Se você acompanha o Blog Educação Física, provavelmente já deve ter lido a respeito dos sinais vitais, choque hipovolêmico e desmaios nos primeiros socorros dos alunos. Dando sequência, na matéria de hoje vamos falar sobre atendimento ao aluno com fratura e imobilização.
Mas afinal, você sabe o que é uma fratura? É considerada a quebra de solução de continuidade do osso, podendo ser em diferentes níveis de lesões:
- Fratura transversa, quando o osso é quebrado no meio;
- Fratura linear, uma ruptura no corpo do osso;
- Oblíqua irregular e deslocada;
- Espiral;
- Galho verde, em que o osso fica “em lascas”;
- Comunicativa, quando existe uma retaliação óssea separando o osso, mas deixando uma parte junto, realizando uma “comunicação”.
Além disso, o aluno pode sofrer uma fissura, quando o osso não chega a se separar em duas partes ou mais, mas ocorre em atividades com menos impacto.
O que muitos não sabem é que qualquer lesão no tecido ósseo é uma fratura que provoca muita dor, edema ou inchaço, pois os ossos são bem protegidos por conta dos músculos, terminações nervosas e tecido sanguíneo ao redor da lesão.
Outro fator que ajuda a reconhecer a fratura é a deformidade na região, porque não fica na estrutura anatômica, possibilitando reconhecer a “olho nu”, já que a região fica mais inchada que o comum e também pela perda da função do esqueleto naquela parte do corpo.
Para ajudar na movimentação do corpo, temos 3 sistemas trabalhando de forma inter-relacionada. São eles:
- Sistema ósseo (estrutura);
- Sistema muscular (dá força à movimentação);
- Articulação (faz o movimento).
Ou seja, quando é constatada uma lesão no tecido ósseo, automaticamente a região já perde as funções citadas acima, gerando grandes dificuldades para imobilizar o local e dores ao paciente.
Cuidados necessários para os primeiros socorros em aluno com fratura
Caso o instrutor que estiver realizando os primeiros socorros não seja tão experiente, ele terá que observar antes de realizar qualquer ação, pois não se deve movimentar a vítima sem antes imobilizá-la.
O principal objetivo da imobilização provisória, que tem esse status até a avaliação por um profissional especializado, é reduzir a dor e evitar o agravamento da lesão.
Por ser um tecido sólido, quando o osso se parte, pode se tornar uma lâmina afiada, em alguns casos rasgando o músculo, vasos sanguíneos ou até provocar uma fratura externa e ocasionar hemorragia.
Também é de extrema importância retirar os acessórios do aluno, como relógios e pulseiras, pois eles podem provocar um inchaço e outros edemas, dificultando qualquer manuseio.
Após identificar o local da fratura, temos que imobilizar uma articulação abaixo e acima da lesão para bloquear temporariamente o movimento naquele membro até que ele seja avaliado por um profissional capacitado.
Os 4 tipos de talas e a maneira correta utilizar cada modelo
Atualmente, existe uma grande variedade de talas para imobilização de fraturas. São elas:
1. Talas anatômicas
Algumas são vendidas na posição mais anatômica e apenas um socorrista consegue imobilizar o paciente de maneira correta.
2. Formatos funcionais
Considerada as talas já com o formato funcional do membro, facilitando a recuperação. Essas são mais modernas que as convencionais.
3. Tala convencional de pulso
Outros modelos têm um conhecimento mais do público comum, como as para o pulso, que auxiliam no apoio da região lesionada.
4. Tala de madeira
Outro tipo de tala é a de madeira. Elas são as mais antigas e normalmente encontradas em kits de primeiros socorros, junto com as ataduras, que são fitoterápicas e auxiliam a prender a tala na região lesionada, ajudando na imobilização até o pronto atendimento chegar.
Seguindo estes passos, a chance do aluno se recuperar efetivamente tende a ser cada vez maior.
Conclusão
Em casos de fratura que não seja realizada a imobilização de maneira correta, o estado do aluno pode piorar, chegando até uma lesão que perfure a pele, além de causar hemorragias.
Por isso, o Grupo VOLL em parceria com a enfermeira Dra. Carolina Giordani, desenvolveu um curso online de treinamento de Primeiros Socorros para Studios de Pilates e academias.
Com ele, todos os profissionais do espaço estarão capacitados para realizar o atendimento de maneira precisa e rápida, desde análise dos sinais vitais até fraturas.
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