Junte-se a mais de 150.000 pessoas

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade!

Qual o seu melhor email?

Seu aluno acha que os riscos do agachamento o impedem de fazer o exercício?

Queremos te mostrar o que a ciência diz sobre os danos causados por esse exercício para que você decida de uma vez por todas se deve realmente mantê-lo nos treinos. Continue lendo para entender de onde surgiram os riscos do agachamento e se ele é realmente seguro para seu aluno.

Riscos do agachamento para os joelhos

Muita gente acredita que não pode agachar porque isso prejudica os joelhos. Essa crença é especialmente comum em quem possui alguma patologia ou já teve lesões nessa articulação.

Quem acredita nessa teoria, diz que a carga e pressão de agachar afetam o joelho em demasia, levando à ruptura ou afrouxamento dos ligamentos. Alguns também temem que agachar gere desgaste das cartilagens do joelho, o que causaria dor e o desenvolvimento de patologias, como a condromalácia.

As evidências mostram que, na realidade, agachar é extremamente saudável e que não prejudica o joelho. Pelo menos é assim quando o exercício é feito da maneira correta. Já vamos começar essa seção do artigo avisando que, contanto que você eduque o aluno para realizar o movimento perfeito quase qualquer um pode agachar.

A National Strength and Conditioning Association (NSCA) fez uma revisão da literatura sobre os riscos do agachamento. A conclusão mostrou que não existem riscos significativos para o joelho. Na realidade, o exercício foi percebido como uma atividade preventiva para lesões do joelho.

Ainda de acordo com as orientações da NSCA, o agachamento deve ser realizado com o acompanhamento adequado. O treino com o exercício foi considerado como uma forma de melhorar a performance esportiva. Além disso, ele fortalece o tecido conectivo do joelho, incluindo músculos, ossos, ligamentos e tendões.

 Ângulos seguros para o joelho

Outro estudo fez uma revisão de mais de 164 artigos a respeito do agachamento e seus efeitos no joelho. A intenção era avaliar se evitar o agachamento profundo era a melhor forma de prevenir maior estresse nas estruturas articulares.

Os resultados do estudo foram contrários ao conhecimento popular de que agachamento profundo é perigoso. Na realidade, a maior pressão exercida sobre a patela foram observados aos 90º de flexão na maioria dos artigos pesquisados.

Ou seja, você não está protegendo seu aluno quando pede que ele faça um “meio agachamento”, pelo contrário.

Conforme a pessoa flexiona mais o joelho, a carga e a pressão são melhores distribuídos pelos membros inferiores. Assim, o estresse sobre a patela diminui, junto das chances de lesão, dores e problemas de joelho.

Riscos do agachamento profundo

Como mencionamos rapidamente no tópico anterior, o ângulo de flexão do joelho está muito ligado aos riscos do agachamento. Realmente, quem agacha a 90º de flexão está expondo as estruturas articulares a maior pressão e estresse.

Portanto, aumenta muito as chances de lesão, especialmente se o aluno já tiver alguma compensação ou desvio postural. O agachamento profundo é um grande aliado do treinamento e nos ajuda a recuperar a função do joelho.

Mas o que fazer se o aluno não consegue alcançar essa profundidade e só consegue chegar até mais ou menos 90º? Evitar o agachamento?

Certamente não!

Podemos deixar que nosso aluno agache, contanto que seja em ângulos menores ou maiores que 90º. O ideal é realizar uma fase preparatória em que trabalhamos fortalecimento de quadríceps e glúteo, assim como mobilizamos o quadril e tornozelo.

Riscos do agachamento para a coluna lombar

Já vimos muitos alunos e conhecidos que afirmam que começaram a ter dor lombar depois de fazer alguma série de agachamentos. Pode até ser verdade, mas o grande culpado pelo surgimento da dor não foi o agachamento em si.

O verdadeiro culpado foram os desequilíbrios e erros que a pessoa realizou no movimento, levando a uma compensação na região da lombar.

O tipo de exercício mais vilanizado por causa da dor lombar são as variações de agachamento com barra. Alguns afirmam que o acessório comprime a coluna e gera lesões. Mas isso é um grande mito que deve ser desmistificado. As lesões que já vi acontecerem por causa do agachamento com barra estavam relacionadas a excesso de carga.

Quem treina musculação, cross ou outras modalidades que envolvem peso acha muito lesão agachar com carga. Eles insistem com o instrutor que querem deixar de fazer o agachamento livre para poder fazer as versões mais difíceis com barra. No entanto, um corpo despreparado sofre de lesões quando adiciona carga a mais.

O ideal é livrar nosso aluno de todas as instabilidades na região lombar antes que ele possa realizar qualquer exercício com carga. Não estou falando somente sobre agachamento. Qualquer movimento é lesivo quando o corpo não está preparado!

Riscos do agachamento para a cervical

Na variação de agachamento com barra muitos alunos acabam lesionando ou tendo dores na coluna cervical. Isso acontece porque muita gente adota a posição incorreta do movimento e apoia a carga sobre a cervical, realizando desvios posturais para equilibrar melhor a barra.

Não existem riscos do agachamento quando o exercício é feito com a barra na posição correta e com a coluna em posição neutra. A melhor solução para esse tipo de “problema” é orientar o aluno cuidadosamente sobre a posição adequada. Sem comprimir a cervical e com a preparação adequada não existem riscos para a realização do exercício.

Conclusão

Os riscos do agachamento são, na verdade, causados pela falta de preparação e excesso de carga. A própria NSCA indica que o agachamento só é potencialmente lesivo quando existe overtraining, técnica imprópria, anormalidades estruturais pré-existentes, fadiga e lesões de outros esportes.

Muitos dos estudos que indicam que existem riscos para o agachamento foram realizados com amostras enviesadas. Uma das principais referências no assunto, por exemplo, é um estudo da década de 60 com paraquedistas que realizavam agachamento como parte da sua rotina de treino.

O estudo identificou desgaste articular no joelho e o associou à prática do agachamento. Na época, paraquedistas não possuíam equipamento apropriado para aliviar a queda, que muitas vezes aumentava a pressão e gerava desgaste na articulação.

Portanto, os resultados da amostra não poderiam ser comparáveis aos agachamentos realizados nos treinos convencionais. Hoje em dia, sabemos de todos os benefícios que esse movimento traz para nosso aluno e como realizá-lo com segurança em aula.

Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

O nome deve ter no mínimo 5 caracteres.
Por favor, preencha com o seu melhor e-mail.
Por favor, digite o seu DDD + número.