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Para percorrer qualquer caminho nós precisamos de um norteamento. E na pratica de exercícios físicos não é diferente.

Pessoas que desejam ingressar num programa de treinamento ou que queiram aprimorar seu condicionamento já existente, é recomendado a procura por um profissional de educação física e assim passar por uma avaliação física de boa qualidade.

Para planejar um treinamento coerente e com o mínimo de riscos, devem ser considerados três itens básicos: ser compatível com as necessidades, interesses e características individuais da pessoa. E isso, só será conseguido através da avaliação.

Quer saber mais sobre a Avaliação Física e como realiza-la de forma correta? Então continue lendo esta matéria!

O que é uma Avaliação Física?

Segundo o Conselho Federal de Educação Física, a Avaliação Física é um procedimento técnico-cientifico que objetiva reunir elementos para fundamentar a tomada de decisão sobre o método, o tipo de treinamento esportivo, de preparação físico-desportiva, de atividade física e/ou de exercício físico, assim como de outros procedimentos específicos, a serem adotados pelo profissional responsável pelo acompanhamento do beneficiário.

Ou seja, a partir da avaliação o profissional da educação física tem subsídios para analisar, determinar o processo em que o indivíduo se encontra e classificá-lo, para logo em seguida, prescrever e acompanhar sua evolução no treinamento fazendo os reajustes necessários.

Os resultados obtidos na avaliação física tomam-se, portanto, parâmetros a serem constantemente considerados e retomados na estruturação do planejamento individual de treino.

A avaliação é composta de múltiplos testes que são instrumentos de coleta de dados validados cientificamente que vêm sempre acompanhados de normas para sua interpretação com condições de aplicação e correção uniformes.

Quando aplicar uma Avaliação Física?

A avaliação física se faz necessária sempre que um indivíduo desejar ingressar num programa de treinamento físico ou também quando queira saber seu estado de saúde física.

Com a avaliação física podemos mensurar e detectar o estágio de condicionamento deste indivíduo e suas capacidades físicas. Além de detectar possíveis problemas de saúde como, por exemplo, doenças metabólicas.

Com isso, temos por assim dizer, um parâmetro para fazer progressões nas variáveis de treinamento e para descobrir se houve melhoras ou perdas tanto no aspecto físico quanto no condicionamento.

Mais que a idade e o sexo, muitas variações ocorrem no indivíduo: seu estado de saúde, seus hábitos de vida, experiências anteriores na prática de atividades físicas, seu nível atual de aptidão, seu gosto pela atividade. Estar informado sobre estes detalhes, avaliar uma condição inicial, torna-se fundamental na determinação das potencialidades e necessidades.

Sem a avaliação inicial, as decisões na montagem e alteração do treino são executadas sem parâmetros, o que pode levar a esforços pouco adequados, super ou subestimados.

E para que esses parâmetros tenham serventia é fundamental reavaliar o indivíduo periodicamente e com os mesmos testes aplicados anteriormente.

Qual a importância da Avaliação Física?

Segundo o CONFEF que se fundamenta no Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM), referência no mundo em relação à prática de exercícios físicos de forma segura e orientada, a avaliação física é um elemento fundamental na prescrição de exercícios físicos e desportivos.

Exigir atestado médico para as praticas desportivas não garante o estado de saúde de um indivíduo. É na avaliação física que se tem parâmetros do estado de saúde, riscos, doenças e também de suas capacidades físicas, limitações individuais, objetivos pessoais e preferências.

A partir da avaliação o profissional de educação física poderá prescrever o tipo e a intensidade do exercício físico, a frequência e a duração da sessão de treino.

Prescrições incorretas podem levar à desgastes funcionais e metabólicos indevidos, como fadigas psicológicas e físicas excessivas, graves lesões ortopédicas e o risco de precipitação de acidentes cardiovasculares fazendo com que o indivíduo se afaste das práticas de exercícios físicos.

Assim, a partir da avaliação física, o profissional de acordo com a classificação de risco proposta pela ACSM, poderá identificar indivíduos sintomáticos ou com fatores de risco para doenças cardiovasculares, metabólicas, pulmonares, do sistema locomotor e também as que podem ser agravadas pelos exercícios.

Nestes casos, o indivíduo avaliado é encaminhado para um médico especialista com o intuito de identificar o real problema e formar uma linha de conduta para prescrever os exercícios conforme suas restrições.

Com o treinamento sendo prescrito conforme os dados avaliados será possível respeitar sua individualidade biológica, fazendo aumentar as chances de sucesso na prescrição e de seus resultados.

E não há nada mais satisfatório e motivacional para um aluno ver em dados reais o seu objetivo sendo alcançado e seu programa de treino funcionando e tendo resultados, isso o mantem engajado na rotina de exercícios proposta.

Para que a avaliação seja usualmente completa é necessário reavaliar periodicamente, permitindo um acompanhamento preciso do progresso do indivíduo, sabendo se a evolução foi de caráter positivo ou negativo. Dessa forma, é possível reciclar o programa de treinamento e estabelecer novas metas.

Tipos e métodos de avaliação

Avaliação diagnóstica

Usada antes de começar qualquer trabalho, meta, treinamento, etc. O objetivo será conhecer o indivíduo, seus pontos fracos e fortes. Essa avaliação ajuda o profissional a calcular as necessidades do indivíduo e seus objetivos.

Avaliação formativa

Utilizada durante o período de treinamento, ela informa sobre o progresso do indivíduo enquanto está sendo aplicado o trabalho. Indica ao profissional se o programa é o ideal, está sendo seguido corretamente ou se há necessidade de fazer alterações . Estipula-se também o tempo para reavaliar, por exemplo, de 3 em 3 meses.

Avaliação somativa:

É a soma de todas as avaliações realizadas no fim de cada período, com o objetivo de ter um quadro geral da evolução do aluno. Determina a aprovação ou reprovação do indivíduo em função de um padrão mínimo de rendimento.

Para avaliar precisa-se de valores obtidos através de testes, ou seja, o teste obtém uma informação que é medida e é atribuído a ela um valor numérico para se ter um resultado. 

Assim, avaliar faz parte de um processo onde vai classificar o resultado dos testes, por exemplo, no teste de estatura, são tomadas as medidas do indivíduo e com o resultado se avalia se o indivíduo é classificado com alta, média ou baixa estatura.

Referindo-se aos testes, existem vários na literatura que se enquadram em diferentes objetivos, como os descritos abaixo:

  • Anamnese: é um questionário diagnóstico que visa determinar as características do avaliado e a partir disto, prescrever o treinamento com maior segurança e menores riscos.

  • Avaliação antropométrica: verifica-se peso, estatura (altura), mede-se as circunferências corporais e composição corporal (detecta-se percentual de gordura, peso de gordura, peso de massa muscular), peso ideal.

  • Avaliação postural: serve para verificar possíveis desvios da coluna vertebral, ombros, joelhos, pés, bem como vícios posturais e desequilíbrios musculares. Pode ser feita de maneira estática e também dinâmica.

  • Avaliação cardiorrespiratória: avalia a capacidade do indivíduo de realizar exercícios dinâmicos. Pode ser feita de maneira direta, através do teste físico, ou de maneira indireta, calculada por fórmulas. Determinamos a frequência cardíaca máxima e todos os limites de treinamento, além de verificar a pressão arterial durante o esforço e o nível de esforço muscular de membros inferiores (quando necessário).

    Diretamente, é feito um eletrocardiograma durante o teste de esforço (esteira ou bicicleta, podendo ser feito em pista de atletismo). O mais conhecido é o teste de Cooper- 12 minutos.

  • Avaliação neuromuscular: avalia variáveis como flexibilidade, força e resistência musculares que tem relação direta com atividades da vida diária e também outras variáveis como velocidade, agilidade, potência muscular que se relacionam mais com performance atlética.

Como fazer uma Avaliação Física?

De acordo com o Colégio Americano de Medicina do Esporte, a avaliação física dentro de uma academia segue a seguinte ordem nos testes: antropométrica, cardiorrespiratória, neuromuscular.

Sendo os mais comuns, peso e altura, circunferências corporais, teste de esteira na maioria sem o eletrocardiograma e na avaliação neuromuscular testes de 1 repetição máxima.

Existem outros tipos de testes, mas os citados para academia talvez sejam os de menores custos financeiros para aplicar e executar. Além de adaptar os testes para cada indivíduo, é necessário também adaptar aos ambientes em que serão aplicados.

Antes de tudo é necessário fazer uma anamnese, pois é através dela que se conhecerá o histórico do indivíduo em relação à hábitos de vida e se já existe alguma doença existente.

Na estruturação da avaliação deve-se ter a preocupação com várias características do indivíduo como:

  • Determinar a condição física inicial;
  • Detectar deficiências e patologias;
  • Levantar experiências anteriores;
  • Classificar e selecionar de acordo com as necessidades e potencialidades;
  • Auxiliar na escolha de uma atividade adequada;
  • Orientar volume e intensidade de trabalho;
  • Acompanhar o progresso;
  • Impedir que a atividade física seja um fator de agressão;
  • Manter padrões esperados;
  • Motivar e desenvolver aptidões;
  • Redirecionar ou confirmar as propostas iniciais;
  • Respeitar os limites e possibilidades individuais.

Para saber se o indivíduo necessita de uma avaliação clínica com um médico recomenda-se a aplicação juntamente com a anamnese, de um questionário sobre a prontidão para a atividade física que se chama Physical Activity Readiness Questionnaire. O Par-Q é um questionário que avalia de forma abrangente a história médica e de saúde de uma pessoa.

Desenvolvido pela Sociedade Canadense de Fisiologia do Exercício, este questionário é apropriado para pessoas entre 15 a 69 anos e consta de 7 perguntas. Se o indivíduo responder “sim” a uma delas deve ser encaminhado a um médico antes de começar qualquer atividade física.

Depois de aplicada a anamnese e a partir desta, parte-se para os outros testes que podem ser feitos no mesmo dia ou em dias alternados.

Organizando a bateria de testes, tem-se:

Testes para aptidão física relacionada ao alto rendimento:

  • Anamnese;
  • Antropometria;
  • Coordenação;
  • Equilíbrio e flexibilidade;
  • Anaeróbicos: ATP-CP e glicólico;
  • Velocidade, tempo de reação, agilidade e potência;
  • Força muscular e resistência anaeróbica;
  • Resistência aeróbica.

Testes para aptidão física relacionada a saúde:

  • Anamnese;
  • Medidas de pressão arterial e frequência cardíaca em repouso;
  • Composição corporal;
  • Capacidade aeróbica;
  • Força e resistência muscular;
  • Flexibilidade;
  • Postura.

Para isso, deve-se obedecer às etapas básicas de uma avaliação:

  1. Ter os objetivos claros: o que será treinado, considerando idade, sexo, modalidade, período ou etapa de treinamento.
  2. Procedimentos utilizados: escolha dos tipos de testes e instrumentos que devem ser feitos e utilizados em função dos objetivos e do grau de precisão que se deseja.
  3. Interpretação dos resultados: etapa pós-coleta de dados que depende de critérios ou referenciais escolhidos.

Dicas para um avaliação eficaz

Materiais

Mantenha os materiais utilizados para avaliações organizados. De preferência faça um check list dos procedimentos que serão aplicados e organize os respectivos.

Além da organização, mantenha o material que necessita de aferição com manutenção periódica para que funcionem de maneira adequada.

Apresente os protocolos de avaliação

É muito importante quem está sendo avaliado ter conhecimento dos procedimentos aos quais será submetido, usar roupas apropriadas e ter uma alimentação adequada.

Esse conhecimento antecipado tranquiliza e serve para que os resultados sejam fidedignos. Por exemplo, a avaliação postural deve ser realizada com o indivíduo mais descontraído possível para retratar sua postura natural e não force posições.

Padronização

Ambiente, equipamentos e procedimentos devem ser sempre os mesmos. Ou seja, anotar os dados coletados com padrões que permitam que a reavaliação seja feita como a avaliação anterior.

De preferência elabore uma planilha para inserir os dados após a avalição, pois assim os dados ficarão armazenados de forma sistemática para discussão de resultados e comparações futuras.

Escolha dos protocolos

Lembre que todas as fórmulas de predição das avaliações físicas foram definidas a partir de pesquisas científicas e foram preconizadas para uma determinada população.

Portanto, quando escolher um protocolo verifique para qual população foi destinado para que não ocorram erros de cálculo e o resultado fique mais próximo do real.

Diagnosticar

No caso da avaliação física o diagnóstico refere-se aos parâmetros fora da normalidade que podem auxiliar no direcionamento do treinamento, no encaminhamento do indivíduo avaliado para outro profissional e até mesmo na correção de movimentos para a prevenção de lesões.

Resultados

O indivíduo que está sendo avaliado necessita dos resultados para ter a noção do seu estado atual, de suas fragilidades e potencialidades.

Apresente o laudo em forma de gráficos, com fotos e figuras. Isso torna-se um instrumento motivacional para o trabalho a ser implementado.

Reavaliação

Muitas vezes depende do aluno querer ser reavaliado. Mas é importante frisar para ele que com a reavaliação verifica-se os resultados do treinamento, bem como analisa o que deu certo e o que não deu na prescrição para reformular ou progredir com o treinamento.

Recomendações do profissional para o avaliado

  • Usar roupas adequadas. Por exemplo, na perimetria homens podem usar sunga ou calção e mulheres biquíni ou short e top;
  • Sono regular na noite que antecede a avaliação. Preferencialmente ter de 6 a 8 horas de sono, principalmente se na avaliação houver testes metabólicos ou neuromotores, pois nesses casos o sono tem uma interferência direta;
  • Não realizar exercícios físicos antes da avalição. O teste de composição corporal é prejudicado, pois com a vasodilatação periférica que ocorre após a realização de exercícios, há um aumento significativo da espessura da dobra cutânea, interferindo diretamente no resultado.

Conclusão

Fica evidente que avaliar um indivíduo é pré-requisito para a prescrição de um treinamento físico e possibilita maior progressão com relação aos objetivos que devem ser alcançados no decorrer de um programa de exercícios físicos. Contudo, mais que isso, a avaliação além de dar base para prescrever um treinamento, contribui para a descoberta de algum problema de saúde.

Toda avaliação deve ser usada para traçar metas na prescrição de treinamento e na busca pela melhora da saúde ou desempenho esportivo (no caso de atletas), alcançando essas metas ou superando-as.

E para fazer essa avaliação é adequado que seja o profissional da educação física, devidamente registrado no seu conselho de classe e capacitado para tal. É ele quem vai orientar na avaliação e na prescrição do exercício, podendo acompanhar a execução dos mesmos e dar um feedback na evolução dos resultados.

Infelizmente, o processo de avaliação física ainda carece de maior valorização. Para cumprir com seu papel de componente imprescindível para a prática consciente e responsável do exercício físico e enquanto profissional, o professor de educação física deve incentivar seus alunos a passarem por esta etapa.

Portanto, avaliar a condição física de um indivíduo não só é fundamental para começar um programa de exercícios como é também para estimar sua qualidade de vida.

Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

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