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O que é a avaliação na educação física? Essa é uma pergunta que diversos profissionais de educação física têm curiosidade em saber.

Isso pois a avaliação na educação física é responsável por avaliar os esforços físicos realizados pelos alunos identificando as dificuldades que podem haver nesse meio. Além disso, é através deste critério que podemos auxiliar este mesmo indivíduo a melhorar sua performance.

Sendo assim, preparei este texto para que vocês possam entender melhor como funciona a avaliação na Educação física e como ela pode ajudar o profissional da área a identificar as dificuldades de seu aluno. Confira a seguir!

O que é a avaliação na educação física?

Segundo a comissão europeia, a educação física nas escolas proporciona uma excelente oportunidade para aprender e para colocar em prática competências que irão provavelmente favorecer uma boa condição física e saúde ao longo de toda a vida do aluno.

O domínio precoce destas aptidões básicas contribui de forma crucial para ajudar os jovens a desempenharem e a compreenderem o valor deste tipo de atividade na sua educação posterior ou, enquanto adultos, no trabalho ou durante o seu tempo de lazer.

Contudo, a educação física não se limita à formação das aptidões físicas do indivíduo e transcende a dimensão puramente recreativa, mas sim na sua educação e consciência como um todo.

A participação em variadas atividades físicas comporta um conhecimento e uma percepção centrados em princípios e conceitos como ‘regras de jogo’, competição leal (fair play) e respeito, consciência tática e física, a superação, bem como uma consciência social, associada à interação pessoal e esforço de equipa em inúmeras modalidades.

A avaliação na Educação física então, entra nesse processo como forma de avaliar se o aluno consegue ou não realizar essas atividades com facilidade para que assim, as dificuldades possam ser trabalhadas com o intuito de melhorar essa condição física do mesmo.

Objetivos da avaliação na educação física

Os objetivos que transcendem a educação física e o desporto – como uma boa saúde, um desenvolvimento pessoal sólido e a inclusão social – dão maior peso à importância de incluir esta disciplina no currículo escolar.

A Comissão Europeia, por sua vez, tem vindo a expressar o valor social da educação física e do desporto em vários documentos emitidos, como por exemplo, no seu Livro Branco sobre o Desporto (Comissão Europeia, 2007), a Comissão sublinhou que o tempo dedicado ao desporto, seja nas aulas de educação física na escola ou em atividades extracurriculares, pode comportar substanciais efeitos benéficos para a saúde e para a educação.

A importância da avaliação na educação física

A União Europeia (UE) apelou, através do seu Grupo de Trabalho da UE (‘Desporto & Saúde’, 2008) para uma maior atenção aos problemas físicos e mentais causados pelo decréscimo da atividade física entre os jovens e o aumento concomitante de um estilo de vida sedentário e da obesidade.

Este Grupo concluiu que até 80 % de crianças em idade escolar só praticam uma atividade física na escola, e que necessitariam de pelo menos mais uma hora diária de exercício físico ligeiro. Ou seja, tempo suficiente dedicado ao desporto e à atividade física na escola, quer no âmbito do currículo formal quer numa base extracurricular, pode contribuir consideravelmente para um estilo de vida mais saudável.

O menosprezar da utilidade da educação física pela comunidade escolar e social, foi
algo que sempre me irritou. Assumo, que muitas vezes a culpa é nossa (professores), até porque existem maus profissionais em todas a áreas, mas o que mais me assusta é o contínuo desleixo de quem idealiza e “monitoriza” a educação, em especial da educação física.

Quantas vezes já ouvimos dizer, “o que tu fazes, é só mandar correr e jogar à bola…”, “não sei como reprovaste a educação física…”, realmente tivemos professores e/ou colegas de profissão que mancharam e atrasaram a nossa bela disciplina. Uns porque se entregaram por completo ao sistema e acomodaram-se, outros porque é mais fácil “reinar no caos” ou então por ignorância/má formação.

Felizmente, também tive e tenho excelentes professores e colegas, algo que faz carregar as baterias e trabalhar da melhor forma possível combatendo o sedentarismo profissional, ser proativo e procurar estar sempre atualizado, adaptando-me à realidade atual.
Falando especificamente da avaliação, porque quer queiramos quer não, é um assunto que muita polemica levanta, principalmente se o aluno não passa. Confesso que
é um tema que faz gastar rios de tinta e é muitas vezes tabu na nossa profissão, debater sobre a avaliação.

Para mim, é algo que deveria ser transparente. “Avaliar sempre faz crescer. Seja um estudante, uma empresa ou uma universidade, participar em um processo avaliativo é essencial para a constituição de um crescimento maduro, saudável e transformador.

As respostas desse processo, que se materializam sob a forma de conceitos institucionais, índices de cursos e notas de desempenho de estudantes, refletem uma parte do nosso esforço”, enfatiza o professor Henrique Sá, Vice-Reitor de Ensino de Graduação da Universidade de Fortaleza.

Como avaliar seu aluno?

Hoje dia, avaliamos o aluno com base em 3 principais aspetos sendo eles: o seu conhecimento (o saber teórico), as suas habilidades (o saber prático) e suas atitudes no dia a dia.

As diretrizes dos programas de educação física, não ajudam para que o processo ensino aprendizagem seja o mais fácil de implementar, isto pois fica muito ao critério do grupo disciplina (de educação física), das infraestruturas e do material que a escola possui.

Com isto, quero dizer que dois irmãos a estudar na mesma localidade, em escolas diferentes, podem ter uma “educação física” diferente.

Em contrapartida, é suposto que o aluno que seja do Norte ou do sul do país por exemplo, tenha a mesma “educação”. Da mesma forma que o português ou a matemática, abordadas em Braga ou em Lisboa, têm os mesmos conteúdos, assim devia ser na educação física. Este é o ponto número um.

Ponto número dois: os instrumentos que utilizamos para avaliar, devem ser os mesmos, isto é, se numa escola existem 4 professores a leccionar no 9ºano e tenho que aplicar um teste escrito, para avaliar o saber teórico, o mesmo teste deve ser aplicado por todos os docentes sem exceção.

Os 4 professores devem-se juntar, idealizar e construir o teste em conjunto. Assim o aluno, independentemente do corretor do teste, da turma em que está inserido e do seu professor, terá sempre a mesma nota (com uma margem de erro, claro).

Assim, já passamos a iniciar uma redução da subjetividade com a linha de pensamento do ponto número dois e abordando a parte prática, que é o que caracteriza a disciplina. Para isso, devem ser definidos os conteúdos para cada modalidade e depois uniformizar o que avaliar e como avaliar, cotando de forma igual cada gesto técnico e cada fundamento tático.

Não devemos ter numa escola ou num sistema de ensino, um docente a dar importância à colocação do remate e outro que dá importância à força no remate. Por exemplo, no futsal, se formos avaliar a condução de bola, passe, recepção e remate, devemos escolher três ou quatro critérios de êxito do gesto técnico e assim definir a cotação para cada um.

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O quadro 1, é um exemplo de que se os critérios de êxito, dos respetivos gestos técnicos e a sua cotação já estão definidos, a avaliação torna-se muito mais fácil e mais uma vez reduzimos a subjetividade da mesma.

O que o aluno executa ou realiza fica registado, a cotação é somada e a classificação “aparece”. Assim o aluno sendo avaliado por x ou y professor, deverá ter a mesma “nota” ou parecida (com uma margem de erro).

No segundo ciclo, está definido que no futsal (exemplo utilizado do quadro 2) a avaliação está dividida em exercício critério (ec), (observação da execução técnica isolada) e no jogo (observação da utilização dos fundamentos técnico-táticos), a sua cotação está dividida em 60% (ec) mais 40% (jogo).

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O quadro 2, exemplifica como pode ser definido o que avaliamos no jogo, mais uma vez, o que o aluno executa ou realiza fica registado, a cotação é somada e a classificação “aparece”.

Estes quadros, 1 e 2, são usados por todos os professores do 2ºciclo, todos os alunos matriculados neste ciclo são avaliados na mesma forma, no que diz respeito ao saber prático, nesta modalidade.

O aluno sabe detalhadamente o que precisa realizar para tirar a melhor nota possível, de acordo com a sua capacidade e o professor sabe especificamente o que “procurar” na sua observação/avaliação.

Conclusão

Com a avaliação na Educação física, deixamos a subjetividade mais reduzida no processo aprendizagem.

Através da avaliação na educação física, podemos dizer se: “este aluno remata bem…”, “ este aluno joga bem, vou lhe dar x nota…”, mas remata bem porquê, joga bem porque e assim por diante.

Com esta metodologia as respostas da avaliação na Educação física ficam mais claras auxiliando então para concluir como está a aptidão tanto física quanto teórica do aluno.

Considero que este é um assunto que poderia ser mais esmiuçado. O que abordo neste artigo é apenas uma percentagem reduzida do que podemos debater dentro da avaliação. No entanto, não é preciso fazer dele um bicho de sete cabeças.

Penso que teremos maior credibilidade, por parte dos nossos colegas na educação, encarregados de educação e alunos, se formos organizados, se soubermos defender e explicar as notas que estamos a atribuir.

REFERÊNCIAS

Sá, Henrique (2017). http://g1.globo.com/ceara/especial-publicitario/unifor/ensinando-eaprendendo/noticia/2017/07/saiba-o-que-significa-notas-de-avaliacao-do-mec-para-os-cursos-de-ensinosuperior.html.
Jacinto, João (2001). Programa de Educação Física para o secundário. Ministério da Educação – Portugal;
Comissão Europeia (2007). http://eacea.ec.europa.eu/education/eurydice.
Desporto e saúde (2008) . http://eacea.ec.europa.eu/education/eurydice.

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