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Segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), 20% da população tem algum tipo de arritmia. E num levantamento junto com o Ministério da saúde 80 a 90% das mortes súbitas estão relacionadas as arritmias cardíacas.

Para saber o que é uma arritmia cardíaca temos que entender um pouco com funciona o coração:

O coração é uma bomba com quatro cavidades (duas direitas e duas esquerdas). Existem duas aurículas. Uma delas, a direita, recebe o sangue venoso, pobre em oxigênio, proveniente de todo o corpo. A outra, a esquerda, recebe o sangue arterial, rico em oxigênio, proveniente dos pulmões. As aurículas desaguam nos ventrículos, passando através de válvulas chamadas de átrio-ventriculares. Entre as cavidades direitas fica a válvula tricúspide. Entre as cavidades esquerdas fica a válvula mitral.

Este órgão tem um ritmo regular, compassado – significa contração muscular mecânica rítmica e regular do coração, que é iniciada por uma onda elétrica, que se espalha pelo coração. Este sistema elétrico responsável pela sincronização dos batimentos das quatro câmaras do coração é denominado nó sinoatrial ou nó sinusal e por uma parede de nervos que espalha o estímulo por todo o músculo cardíaco.

E qualquer alteração na formação ou condução desse estímulo pode provocar alterações no ritmo cardíaco caracterizando a arritmia cadíaca.

O que é arritmia cardíaca?

Etimologicamente arritmia significa: A = negação e Ritmia = ritmo;

Assim, arritmia cardíaca é uma alteração ou distúrbio do ritmo cardíaco normal. Alterações na frequência cardíaca também podem caracterizar arritmia. Valores menores que 60 batimentos e maiores que 100 batimentos por minuto em repouso devem ser investigados. Quando o ritmo cardíaco é inadequadamente lento, chamamos de bradiarritmia e, quando é rápido, de taquiarritmia. E, além de bater de forma rápida ou lenta, o coração pode bater de forma irregular.

As alterações do ritmo cardíaco ou das conduções dos estímulos podem ser letais (morte súbita), ser sintomáticas (síncopes, tonturas, palpitações, etc) ou assintomáticas.

De qualquer forma, com as arritmias, o coração pode não ser capaz de bombear sangue suficiente para o corpo, o que pode danificar cérebro, outros órgãos e o próprio coração.

Causas

A arritmia costuma ser uma consequência de algum problema elétrico do coração e alguns fatores podem desencadear o problema:

  • Desgaste e deterioração do tecido do coração, decorrentes de um infarto prévio (conhecido como ataque cardíaco);
  • Distúrbios do coração que podem causar mudanças na estrutura do mesmo, como a cardiomiopatia;
  • Hipertensão;
  • Bloqueio de artérias;
  • Diabetes mellitus;
  • Hipotireoidismo e hipertireoidismo;
  • Consumo exagerado de álcool e/ou cafeína;
  • Estresse crônico.

Sintomas

A arritmia cardíaca pode muitas vezes ser silenciosa e a pessoa não apresentar nenhum sintoma. Como também, mesmo que a pessoa apresente sinais e sintomas de arritmia, não necessariamente se trate do problema.

Possíveis sintomas:

  • Desconforto, peso ou dor no peito;
  • Palpitações, podem ocorre tanto no esforço quanto em repouso;
  • Sensação de fraqueza e cansaço constante;
  • Tontura e náusea, podem ser acompanhadas de suar frio, principalmente após esforço e sentir o coração acelerado;
  • Falta de ar (esta pode evoluir para uma insuficiência cardíaca);
  • Desmaio ou quase-desmaio pode ocorre quando o coração não bombeia sangue suficiente para o cérebro;
  • Batimentos mais acelerados que o normal (taquicardia);
  • Batimento mais lentos do que o normal (bradicardia).

Fatores de risco

Idade

O risco aumenta com a idade. No envelhecimento há algumas mudanças normais no coração que podem reduzir a condutividade dos impulsos elétricos;

Consumo de álcool

Em excesso os batimentos cardíacos podem ser menos eficientes, afetando os impulsos elétricos o que pode levar a fibrilação atrial:

Estimulantes como a cafeína e a nicotina

Aceleram a frequência cardíaca.

 Doença da artéria coronária

Com o acúmulo de placas há o endurecimento e estreitamento das artérias que irrigam o músculo cardíaco e podem ocasionar arritmia.

 Diabetes

Níveis elevados de açúcar no sangue fazem com que se elevem os batimentos cardíacos, tornando-os irregulares;

 Medicamentos e suplementos

Alguns medicamentos como um simples remédio para gripe (contém pseudoefedrina) e suplementos (exemplo, energéticos) podem acelerar a frequência cardíaca, a pressão arterial e desencadear um quadro de arritmia;

 Desequilíbrio eletrolítico

Eletrólitos como potássio, sódio, cálcio e magnésio desregulados, em níveis elevados ou muito baixos, podem afetar os impulsos elétricos e causar arritmia.

O mecanismo da arritmia cardíaca e exercícios físicos

A realização de exercícios físicos desencadeia uma série de respostas fisiológicas nos vários sistemas corporais particularmente no sistema cardiovascular.

O exercício provoca alterações neuro-humorais, eletrofisiológicas e hemodinâmicas que podem interferir significativamente no ritmo cardíaco:

 Modificações neuro-humorais

Iniciado um exercício de intensidade moderada, ocorrem grandes modificações na modulação autonômica do coração. Há um bloqueio progressivo da atividade vagal e um aumento do tônus simpático no coração com elevação das catecolaminas circulantes. Esta condição autonômica determina o aumento da frequência sinusal através do aumento da velocidade de ascensão do potencial de ação das células marca-passo durante a sua fase 4.

Há, portanto um aumento do automatismo do tecido do nó sinusal. Nestas condições, uma arritmia pré-existente poderá ser suprimida pela simples elevação da frequência sinusal. Este fenômeno é conhecido como “over-drive supression”. (Brito, 2010)

 Alterações eletrofisiológicas

Os tecidos dos sistemas excito – condutor e de Purkinge, contêm focos automáticos e podem também abrigar focos ectópicos. Com o exercício e consequente aumento do tônus simpático, estes focos passam a apresentar um aumento na velocidade de despolarização diastólica ( fase 4 do potencial de ação ) e desta forma podem gerar arritmias.

Isto poderá também aumentar a frequência de uma arritmia pré-existente, fato que é mais observado nos corações anormais. O aumento da atividade simpática favorece o fluxo dos íons cálcio para o interior da célula o que pode gerar pós-potenciais de ação, subliminares ou supra liminares.

Nesta última condição, aparecem as ectopias. Este mecanismo é conhecido como atividade deflagrada. Atualmente, com o auxílio da eletrocardiografia de alta resolução, podemos identificar os casos que, já em repouso, possuem potenciais tardios e que obviamente ao serem submetidos a um exercício estarão mais sujeitos a apresentarem as alterações eletrofisiológicas acima referidas (Brito, 2010).

 Alterações hemodinâmicas

O exercício, aumentando o tônus adrenérgico, eleva a frequência cardíaca, a pressão arterial e também a velocidade e força de contração do músculo cardíaco. Como estes elementos são os determinantes do consumo de oxigênio do miocárdio, em condições de doença obstrutiva das artérias coronárias, poderá ocorrer isquemia. Resultará então um metabolismo anaeróbico das fibras miocárdicas, alterações do pH celular e modificações críticas de suas propriedades eletrofisiológicas.

As alterações mais importantes são o aumento do automatismo dos tecidos isquêmicos pelo aumento da velocidade de despolarização espontânea na fase quatro e alterações nas propriedades de condução e refratariedade, tanto dos tecidos normais como daqueles com isquemia.

Estabelece-se assim, durante o exercício, uma condição caracterizada pela falta de homogeneidade na despolarização das diferentes células, com zonas de condução lenta ou bloqueios resultando em fenômenos de reentrada.Este mecanismo pode ocorrer em qualquer parte do coração, gerando arritmias atriais, juncionais ou ventriculares.

Ainda como fenômenos hemodinâmicos, temos a disfunção ventricular esquerda global ou regional provocada pela isquemia e agravada pelo aumento na pós-carga. Estas anomalias do inotropismo determinam aumento da distensão do miocárdio, que, por si só, pode gerar no subendocárdio aumento do automatismo e consequentemente arritmias.

Como resultado da disfunção ventricular esquerda, associada à redução da complacência miocárdica, eleva-se a pressão diastólica final do ventrículo esquerdo, aumentando a isquemia. O aumento de pressão transmite-se para o átrio esquerdo, alterando a tensão em sua parede, o que pode provocar arritmias atriais semelhantes àquelas observadas na insuficiência cardíaca congestiva, condição que também apresenta aumento na pressão dos átrios. (Brito, 2010)

 Avaliação das arritmias esforço-induzidas

A arritmia induzida por esforço físico pode ser assintomática, ou apresentar sintomas como uma palpitação transitória até uma síncope. Se houver suspeita de arritmia a pessoa deve ser submetida a exame clínico completo e exames complementares como:

 Eletrocardiograma convencional (ECG)

É feito com a pessoa em repouso. É um registro num papel da atividade elétrica a cada batida do coração e pode fornecer várias informações como sobre a parte do coração que desencadeia cada batimento cardíaco (o marca-passo natural, chamado de nó sinoatrial ou sinusal), sobre as vias de condução nervosa do coração, frequência e ritmo cardíacos, sendo o principal procedimento para detectar arritmias. O exame leva cerca de 3 minutos, é indolor e sem riscos.

 Eletrocardiografia ambulatorial sistema holter

Devido ao fato de um eletrocardiograma convencional registrar o ritmo cardíaco em um curto espaço de tempo e a arritmia se intermitente, torna-se necessário a utilização de um aparelho portátil – monitor Holter – leitura de eletrocardiograma contínuo- para registrar a atividade elétrica do coração de forma contínua, geralmente utilizado por 24 a 48h, para quando a pessoa percebe uma anormalidade no ritmo cardíaco ativar o aparelho.

 Teste ergométrico – eletrocardiografia de esforço

 Pode ser realizado em esteira ou bicicleta ergométrica. Esse teste monitora especificamente como o coração está funcionando. O teste ajuda aos médicos distinguir problemas decorrentes de alguma doença cardíaca dos causados por outros problemas que limitam a prática de exercícios, como distúrbios pulmonares, anemia e falta de condicionamento físico.

Durante o teste, velocidade e carga são aumentadas, até que a pessoa que está sendo testado atinja uma frequência cardíaca entre 80% e 90% da máxima para sua idade. A um monitoramento constante com eletrocardiograma e da pressão arterial, se por ventura, aparecerem alterações significativas em qualquer um dos dois ou a pessoa apresentar sintomas como falta de ar ou dor no tórax, o exame é imediatamente interrompido.

O teste leva cerca de 30 minutos. Pessoas que não podem se exercitar o suficiente para fazerem o teste podem ser avaliadas por meio de um teste de esforço farmacológico. Para isso, é aplicado um medicamento que simula os efeitos do esforço sobre o coração.

 Ecocardiografia

Usa ondas de ultrassom para criar imagens do coração fornecendo detalhes como tamanho, forma, e modo como as válvulas e câmaras estão trabalhando. Também identifica se em decorrência do fluxo sanguíneo baixo ou lesões resultantes de ataques cardíacos prévios o coração não está funcionando como deveria e detecta anomalias anatômicas, entre outros.

 As cardiopatias, síndromes arritmo-gênicas e a prática de exercício físico

Algumas condições cardiológicas orgânicas correlacionam com arritmias, morte súbita e a prática de exercícios físicos.

Geralmente a morte súbita na pratica de exercício está relacionada a cardiopatia orgânica e tem a fibrilação ventricular como mecanismo. Muitos atletas desconhecem serem cardiopatas por não apresentarem sintomas, por isso é difícil prevenir uma morte súbita durante um exercício. Qualquer quadro de arritmia durante um desporto ou exercício intenso deve ser investigado e podem surgir duas conclusões de não apresentar cardiopatia: ou os exames não foram suficientes ou o distúrbio está em fase inicial. Entre esses distúrbios temos:

 Prolapso da Valva Mitral (PVM)

É um distúrbio em que os folhetos da valva sofrem prolapso para o átrio esquerdo quando o ventrículo esquerdo se contrai, ás vezes permitindo o vazamento (regurgitação) de sangue para o átrio. Ás vezes é causado por fraqueza do tecido da valva e é hereditário.

A maioria das pessoas é assintomática, outras tem sintomas como dor torácica, pulso rápido, palpitações, enxaquecas, cansaço e tonturas. Algumas pessoas apresentam hipotensão ortostática (pressão arterial cai abaixo do normal quando a posição em pé).

Para essas pessoas é indicado o teste de esforço para conhecer o comportamento da valva durante e após o esforço e também poder orientar a prática de atividades físicas. Geralmente, os portadores dessa síndrome não têm restrições para a prática de exercícios, mas se apresentar o prolapso em conjunto com outros distúrbios deverá haver uma maior investigação e até mesmo a contraindicação de exercícios.

 Miocardiopatia Hipertrófica

É um conjunto de distúrbios cardíacos nos quais as paredes dos ventrículos se tornam espessas (hipertróficas) e rígidas. Origina-se de um defeito genético hereditário e é a causa mais comum de morte súbita em atletas. As paredes espessas e rígidas dos ventrículos não relaxam de maneira adequada para permitir que as câmaras cardíacas se encham de sangue.

Essa dificuldade se torna mais grave quando o coração bate aceleradamente (como durante atividades físicas), pois, nesse caso, há ainda muito menos tempo para o coração se encher. Por não se encher suficientemente, o coração bombeia menos sangue a cada batimento.

Às vezes, as paredes espessas do coração também interferem na saída do fluxo sanguíneo. Como as paredes ventriculares se espessam, a válvula mitral (a válvula que se abre do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo) pode não conseguir se fechar normalmente, o que resulta em um pequeno refluxo ou vazamento de sangue para o átrio esquerdo.

Em geral, esse vazamento e as paredes ventriculares expandidas provocam sons cardíacos anormais (sopros cardíacos). Os sintomas variam muito e os primeiros que aparecem durante o esforço são desmaio (síncope), dor torácica, falta de ar e sensação de batimentos cardíacos irregulares (palpitações).

Nesse caso, o teste ergométrico é menos útil que o Holter para a detecção de arritmias e estratificação de risco para os portadores, mas é indispensável para a orientação para a prática de exercícios. Devem ser proibidas as atividades competitivas e exercícios extenuantes aos portadores dessa cardiopatia.

 Displasia Ventricular Direita Arritmogênica

Considerada uma cardiomiopatia por se tratar de uma alteração estrutural do músculo cardíaco, no qual há uma substituição progressiva das células miocárdicas por tecido fibroso ou fibroadiposo, e que se caracteriza clinicamente por arritmias ventricular sendo uma das causas mais relevantes de morte súbita.

O diagnóstico é feito por eletrocardiograma ou por imagem, mas faz-se o teste ergométrico para avaliar o potencial arritmogênico, estratificar riscos e classificar arritmias bem como adequar as atividades para o portador.

Diagnosticada essa cardiopatia, o procedimento terapêutico é otimizado, com implante de desfibrilador e afastamento de atividades físicas. Estas só podem ser liberadas com a eliminação de arritmias via fármacos e pós teste ergométrico.

 Síndrome do QT Longo

 Pode ser adquirida ou congênita. Pessoas que possuem essa síndrome tem o tempo de recuperação (conhecido como intervalo QT) da contração do ventrículo mais longo do que deveria, ou seja, um eletrocardiograma mostra quanto tempo leva o impulso elétrico para passar em cada parte do coração e quanto tempo leva para o ventrículo se recuperar (intervalo QT).

Esse tempo dura frações de segundos e, as pessoas que apresentam eles mais longo tem a chamada Síndrome do QT longo, apresentam uma forma peculiar de taquicardia ventricular. As manifestações clínicas surgem na infância ou início da vida adulta como síncopes de repetição ou distúrbios convulsivos desencadeados por esforços físicos ou estímulos emocionais.

É necessário a execução do teste ergométrico para pacientes com a síndrome e também os que possuem eletrocardiograma normal, mas que têm histórico familiar.

 Síndrome de Wolf-Parkinson-White (WPW)

 É um dos distúrbios mais frequentes que envolvem uma via elétrica extra entre os átrios e ventrículos. A síndrome é congênita e os portadores podem ter os batimentos cardíacos extremamente acelerados (taquiarritmias). Neste caso, o teste ergométrico também é fundamental, mesmo que não provoque arritmias ele mostra a resposta eletrocardiográfica e de ritmo durante o esforço para estratificar riscos.

  Cardiopatia Isquêmica (Angina ou Infarto)

É o estreitamento das artérias coronárias, que levam sangue rico em oxigênio para o coração. Esse estreitamento ocorre por depósito de placas de gordura nas artérias que causa dificuldade para o sangue fluir dentro da artéria (isquemia). Quando há obstrução total das artérias ocorre o infarto. E frente ao exercício o coração necessita de mais sangue e quando há o estreitamento das coronárias est aumento do fluxo de sangue não é possível causando a angina por esforço.

Os melhores exercícios para recuperação

Os exercícios vão depender do tipo de arritmia, da sua causa cardíaca e da sua repercussão na saúde. Muitas vezes no diagnóstico e tratamento é necessário o afastamento de atividades físicas.

Em outros casos, o ideal é fazer atividades de bem baixa intensidade, como jogar sinuca, boliche, golf, bocha, pesca e tiro ao alvo. A pessoa não pode praticar atividades competitivas, como vôlei, futebol e natação.

E para algumas pessoas são liberadas essas atividades de forma moderada, assim como musculação, Pilates, caminhadas de moderadas a intensas.

Sabemos que toda atividade física regular e de baixa intensidade é protetora para o coração, inclusive para algumas arritmias. A mais indicada é aquela que pode ser praticada com regularidade de 3 a 5 vezes por semana.

Na realidade, o médico cardiologista irá determinar o que esse paciente pode ou não fazer, pois até para atividades como o ioga e tai-chi-chuan o indivíduo pode ficar restrito, já que algumas posições podem causar aumento de pressão arterial e da frequência cardíaca, levando a arritmias graves.

O papel do educador físico

O professor deve ter conhecimento sobre as doenças, síndromes e distúrbios que seus alunos possuem. Além disso, deve trabalhar com uma equipe multiprofissional, mesmo que não trabalhe dentro de um centro de reabilitação poderá ter como aliados no seu trabalho profissionais como médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos, etc. para que qualquer alteração que surja com seu aluno e não sendo de sua competência que possa encaminhar quando a pessoa não tem conhecimento do profissional necessário.

No caso de arritmias cardíacas o educador físico tem mais um papel preventivo. Precisa saber o histórico do aluno, pessoal e familiar, por isso a importância de uma boa avaliação.

Deve estar atento a todos os sintomas que o aluno possa apresentar durante a aula, pois a arritmia cardíaca acometem pessoas de qualquer idade. Infelizmente, às vezes, a arritmia cardíaca é assintomática.

Estimular sempre seus alunos a terem hábitos de vida saudáveis, já que a genética não pode modificar.

Cuidados e restrições

  • Arritmias de alto risco: as que agravam ou descompensam enfermidades preexistentes, as que ocasionam uma deterioração hemodinâmica direta ou indiretamente e as que supunham ser um perigo para vida;
  • Pessoas com arritmia devem evitar estimulantes, álcool, café, tabaco;
  • Palpitações podem ser um indicador de arritmia, portanto, deve ser observada recorrência, tanto no repouso quanto no esforço;
  • Em arritmias graves deve-se evitar estresse emocional e físico. Exemplo a cardiomiopatia hipertrófica tem muita restrição em relação à prática de exercícios (já descrita anteriormente);
  • A prescrição de exercícios para essa população deve ser preferencialmente individual;
  • A recomendação médica é que ninguém inicie um programa de exercícios físicos sem pelo menos fazer um eletrocardiograma, embora ideal seja um teste ergométrico. Também não se deve iniciar o programa antes de parar de fumar, de beber em excesso ou de emagrecer.

 Conclusão

Infelizmente existem fatores que não podem ser modificados, como nossa herança genética. Está nos predispõem a doenças, síndromes e distúrbios como é o caso das arritmias cardíacas. Mas podemos preveni-las ou posterga-las através de hábitos saudáveis.

Temos que prestar atenção a todos os avisos que nosso corpo nos envia. E nunca subestimar um sintoma, pois este pode ser o início de uma série de alterações orgânicas que levam a doenças mais graves.

Portanto, é necessário estar com a saúde em dia e nada melhor que ter uma alimentação balanceada, uma prática de atividades físicas e menos estresse, ou seja, buscar sempre uma melhor qualidade de vida.

Referências
http://www.sobrac.org
http://pt.healthline.com/health/arritmia-fatores-de-risco#1
http://lohcus.com.br/915-2/
http://www.relampa.org.br/detalhe_artigo.asp?id=485
http://www.msdmanuals.com
http://www.cardios.com.br/holter/DiretrizTE.pdf

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