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Terminou aquele treino puxado, sentiu os músculos travando no dia seguinte e pensou: “será que um relaxante muscular depois do treino resolve?”. 

A verdade é que muita gente recorre a essa solução sem saber exatamente como ela funciona ou se realmente ajuda no tipo de dor que aparece após o exercício. O que pouca gente considera é que, dependendo da situação, o efeito pode ser bem diferente do esperado, e até trazer consequências indesejadas.

Antes de decidir se vale a pena ou não, é importante entender o que está acontecendo no seu corpo depois de um treino intenso e como o relaxante atua. 

A seguir, vamos explorar quando o relaxante muscular depois do treino pode fazer sentido, quando não é a melhor escolha e quais alternativas realmente aceleram a recuperação. Boa leitura!

Como o relaxante muscular age no corpo

O relaxante muscular depois do treino atua principalmente no sistema nervoso central, reduzindo a transmissão de sinais que mantém o músculo em contração. Ele não “cura” a lesão ou inflamação, mas diminui a percepção do espasmo e proporciona uma sensação de alívio.

No caso da DOMS (Delayed Onset Muscle Soreness), ou dor muscular tardia, o problema não é um espasmo, e sim um processo inflamatório temporário gerado pelo treino. Por isso, o mecanismo do relaxante não atua na causa da dor, apenas pode gerar sedação e sensação de relaxamento, o que, muitas vezes, não compensa os efeitos colaterais.

Diferença entre relaxante muscular, analgésico e anti-inflamatório

Muita gente pensa que dá no mesmo tomar relaxante muscular depois do treino, um analgésico comum ou um anti-inflamatório, mas a ação de cada um é bem diferente:

  • Relaxante muscular: age no sistema nervoso central para reduzir contrações involuntárias ou espasmos;
  • Analgésico (paracetamol, dipirona): reduz a percepção da dor, mas não age diretamente na inflamação ou no espasmo;
  • Anti-inflamatório (ibuprofeno, naproxeno): reduz o processo inflamatório e, consequentemente, a dor, mas tem maior risco de efeitos adversos no uso frequente.

Essa diferença é importante para entender por que o relaxante muscular depois do treino não é a solução mais indicada.

Quando o relaxante muscular depois do treino pode ser indicado (e quando não)

Na maioria dos casos, não é necessário usar relaxante muscular depois do treino para tratar a DOMS. Esses medicamentos costumam ser mais indicados em situações de espasmo muscular intenso, como em uma contratura na lombar ou torcicolo agudo, e geralmente por curto prazo.

O uso sem indicação médica pode trazer riscos, como:

  • Sonolência e tontura, aumentando risco de quedas e acidentes;
  • Interações perigosas com medicamentos como antidepressivos e analgésicos opioides;
  • Mascarar sintomas de problemas mais graves, atrasando o diagnóstico;
  • Potencial de uso inadequado e dependência psicológica.

Se a dor após o treino for diferente do habitual, intensa, acompanhada de febre, fraqueza, formigamento ou urina escura, é fundamental procurar avaliação médica antes de decidir se o relaxante muscular depois do treino é seguro para você.

Alternativas eficazes para a dor pós-treino

Para a dor muscular tardia, a ciência aponta que estratégias simples e acessíveis costumam ser mais eficazes e seguras do que recorrer ao relaxante muscular depois do treino:

  • Movimento leve: uma caminhada, pedalada suave ou alongamentos dinâmicos ajudam a reduzir temporariamente a rigidez;
  • Massagem ou liberação miofascial: técnicas como o uso do foam roller podem aliviar a dor em até 24 horas após o treino;
  • Sono e alimentação adequados: consumir proteína e carboidrato no pós-treino e manter boa hidratação ajudam no reparo muscular;
  • Controle de carga no treino: aumentar a intensidade de forma gradual evita sobrecargas desnecessárias.

Anti-inflamatórios comuns também são usados, mas o uso frequente pode interferir na adaptação ao treino e trazer riscos gastrintestinais e cardiovasculares, por isso não devem ser a primeira escolha.

Cuidados para quem treina regularmente

O uso repetido de relaxante muscular depois do treino pode interferir no rendimento, já que causa sonolência, reduz o estado de alerta e pode atrapalhar treinos seguintes. Além disso, confiar no medicamento para “mascarar” desconfortos pode fazer você ignorar sinais de sobrecarga, aumentando o risco de lesões.

Se a dor é constante ou surge com pouca carga de treino, vale investigar fatores como técnica, periodização, recuperação e até deficiências nutricionais antes de recorrer a qualquer remédio.

Guia rápido para decidir

Se está se perguntando se deve usar relaxante muscular depois do treino, siga este raciocínio:

  • A dor é a típica do pós-treino, melhora em poucos dias e não limita muito? Invista em recuperação ativa, massagem, sono e alimentação.
  • A dor vem acompanhada de espasmo muscular intenso e limita muito os movimentos? Procure avaliação médica para considerar o uso por curto prazo.
  • Tem doenças pré-existentes, usa outros medicamentos ou sente sintomas incomuns? Consulte um profissional antes de qualquer uso.

Conclusão

O uso de relaxante muscular depois do treino não é indicado como rotina para aliviar a dor muscular comum, já que existem alternativas seguras e eficazes para uma melhor recuperação. 

Esses medicamentos têm seu papel em casos específicos, mas exigem orientação profissional para evitar riscos.

Se a dor pós-treino está mais intensa ou diferente do habitual, vale investigar a causa e ajustar seu treino e recuperação. Assim, você garante mais segurança e mantém seu progresso sem comprometer a saúde.

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