A diabetes atualmente acomete cerca de 7% da população brasileira, isso significa aproximadamente 13 milhões de pessoas. Esses dados vêm crescendo ano a ano, e muita gente só se dá conta da doença quando surgem complicações sérias.
Ficou assustado? Pois é, essa doença que pode ser controlada ainda é bem desconhecida para muitos que acreditam em mitos e informações divergentes. Aqui você terá uma ideia clara do parâmetro dessa diabetes, dos tipos até a questão da alimentação para aprender a conviver bem com a doença. Assim, ela será convertida num degrau a mais para cuidar da saúde e ter mais qualidade de vida.
O que é Diabetes?
A Diabetes ou Diabetes Mellitus é uma síndrome metabólica caracterizada pela elevação da glicose no sangue, ou seja, hiperglicemia, sua origem é múltipla e sua consequência é a falta de um hormônio chamado insulina ou a incapacidade de a insulina atuar adequadamente no organismo favorecendo o aumento do açúcar no sangue.
Isso ocorre, porque o órgão pâncreas possui células betas que não conseguem produzir esse hormônio em quantidades suficientes. Da mesma forma, o hormônio pode não estar operando de maneira correta ocasionando em uma resistência à insulina. Como consequência, essas quantidades não são capazes de suprir a necessidade do organismo.
A função principal da insulina é possibilitar a entrada de glicose para as células do organismo, para que atuem em diversas atividades celulares. A insulina também promove a redução da glicemia, permitindo que o açúcar presente no sangue possa adentrar nas células, sendo usados como fonte de energia.
Portanto, concluímos que a falta de hormônio ou uma falha em sua ação, resulta em acúmulo de açúcar ou glicose no sangue, o que é conhecido por hiperglicemia e consequentemente diabetes.
Tipo I
Embora seja mais comum em crianças ou jovens, pode aparecer em qualquer idade. Este tipo de diabetes é fruto da destruição das células beta que como havia dito, estão localizadas no pâncreas. Isso pode ocorrer por um processo imunológico, ou seja, o organismo pode estar produzindo anticorpos contra essas células, ocasionando em deficiência de insulina.
Esses anticorpos podem ser detectados em exames de sangue, são eles: ICA, IAAS, GAD e IA-2, eles estão presentes em cerca de 90% de resultado de exames que foram diagnosticadas com diabetes tipo I. Alguns sintomas desse tipo podem ser: sede e fome excessivas, diurese, emagrecimento, cansaço e fraqueza. É importante o diagnóstico rápido para não resultar em desidratação severa, vômitos, dificuldades respiratórias e até mesmo coma.
Quando ocorre agravamento ou coma podemos dizer que ocorreu um Cetoacidose Diabética o que leva o doente a internação.
Tipo II
Este tipo de diabetes é o de maior incidência, cerca de 90% dos casos diagnosticados são do tipo II. Nestes casos a insulina é produzida pelas células beta pancreáticas, no entanto, sua ação é inibida, resultando numa resistência à insulina. Assim o aumento de produção da insulina é provocado para manter o a glicose em níveis normais. Porém, em um dado momento isso não será mais possível, surgindo então o diabetes.
Esse processo é lento e os sintomas como sede, aumento da diurese, problemas visuais, dores nas pernas demoram a aparecer. Por isso, muitas pessoas retardam para procurar ajuda médica e fazer exames. Quando não diagnosticado a tempo, o diabetes tipo II pode se agravar e também ocasionar em um coma.
As pessoas mais suscetíveis a contraírem o diabetes tipo II são as que tiveram um aumento de peso significativo, obesos, pessoas acima de 50 anos de idade, pessoas que consomem gordura e carboidratos em excesso inclusive crianças e adolescentes e pessoas sedentárias com alimentação desequilibrada.
Diabetes gestacional
Como o próprio nome diz, este tipo de diabetes costuma parecer durante a gestação, não raro é transitório, ou seja, desaparece ao término da gravidez, porém, nem sempre isso acontece. Por isso, é importante a paciente ser acompanhada mesmo depois da gestação para tratamento adequado.
Geralmente o diabetes é descoberto no terceiro trimestre da gravidez através do exame de sangue. Existe um exame chamado curva glicêmica ou teste de tolerância oral a glicose que a gestante faz duas vezes em períodos distintos da gestação
Este teste é feito para observar se a insulina está trabalhando corretamente, pois durante a gestação existem muitas mudanças hormonais, que podem afetar o bom funcionamento da insulina. Além de mulheres mais propícias a desenvolverem o diabetes são elas:
- Gestantes que tiverem história prévia de diabetes gestacional;
- Sofreram abortos antes;
- Má formação fetal;
- Hipertensão arterial;
- Histórico familiar com diabetes.
Esses grupos devem fazer acompanhamento especial e fazer os exames o quanto antes.
Principais sintomas
Os sintomas básicos do diabetes são:
- Vontade excessiva de urinar;
- Fome e sede excessiva;
- Emagrecimento;
Esses sintomas são ocasionados devido a produção reduzida de insulina ou da ação irregular desse hormônio, tendo como consequência o aumento da glicose no sangue.
Descrevemos agora os sintomas característicos de cada tipo de diabetes:
Diabetes tipo I
- Vontade frequente de urinar: caso sinta vontade de ir ao banheiro com mais frequência sem nenhum motivo aparente, pode ser um sinal de alteração na taxa de açúcar no sangue;
- Fome excessiva;
- Sede excessiva;
- Emagrecimento: a pessoa com diabetes tem necessidade de comer toda hora, pois possui muita fome e mesmo assim se continuar a perder peso, isso pode ser um sinal de alerta;
- Fraqueza;
- Fadiga;
- Nervosismo;
- Mudança de humor;
- Náuseas e vômitos sem nenhuma explicação fique alerta com a taxa de açúcar;
- Essa doença pode aparecer ainda por herança genética ou em conjunto com infecções virais;
Diabetes tipo 2 ou Diabetes adquirida
Os sintomas são bem parecidos com do diabetes tipo I, porém demoram a se manifestar e ocorre devido a uma resistência a insulina e causa os seguintes sintomas:
- Fome exagerada;
- Sede abundante seguida de boca seca;
- Tontura;
- Infecções constantes, como por exemplo: infecção na bexiga ou infecção urinária, no rim e infecção de pele;
- Também é mais comum ocorrer a candidíase em ambos os sexos;
- Feridas que demoram a cicatrizar;
- Alteração visual (visão embaçada);
- Formigamento nos pés;
- Furúnculos;
- A infecção mais comum na pele é a chamada acantose nigricans que provoca escurecimento da pele, deixando-a espessa e grossa, os locais mais comuns são pescoço, axilas e virilhas;
Diabetes gestacional
O diabetes gestacional, geralmente, não causa sintomas e o quadro é descoberto durante os exames periódicos. No entanto, devido ao aumento da glicemia durante a gravidez é possível manifestar sintomas típicos do diabetes I e II:
- Sede abundante;
- Fome exagerada;
- Vontade frequente de urinar;
- Visão turva.
O excesso de peso antes e durante a gravidez ou histórico de diabetes na família contribuem para o surgimento da diabetes gestacional.
Exercício físico na Diabetes
A modernidade é muito boa, porém com ela vem mais do que comodidade. Com tanta tecnologia e facilidade do dia a dia o homem contemporâneo tem feito cada vez menos esforço físico.
Por exemplo, trocamos constantemente as escadas comuns por escadas rolantes e elevadores e também deixamos de levantar do sofá para trocar de canal na TV e usamos controle remoto e não é somente para TV, controle remoto para rádio, para ventilador e ar condicionado e até para ascender e apagar a luz.
Tudo ao alcance de nossas mãos, o que inibe cada vez mais os movimentos e exercícios corporais. Muitas vezes vamos à padaria e ao mercado de carro, quando poderíamos ir a pé ou de bicicleta. Enfim, a modernidade trouxe também uma menor exigência do corpo humano.
Muitas são as doenças que surgem por causa do sedentarismo: obesidade, problemas coronarianos, acidente vascular, hipertensão e claro o diabetes. Por isso, mais do que nunca a importância da atividade física, pois está comprovado e evidenciado os seus inúmeros benefícios para a saúde, ou seja, os exercícios físicos são fundamentais para todo ser humano e muito mais para o portador de diabetes.
E porque é ainda mais importante para pessoas diabéticas?
Porque ao prevenir a doenças, é fundamental escolher hábitos alimentares saudáveis e evitar o sedentarismo. Portanto, a atividade física se apresenta como uma das formas bastante eficiente para melhoria da resposta do organismo a ação deste hormônio e consequentemente o controle da glicose sanguínea.
Esse grupo de pessoas está mais suscetível ao risco de doenças do cérebro e cardiovasculares em relação ao restante da população. Por isso, deve se exercitar mais para diminuir esse risco.
Além do controle rigoroso da glicemia com a dieta, medicações e insulina (caso necessárias), deve também fazer parte da rotina a prática de alguma atividade física, pelo menos 30 minutos diários.
Benefícios do exercício físico na Diabetes
Alguns dos benefícios que a atividade física proporciona:
- Ocorre um melhor controle do diabetes;
- Aumento da ação da insulina;
- Aumento da captação de glicose pelo músculo, reduzindo muitas vezes as doses de medicamentos e auxiliando na prevenção de problemas associados ao diabetes, como alterações na retina, nos vasos sanguíneos, nos nervos, rins e coração;
- Diminuição da glicose circulante
- Aumento da sensibilidade celular a insulina;
- Diminui o colesterol ruim e aumenta o bom, para o diabético isso é muito importante, pois tem maior risco de doenças vasculares;
- Perda de peso, pois com a perda de peso saudável, o controle do diabetes melhora além de melhorar a pressão arterial;
Segundo um estudo realizado no ano de 2010, pelo Colégio Americano de Medicina Esportiva, o maior benefício dos exercícios físicos no tratamento do diabetes tipo II está correlacionado aos resultados às respostas agudas e crônicas sobre a ação da insulina, tanto nos exercícios aeróbicos quanto nos exercícios resistidos. Ou seja, é preciso fazer uma mudança de estilo de vida, qualquer atividade física é benéfica para portadores de diabetes desde que bem orientadas por profissionais da área.
Um novo estudo realizado no Centro Médico Universitário de Leiden, na Holanda, foi certificado, através do exame de ressonância magnética, uma redução da gordura ao redor de órgãos como coração, fígado e rins em 12 pacientes com diabetes tipo 2 (quando não há necessidade do uso de insulina para o controle da doença) secundária ao exercício físico. A diminuição deste tipo de gordura está associada a uma menor ocorrência de complicações do diabetes como o infarto do miocárdio.
Como montar um treino para alunos com Diabetes
É importante saber qual o objetivo do portador de diabetes em relação à atividade física, ou seja, esse exercício tem que motivar o aluno para que ele mantenha o programa de atividade diária. É fundamental também que este programa inclua atividades aeróbicas e anaeróbicas para ser trabalhado tanto o sistema cardiorrespiratório como também a massa muscular, a força e a resistência.
Para montar um treino é recomendável:
- Uma atividade que melhore e estimule o gasto calórico, este exercício tem como objetivo o emagrecimento ou diminuir o risco de obesidade que é mais comum em portadores de diabetes tipo II;
- Respeite a individualidade do aluno, ou seja, fique atenta a duração, frequência e intensidade que os exercícios são aplicados e faça de acordo com o perfil e condicionamento do aluno;
A frequência, a intensidade e a duração devem ser:
- Para melhorar o sistema cardiorrespiratório e a perda de peso é importante que se faça por três dias consecutivos e durante cinco dias da semana;
- Os exercícios devem ter intensidade de leve a moderada, ou seja, de 40 a 70% do VO2 máximo;
- A duração deve ser em torno de 30 minutos no mínimo, porém, se o aluno é sedentário, inicie com sessões de 15 minutos e aumente aos poucos até atingir 60 minutos de atividade física;
- Estimule a prática de caminhadas, porém, associe este exercício de impacto com outro de menor impacto, como por exemplo, a natação ou andar de bicicleta, pois o diabético é mais suscetível a desenvolver neuropatia periférica e artrite, por isso a importância de exercícios de baixo impacto;
- Os exercícios de musculação deverão ser executados em séries de 10 a 15 repetições, tenha como objetivo o aumento gradativo da carga, da frequência e da duração, tendo como meta a melhora da massa magra, da resistência muscular e da força, além da diminuição de problemas cardiovasculares;
- É fundamenta a combinação de exercício aeróbico com exercício resistido, pois os benefícios são maiores;
- Não faça de maneira isolada o controle do exercício físico pela frequência cardíaca num portador de diabetes, pois geralmente o diabético tem alteração neural independente o que transforma a resposta da frequência cardíaca frente ao esforço físico. A escala de percepção subjetiva ao esforço é um instrumento benéfico quando usada em conjunto para controle da intensidade ao esforço.
Realize um questionário específico e detalhado com o aluno, fique atento às complicações que o diabetes pode levar, é importante que o exercício físico seja para melhorar e dê uma qualidade de vida mais saudável para o indivíduo.
Exercícios fundamentais na Diabetes
A gordura visceral, aquela por trás da barriga é responsável por diminuir a sensibilidade à insulina. E a corrida pode contribuir para prevenir a doença tipo II, principalmente se o exercício estiver aliado a uma dieta equilibrada.
Essa atividade para quem tem propensão a desenvolver o diabetes, principalmente pessoas com sobrepeso é fundamental.
- A corrida também é uma poderosa aliada em manter o diabetes sobre o controle. Pois ao tornar o organismo mais sensível a insulina, a corrida pode reduzir o uso do hormônio injetável. Por isso, atualmente a corrida é muito prescrita por especialistas como auxiliar no tratamento da doença;
Porém, devo ressaltar que no treinamento do diabético, é importante o acompanhamento do médico e de um profissional de educação física, pois até mesmo os corredores de elite estão propícios a incidentes.
- Os exercícios intervalados de alta intensidade também contribuem para diminuir o nível de glicose no sangue, além de beneficiar a saúde cardiovascular, e aumentar a resistência;
- Exercício aeróbico, como por exemplo, a bicicleta ou a ergométrica auxiliam o coração a bater mais forte e os pulmões a funcionarem melhor. Andar de bicicleta melhora o fluxo de sangue para as pernas. Um grande benefício para as pessoas com diabetes, além de queimar muitas calorias;
- A natação é um exercício completo e ideal para as pessoas com diabetes, principalmente porque não tem grandes impactos nas articulações;
- Caminhada é um exercício democrático e mais fácil de começar, alem de ser gratuito, é também uma das atividades mais prescritas para pessoas com diabetes. O passeio, feito em um ritmo ideal, aumenta a taxa de batimentos cardíacos e é um exercício aeróbico, para queima de calorias;
- Musculação é um exercício fundamental, pois contribui para a construção da massa muscular, importante para qualquer pessoa queimar mais calorias e acelerar o metabolismo. Se você perder massa muscular, será muito mais difícil manter os níveis de açúcar no sangue;
- Yoga auxilia na perda de gordura corporal, combate a resistência à insulina e melhora as funções dos nervos;
- Pilates constitui de exercícios voltados para o fortalecimento muscular e melhora no equilíbrio. Como os músculos exercem uma grande função na melhora do metabolismo e, consequentemente, na redução dos níveis de açúcar no sangue, o Pilates, portanto, é um excelente exercício para os diabéticos;
Cuidados e restrições
- Nunca se esqueça de medir a glicemia antes de sair de casa;
- Sempre medir a glicemia após as atividades físicas com duração igual ou maior que 45 minutos;
- É importante ingerir bastante líquido, sais minerais e carboidratos, porém, muita atenção com os isotônicos, pois geralmente contem grandes quantidades de açúcar;
- Em qualquer sinal de hipoglicemia ou hiperglicemia, além de dor no peito, falta de ar, tontura, mal estar, sudorese, interrompa imediatamente a atividade física;
Reconheça os sinais de hipoglicemia e hiperglicemia são eles:
- Hiperglicemia: inquietação, nervosismo, sede, cãibras, visão turva, náuseas, dor abdominal e aumento da diurese;
- Hipoglicemia: suor excessivo, palpitações, tremores, confusão, sonolência, falta de coordenação, náuseas e dor de cabeça;
Há ainda algumas restrições como:
- Não se exercite no pico da ação da insulina;
- Não aplique insulina nos músculos que serão exercitados;
- Não se exercite em jejum;
- Carregue com você sempre uma fonte de carboidrato;
- Analise seus pés se há ferimentos ou bolhas.
Dicas e dúvidas
É muito importante o diabético ficar atentos algumas dicas fundamentais em relação à prática de atividade física como:
- Faça pelo menos 3 vezes na semana alguma atividade física e, de preferência no mesmo horário e após as refeições para regular os níveis de glicemia e é claro faça acompanhado;
- Ao realizar as atividades leva consigo sempre um alimento doce, caso tenha uma hipoglicemia;
- É importante, portanto, saber reconhecer os sinais de hipoglicemia, que é na verdade a queda de açúcar no sangue, ou seja, quando estiver abaixo de 70mg/dl, sinais como fraqueza, tontura, visão turva, suor frio, fique atento;
- Se hidrate bastante durante todo o exercício físico e após;
- Não aplique insulina nos músculos que irá treinar no dia, pois o treino faz com que a insulina seja utilizada muito rápido, contribuindo para uma possível hipoglicemia;
- Se você tem hipoglicemia constante ao praticar atividades físicas, é aconselhável consultar um médico o quanto antes;
- Nunca inicie exercícios se a sua glicemia está inferior a 80mg/dl. Faça um lanche antes e depois faça os exercícios normalmente;
- Quando está muito calor ou muito frio evite fazer exercícios intensos;
- Faça um pequeno lanche antes e depois dos exercícios;
- Nunca pratique exercícios em jejum;
Insulina antes ou depois do treino?
Os usuários de insulina devem ficar atentos para não fazer atividades durante os picos de ação da insulina, além de que não se deve aplicar insulina pouco antes do treino no músculo que vai ser exercitado.
Faz mal ingerir gel de carboidrato?
É necessário verificar se a taxa de glicose do aluno está regulada para tomar um gel de carboidrato durante o treinamento. “Se a atividade for prolongada, alguns estudos sugerem que o consumo seja, em média, de 15g a 30g de carboidrato a cada 30 minutos.”
A indicação da quantidade de carboidrato durante os treinos são de 30 a 60 g/hora de atividade física. Devem-se usar antes de completar os 60 minutos. O mais preceituado é utilizar entre 45 a 50 minutos de treino. Portanto, se você vai uma atividade com mais de 1h40, deverá consumir o gel de carboidrato aos 40 minutos e depois aos 80 minutos.
Atualmente surgiram novas recomendações de carboidratos durante o treino, que foram publicadas pelo Journal of Sports Sciences, em 2011, que priorizam também de 30 a 60g quando a atividade tiver duração de até 3h. Quando o exercício durar mais de 3h, podemos chegar até 90g/hora. O que concluímos é que a utilização de gel de carboidrato deve ser ingerida pelo tempo de atividade desenvolvida.
Alimentação pré e pós-treino
Pré – Treino: Vai depender do índice glicêmico do aluno, caso esteja abaixo de 80mg/dl, dê preferência para uma fatia de pão integral, uma fruta como o abacate ou a mexerica, por exemplo, caso seja uma caminhada. Agora se for uma corrida de mais ou menos 40 minutos a 1 hora, consuma alimentos ricos em carboidratos de baixo a médio índice glicêmico como cereais integrais e frutas com farelos, ou seja, muito parecido. E também beba muita água mesmo.
- Exercícios leves de 30 minutos: são exercícios de baixa intensidade, duração igual ou inferior a 30 minutos, como por exemplo, caminhada, consuma uma fruta e uma fatia de pão integral. Agora se o índice glicêmico do aluno estiver maior que 80mg/dl, não há necessidade de consumir alimento.
- Exercício Moderado de 30 a 60 minutos: são exercícios de intensidade moderada como natação, tênis, corrida, ciclismo, o consumo de meio sanduíche com proteína, leite ou frutas. Caso a glicemia esteja bem alta entre 180 a 300mg/dl, não há necessidade de consumo e se estiver mais alta ainda, não faça atividade física até se normalizar.
- Exercício intenso de mais de uma hora: futebol, basquete, natação vigorosa:
- 80mg/dl: um sanduíche de carne ou duas fatias de pão integral, leite e fruta;
- 80 a 170mg/dl: meio sanduíche de carne, leite ou fruta;
- 180 a 300mg/dl: uma fruta ou pão integral;
Pós-treino: capriche na alimentação, consuma alimentos com alto índice glicêmico, como por exemplo, arroz branco, pão branco, mel, sucos naturais, banana e melancia. Isso ajudará normalizar a taxa glicêmica.
Conclusão
O programa de exercícios faz parte do tratamento para o diabetes e é uma peça fundamental, no entanto, a avaliação médica especializada deve ser prioridade antes de qualquer coisa, pois é através dessa avaliação que poderá detectar complicações silenciosas decorrentes da doença. Tudo isso se faz necessário para não conduzir ao risco a integridade física do diabético.
Se você é diabético e está iniciando agora atividades físicas, faça exames como eletrocardiograma, composição corporal, teste ergométrico, exames de sangue e fundo de olho, ou seja, uma bateria de exames é indispensável para uma vida mais ativa e saudável.
Ao profissional de Educação Física que atende pessoas portadoras de diabetes, especialmente do tipo II, oriente-as sobre os benefícios da atividade física e principalmente, motive-as a praticar tanto exercícios aeróbicos como de resistência adequados para a condição clínica das mesmas.
adorei o material, muito bem elaborado e conteúdo atualizado..obrigada!!
Tema muito importante e bem oportuno para esclarecimento tirando assim todas as dúvidas ainda existentes.