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A prática de atividades física por portadores de deficiência física vem aumentando cada vez mais.

Isso está ocorrendo graças a conscientização e busca das pessoas por uma vida mais saudável e bem-estar físico e psicológico.

O esporte adaptado surgiu como importante meio para reabilitação das pessoas com alguma deficiência e incontáveis são os ganhos possibilitados por essa prática esportiva.

Essa categoria de esporte consiste em adaptações, mudanças de regras, locais e materiais, que possibilitam a participação de pessoas com deficiências nas diversas modalidades da categoria.

Seu objetivo principal é possibilitar que pessoas com algum tipo de deficiência consigam aumentar sua participação no âmbito social, proporcionando uma maior facilidade nas atividades do dia-a-dia, além de um ganho imenso na saúde do praticante.

Origem do esporte adaptado

Em 1870, nos Estados Unidos, começava a se ter conhecimento de modalidades esportivas adaptadas, mas era restrito a deficientes auditivos, que eram organizados por escolas especiais.

No ano de 1924, na cidade de Paris, aconteceu uma grande competição, mas novamente era apenas para esse mesmo público.

O campeonato foi intitulado “Jogos do Silêncio” e reunia atletas de diversos países.

A segunda guerra mundial

Mas o esporte adaptado só começou a ganhar bastante reconhecimento após o final da Segunda Guerra Mundial. Devido aos horrores da guerra, muitos soldados voltavam para suas casas com marcas irreversíveis da guerra, como:

  • Distúrbios Motores
  • Visuais
  • Auditivos

Isso fez com que diversos políticos tomassem atitudes para minimizar a dor dessas pessoas prejudicadas, investindo em práticas esportivas e atividades físicas.

Os países que tiveram maior investimento nesse período foram Inglaterra e Estados Unidos.

Na Inglaterra, a pedido do governo britânico, o neurologista Ludwig Guttman criou o Centro Nacional de Lesionados Medulares do Hospital de Stoke Mandeville, que era destinado a tratar homens e mulheres do exército inglês feridos na Segunda Guerra Mundial.

Jogos paraolímpicos 

No ano de 1948, a cidade de Londres sediou os Jogos Olímpicos de Verão e Ludwig Guttman aproveitou esse fato para criar uma olimpíada especial.

Seu evento se chamou: “Jogos de Stoke Mandeville”, que contou com 16 atletas ingleses, jogando nas modalidades de:

  1. Arco e Flecha
  2. Tiro ao Alvo
  3. Arremesso de Dardo

Em 1952, os jogos de Stoke Mandeville ganharam mais adeptos, com equipes dos Estados Unidos, Inglaterra e Holanda, reunindo 130 participantes.

A nona edição dos Jogos foi realizada em Roma, Itália, logo após as Olimpíadas.

O evento contou com o apoio do COI (Centro Olímpico Italiano) e marca o envolvimento da política com os jogos para deficientes.

Entretanto o nome “Paraolimpíadas” só foi oficializado nas Olimpíadas de Tóquio, no ano de 1964.

A partir de Seul (1988), os jogos paralímpicos vêm sendo organizados no mesmo local das Olimpíadas, não ocorrendo mais como movimento paralelo. Ou seja, quem se candidata a sediar as Olimpíadas precisa também sediar as Paraolimpíadas.

Esporte adaptado no Brasil  

O esporte adaptado chega ao Brasil no ano de 1958, quando surgem os 2 primeiros clubes de esporte em cadeira de rodas, um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo.

Seus fundadores foram Robson Sampaio de Almeida e Sérgio Serafim de Almeida, que trouxeram o conceito do esporte adaptado dos Estados Unidos para o Brasil.

O primeiro ano que o país participou dos Jogos Paraolímpicos foi em 1972, na Alemanha concorrendo na modalidade Bocha, mas não conquistou medalhas.

Desde 1984, o Brasil participa de todos os Jogos Paraolímpicos.

Benefícios do esporte adaptado para deficientes físicos

Diversos são os benefícios do esporte:

  • Reabilitação física, psicológica e social;
  • Ganho de autoconfiança;
  • Ganho de independência nas atividades diárias;
  • Criação de amizades;
  • Melhora no bem-estar e na qualidade de vida;
  • Prevenção de doenças;
  • Prevenção de ansiedade e depressão;
  • Dentre outros.

Um bom exemplo é o estudo feito pela Universidade Federal de Santa Maria, onde 23 alunos com deficiência física participaram de partidas de basquete e futebol, com regras adaptadas para suas necessidades.

Com esse estudo foi possível observar melhoras em relação ao aspecto afetivo-social, no trabalho em equipe, respeito entre os indivíduos e desenvolvimento motor dos participantes.

Papel do profissional de educação física nos exercícios para deficientes

O profissional de educação física precisa ter uma postura diferenciada com os deficientes, eles precisam saber como adaptar esportes, além de engajar e animar os alunos.

A resolução 03/87 foi um grande marco para a inclusão de exercícios para deficientes físicos, ela introduz uma matéria voltada à pessoas com deficiência física nos cursos de Licenciatura em Educação Física.

Entretanto muitos profissionais ainda não se sentem confiantes para trabalhar com esse público, sendo necessário uma conscientização maior por parte da população para que a inclusão seja maior.

Principais barreiras com deficientes físicos

As principais barreiras a serem superadas são:

  • Falta de uma política que possibilite de fato o desenvolvimento desta prática;
  • Preconceito;
  • Falta de qualificação profissional;
  • Falta de apoio de pessoas próximas.

Exercícios para pessoas com deficiência física

Treinamento Funcional

Os deficientes físicos podem fazer vários exercícios funcionais, mas o profissional de educação  física deve analisar cada caso e montar um plano específico para seu aluno, respeitando e atendendo suas necessidades.

Esportes

Além do treinamento funcional, os esportes adaptados são excelentes opções para essas pessoas. Como:

  • Futebol;
  • Tênis;
  • Basquete;
  • Judô;
  • Natação.

Conclusão

Apesar de todos os avanços ainda precisamos evoluir muito para que as pessoas com deficiência possam ser mais incluídas pela população.

É necessário a criação de mais aulas e conscientização sobre deficiência física nas faculdades de Educação Física, para que os profissionais se sintam cada vez mais preparados para qualquer dificuldade que possa aparecer.

Além disso, é necessário que os ensinos nas escolas contribuam também, falando mais sobre as pessoas com deficiência física, para que o preconceitos diminua.

O esporte adaptado ainda tem muito que evoluir, mas as expectativas são positivas. Conscientização e o respeito são palavras cruciais para que os deficientes físicos tenham cada vez mais espaço na sociedade.

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