Uma nova pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que os principais causadores da obesidade no Brasil estão ligados à idade, à classe socioeconômica e ao sedentarismo.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente, 20,1% da população brasileira é obesa, e a previsão é que esse percentual aumente para 24,5% até 2030.
O levantamento da FGV aponta que os hábitos alimentares das pessoas não estão entre um dos principais causadores de risco, indo contrário à crença popular.
Os hábitos cotidianos relacionados à prática de exercícios físicos são mais determinantes do que a dieta do indivíduo, então o sedentarismo acaba sendo mais perigoso do que uma alimentação pouco nutritiva.
Também foi constatado que pessoas que moram em zonas urbanas também estão mais propensas ao sobrepeso.
Mesmo com aproximadamente 57% dos brasileiros com sobrepeso, a obesidade está ligada a diversos fatores além do sedentarismo. Continue a leitura para entender a relação da obesidade com a renda familiar!
Obesidade está ligada a questão financeira
Pessoas de baixa renda também se encaixam em um dos principais grupos de risco. Acredita-se que isso se deve aos preços dos alimentos mais nutritivos, que acabam saindo da realidade daqueles com poucas condições financeiras, consequentemente, essas pessoas acabam tendo uma dieta menos saudável e mais calórica.
Também foi traçado um paralelo com a baixa escolaridade, que por sua vez envolve menos informações sobre uma alimentação nutritiva.
Já se tratando da idade, o estudo revela uma série de fatores que apontam a prevalência da obesidade ao longo de toda a vida.
Pessoas que tendem a ficar obesas no futuro já demonstram esses riscos desde a infância, algo que pode ser influenciado até mesmo pela amamentação.
Acredita-se que o leite materno contribui com a saciedade dos bebês, então quanto mais cedo a criança é desmamada, maiores os riscos de adotar uma alimentação pouco saudável com o passar do tempo.
Aproximadamente, 6% das crianças e dos adolescentes brasileiros são obesos. Quando a doença se manifesta na juventude, as chances de se tornar um quadro crônico são muito altas, levando o indivíduo a lidar com o problema pelo resto da vida.
A pesquisa ainda aponta uma maior prevalência entre o público feminino: 22% das mulheres são obesas, enquanto os homens ficam na casa dos 18%. Se tratando de sobrepeso, o público masculino vence com 39% contra 34% das mulheres.
Os exercícios físicos são aliados na perda de peso
Os exercícios físicos desempenham um papel fundamental no combate à obesidade, oferecendo uma abordagem eficaz e saudável para reduzir o peso corporal e melhorar a saúde geral.
O exercício regular aumenta o gasto energético do corpo, ajudando a queimar calorias e reduzir o acúmulo de gordura.
Além disso, o exercício promove o desenvolvimento muscular, o que aumenta o metabolismo basal e contribui para a perda de peso a longo prazo.
A prática de atividades físicas também melhora a sensibilidade à insulina e o controle dos níveis de açúcar no sangue, fatores importantes na prevenção e controle da obesidade e de condições relacionadas, como o diabetes tipo 2.
A FGV reforça a necessidade da adoção de hábitos saudáveis no dia a dia, o que vai muito além de uma dieta equilibrada.
Uma rotina fisicamente ativa é a parte mais importante desse processo, mas não dispensa a necessidade de realizar um acompanhamento com um profissional graduado na faculdade de nutrição.
Assim, é possível estabelecer todos os cuidados necessários para manter uma boa alimentação.
Conclusão
O combate à obesidade requer uma abordagem holística, envolvendo tanto a prática regular de exercícios físicos quanto uma alimentação equilibrada. Os exercícios desempenham um papel fundamental na queima de calorias, redução da gordura corporal e melhoria da saúde metabólica.
Além disso, proporciona benefícios para a saúde mental, promovendo o bem-estar geral.
No entanto, é importante lembrar que os exercícios devem ser complementados por uma alimentação saudável e orientação profissional adequada.
O trabalho em equipa entre profissionais da saúde, profissionais da educação física, nutricionistas e indivíduos que lutam contra a obesidade é essencial para garantir resultados eficazes e duradouros.