoria da qualidade de vida do indivíduo.

Causas

A etiologia das lombalgias pode ser diversa, sendo estas caracterizadas como causas primárias, como as de cunho:

  • Inflamatório
  • Degenerativas
  • Infecciosas
  • Tumorais
  • Mecânico-Posturais
  • Psicogênicas
  • Questões Congênitas

Dentre as causas mais frequentes, temos os problemas inflamatórios, como:

  1. Artrite Reumatoide
  2. Espondilite Anquilosante
  3. Osteoartrose
  4. Hérnia de Disco

Sendo os problemas degenerativos:

  1. Tumores na Região Inferior da Coluna Vertebral

Fatores psicológicos que podem provocar dor que são os ditos:

  1. Psicogênicos
  2. Infecções
  3. Lesões Neurológicas

Mas principalmente questões posturais, consideradas causas secundárias relacionadas essencialmente às atividades de trabalho e má postura durante o dia que, contribuem para a transferência de altas cargas na região lombar, gerando grande impacto, contribuindo para o aparecimento dos quadros de algias.

Os locais para o surgimento da dor variam entre: discos intervertebrais, articulação sacro ilíaca (quadril), músculos, fáscias, ossos, nervos e até meninges.

Sintomas

Caso você esteja sentindo dores na região inferior da coluna vertebral ao carregar algum peso, piora deste quadro durante o tarde, alívio da dor durante o repouso, ausência de contratura muscular, postura antálgica (posturas adotadas para evitar os quadros de dor) e sedentarismo, você pode estar sofrendo de lombalgia e vale a pena ficar atento às dicas que este texto irá lhe fornecer.

Classificação quanto à duração das dores lombares

Convém mencionar aqui, que o quadro de dor pode ser classificado de acordo com o tempo de permanência das dores, sendo dividido em:

  • Quadros Agudos
  • Subagudos
  • Crônicos

No quadro agudo, o início da dor é de forma súbita, sem motivo aparente, podendo permanecer até 6 semanas. Caso o quadro persista além de seis semanas, este é classificado como subagudo, e se por ventura houver prolongamento para um período acima de 12 semanas pode-se considerar um problema crônico.

Além dessa classificação, ainda há indivíduos que se enquadram em recorrentes, ou seja, a dor reaparece após um período sem manifestação de sintomas.

Lombalgia inespecífica

Ao analisar os dados epidemiológicos aqui apresentados, sabe-se que praticamente 90% ou a maioria dos casos de lombalgias são inespecíficas, ou seja, sem causa definida e aparente.

E geralmente as atividades laborais e postura diária tem uma grande influência sobre o quadro de dor, logo, vamos nos atentar a essa parte da população em específico.

No corpo humano temos um centro de gravidade que tem a função de proporcionar equilíbrio entre suas estruturas para manter a sua integridade, protegendo contra traumatismos.

Quando há um desequilíbrio desse centro de gravidade e entre a relação de capacidade X esforço sofrido pela região, pode ocorrer o surgimento de lombalgias inespecíficas, ou seja, aquelas que não possuem alterações nas estruturas da coluna vertebral, mas que podem ser extremamente incapacitantes e limitantes, desde para a execução do trabalho, até para as atividades de vida diária.

Devido à mulher apresentar certas particularidades, como: estrutura óssea menor, menor estatura e menor massa muscular que os homens, alguns autores da literatura acreditam que indivíduos do sexo feminino sejam mais acometidos por dores lombares do que os do sexo masculino, além das tarefas domésticas que podem potencializar o aparecimento das algias.

Os fatores de risco mais frequentes incluem: permanecer muito tempo na mesma posição, obesidade, pois a coluna é responsável por suportar altas cargas como o próprio peso corporal, o que gera pressão nas estruturas da coluna, o tabagismo e baixo desenvolvimento da massa muscular podem colaborar no surgimento das dores.

Agora, vamos para a parte talvez mais relevante do texto, aquela que mais tenha te motivado continuar a leitura desse texto até aqui. O que fazer para amenizar essas dores? Quais os tipos de tratamento oferecidos e quais as conclusões da literatura acerca do problema?

Tratamento das dores lombares

No que tange ao tratamento para as dores lombares, ainda há muito que se discutir na literatura, pois fica evidente que não há um tratamento em específico para todos os casos, no entanto, alguns estudos têm investigado a eficácia dos métodos mais conhecidos e utilizados.

Como as medidas físicas usadas pela fisioterapia que incluem:

  • Ultrassom
  • Laser
  • Ondas Curtas e Outras
  • Eficiência dos Alongamentos na Melhoria da Dor
  • Melhoria da Capacidade Funcional
  • Exercícios Terapêuticos
  • Além do Tratamento Medicamentoso

Com relação ao tratamento medicamentoso, a utilização de anti-inflamatórios acaba sendo a primeira medida adotada em casos de dor, mesmo sem prescrição médica.

Em um artigo intitulado ‘’Exercícios para tratamento de Lombalgia Inespecífica’’, o objetivo do estudo foi fazer uma revisão literária sobre os exercícios usados no tratamento de dores lombares sem causa definida. Com relação aos exercícios, diversas intervenções têm sido utilizadas, como:

  1. Exercícios Aeróbios
  2. Exercícios de Alongamento e Estabilização
  3. Exercícios de Coordenação
  4. Além de Exercícios Terapêuticos – que são definidos como um conjunto de exercícios que visam treinar a articulação e os músculos envolvidos em determinada região. Estes parecem ser efetivos em longo prazo, diferentemente da terapia comportamental que auxilia na melhoria em curto prazo.

No fortalecimento muscular, a literatura parece dar uma atenção maior ao músculo MULTIFIDUS ou MULTIFÍDIO (paravertebral) localizado na região posterior da coluna vertebral, e de forma geral a musculatura do tronco e de abdômen, em especial, ao transverso do abdômen.

Exercícios específicos que atuam na contração do transverso do abdômen e multifídio, assim como os músculos mais profundos da região do tronco, parecem ser efetivos para a diminuição da dor e da incapacidade funcional presente nos indivíduos com dor lombar crônica, além de reduzir a sua recorrência.

A questão relacionada à ergonomia, ou seja, a adaptação das condições de trabalho às medidas corporais humanas, também devem ser uma maneira de tratamento, pois um ambiente de trabalho com condições desfavoráveis à acomodação da coluna vertebral e com movimentações que gerem cargas acima do esperado pela coluna colaboram para o surgimento de quadros de dores.

Fonte: https://www.foundationalconcepts.com

Em outro estudo denominado ‘’Alongamento muscular na dor lombar crônica inespecífica: uma estratégia do método GDS’’, mostra que na fisioterapia a utilização de exercícios de alongamento de forma estática (parada) são os mais usados, sendo considerado 30 segundos um ótimo tempo para indivíduos saudáveis.

Além disso, há um método chamado Godelieve Denys-Struyf que propõe não somente o alongamento estático, mas também a utilização de massagens, exercícios de estabilização e conscientização corporal para restaurar o equilíbrio das estruturas da região lombar. Ele analisou diversos indivíduos que foram divididos em dois grupos: sendo um grupo controle e outro grupo que realizou os alongamentos durante 40 minutos em 16 sessões, sendo estas duas vezes na semana.

Os exercícios propostos foram os alongamentos para os rotadores externos e os extensores do quadril. O terceiro exercício era para os flexores e rotadores internos do quadril, o quarto para os adutores e os últimos alongamentos voltados para extensores de quadril novamente (cadeia posteromediana), de joelho e perna.

Ao final, observou-se que o grupo que realizou os exercícios em relação ao grupo controle, demonstrou diferença significativa na dor, na incapacidade e na flexibilidade, sendo os ganhos de flexibilidade mantidos após oito semanas depois do término do tratamento.

Além da flexibilidade, dor e incapacidade funcionais analisadas pré e pós-tratamento com os dois grupos, também se observou a importância da contração dos músculos profundos do tronco, entre eles o transverso do abdômen, que apresentam baixa atividade em indivíduos com dor crônica.

Logo, propor exercícios que recrutem essa musculatura em associação aos alongamentos deve ser uma estratégia a ser considerada para melhoria dos quadros de dor. Alguns exercícios de alongamento para alívio das dores lombares são mostrados na imagem a seguir, que podem ser realizados sempre para melhora da dor e prevenir a sua recorrência.

Fonte: https://www.mundoboaforma.com.br

Outro estudo ainda comenta que o desequilíbrio muscular das cadeias flexoras e extensoras da coluna vertebral, bem como o encurtamento dos posteriores de coxa (isquiotibiais) e dos paravertebrais, e a falta de flexibilidade de quadril associada colaboram para os quadros de algia crônica.

Além disso, permanecer muito tempo na mesma posição e sentado auxilia no desenvolvimento de desordens lombares, tendo em vista que na posição sentada há um aumento de peso na região, bem como nos tecidos adjacentes.

Isso acaba gerando mais pressão em determinados pontos do que em outros, encurtando os músculos posteriores de coxa e também o iliopsoas (realiza flexão do quadril, mobilização e estabilização da pelve, flexão lateral da coluna, e rotação lateral da coxa).

Desta forma, a curvatura da coluna lombar que deveria ser mantida, se altera, aumentando a lordose lombar e estressando as suas estruturas; logo, os músculos paravertebrais estarão com sua atividade aumentada tendo em vista que sua função é justamente manter uma boa postura (postura ereta) quando estamos em pé ou sentados.

Na mulher grávida, por exemplo, as curvaturas da lordose lombar ficam acentuadas devido ao peso do feto, principalmente nos últimos meses de gestação, o que gera episódios de dores na região inferior da coluna vertebral.

Ainda neste estudo, cita-se um artigo em que foram observadas dores lombares correlacionadas com o encurtamento dos isquiotibiais (Santos et al.). Em outro artigo os autores observaram que indivíduos que sofrem com esta condição possuem os músculos paravertebrais hipotrofiados.

Abaixo seguem mais alguns exercícios que podem ser incluídos em uma rotina de exercícios físicos que auxiliam na melhora das dores e recuperação.

Exercício 1

Fonte: https://sentidohorario.com.br/portal

Exercício 2

Fonte: https://www.mundoboaforma.com.br/

Exercício 3

Fonte: https://www.mundoboaforma.com.br

Exercício 4

Fonte: https://www.mundoboaforma.com.br

Conclusão

Sabe-se que as causas para as dores lombares são variadas e que cada caso exigirá um tipo de tratamento.

No entanto, a perda de peso, a rotina de exercícios físicos que envolvam o fortalecimento muscular de paravertebrais, do abdômen e alongamentos direcionados para os isquiotibiais (posteriores de coxa) e para os quadris contribuem muito para a melhora do quadro de dor, além de auxiliarem na prevenção de recorrência das algias.

Além disso, adaptar o local de trabalho às medidas do corpo humano também deve ser uma estratégia utilizada para tratar as algias da lombar.

O ideal, no entanto é passar primeiramente por uma avaliação física criteriosa antes de realizar os exercícios físicos, por isso, procurar sempre um profissional capacitado da área da saúde, como profissionais de educação física, fisioterapeutas e médicos é indispensável para a evolução do quadro e prevenção de recidivas.

 

Referências Bibliográficas
  1. Dorta, Haron Silva. “Relationshio between the ischiotibial and paravertebral muscles and low back pain.” Coluna/Columna 15.3 (2016): 241-243.
  2. Lizier, Daniele Tatiane, Marcelo Vaz Perez, and Rioko Kimiko Sakata. “Exercícios para tratamento de lombalgia inespecífica.” Revista Brasileira de Anestesiologia (2012).
  3. Puppin, Maria Angélica Ferreira Leal, et al. “Alongamento muscular na dor lombar crônica inespecífica: uma estratégia do método GDS.” Fisioterapia e Pesquisa 18.2 (2011): 116-121.
  4. Silva, Marcelo Cozzensa da, Anaclaudia Gastal Fassa, and Neiva Cristina Jorge Valle. “Dor lombar crônica em uma população adulta do Sul do Brasil: prevalência e fatores associados.” Cadernos de saúde pública 20 (2004): 377-385.
  5. https://www.mundoboaforma.com.br
  6. http://blogpilates.com.br

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