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Você sabia que artrite, artrose, osteoartrose e osteoartrite não são necessariamente as mesmas coisas? Porém, essas diferentes terminologias definem a mesma doença que acomete aproximadamente 30% da população adulta com mais de 50 anos.

Achou complicado? Acha que somente pessoas idosas podem sofrer de alguns desses males? Será que artrose é doença ou um fenômeno natural do processo de envelhecimento humano?

De uma coisa temos certeza, se os seus exames acusaram artrose ou artrite, você deve tratá-la o mais precoce possível. Por isso, se você se interessou por esse artigo, leia até o fim pois explicaremos tudo sobre essa condição.

O que é artrose?

A artrose (do grego artros, articulação, e do latim ose, desgaste) também chamada de osteoartrose para muitos médicos e especialistas da área, não é considerada doença e sim um fenômeno natural no decorrer da idade, ou seja, faz parte do envelhecimento do organismo, assim como as rugas e ou manchas senis na pele. Portanto, artrose é um desgaste da cartilagem que envolve nossas articulações ou juntas.

Já a artrite, que é muito confundida com a artrose e é considerada uma doença, pois a artrite (grego artros, articulação, o do latim ite, inflamação), é uma inflamação da articulação e pode causar dor, calor e vermelhidão.

Podemos concluir que a artrose é mais comum quando estamos atingindo a terceira idade e a artrite pode acometer qualquer pessoa que se submete a determinado esforço mais intenso ou mesmo traumático, desenvolvendo assim, um quadro inflamatório da articulação.

Já as definições osteoartrite e osteoartrose preconizam a artrose. Quando descoberto que o osso subcondral que se localiza abaixo da cartilagem fazia parte também do processo fisiopatológico da doença. Seja qual for a doença, infelizmente não há cura e deve ser tratado o quanto antes.

Sintomas

São sintomas que aparecem e evolui de modo muito lento. Porém, conforme a idade avança pioram:

  • Inchaço: ocorre nas partes afetadas, ou seja, nas articulações;
  • Dor: dependendo do movimento a dor pode ser mais ou menos intensa, geralmente é uma dor profunda, são mais frequentes no fim do dia. Porém, há casos que é uma dor constante. Além dos lugares afetados, a dor pode irradiar para outras partes do corpo, por exemplo, artrose proveniente da coluna pode afetar o quadril ou o pescoço;
  • Rigidez: por causa da perda de cartilagem entre os ossos, ocorre uma rigidez nas articulações afetadas, é bem mais frequente no período da manhã;
  • Calor: com o desgaste da cartilagem e consequentemente a inflamação no local, há um aumento da temperatura na região afetada pela doença;
  • Sensação de Formigamento: pode ser sensação de dormência também nos braços, no pescoço ou nas pernas, isso acontece quando a artrose afeta a coluna;
  • Esporões: pode haver o crescimento anormal de uma parte do osso ao redor da articulação afetada, conhecida como espículas ósseas, muito comuns nos pés;
  • Fraqueza muscular: quando deixamos de trabalhar a articulação por causa da dor, os músculos inativos acabam sofrendo atrofia;
  • Diminuição da flexibilidade: ocorre uma limitação na amplitude do movimento (pode ficar mais difícil flexionar o joelho, por exemplo);
  • Crepitação: percebe-se a sensação de atrito ao mover a articulação;

Partes do corpo mais afetadas

Todas as articulações estão sujeitas a serem acometidas pela artrose, porém são mais comuns as articulações de membros inferiores. Isso ocorre devido essa região ter que sustentar o peso corporal, como:

A coluna

A artrose pode acometer diferentes tipos de articulação, seja nas vértebras do pescoço como em outras áreas das costas. Caracterizada pela degeneração progressiva do disco situado entre as vértebras ou da cartilagem. Assim há um envelhecimento acelerado das células, desempenhando sua função irregularmente.

Os quadris

Outro local comum de artrose é o quadril. Assim como a artrose nos joelhos, os sintomas no quadril incluem dor e rigidez na própria articulação. Porém, em alguns casos, a dor é sentida na região glútea, virilha, coxas e até nos joelhos. Artrose no quadril pode limitar a movimentação, tornando atividades cotidianas, como vestir-se e colocar um sapato, um desafio.

Os joelhos

As articulações dos joelhos são as mais afetadas pela artrose. Os sintomas de incluem rigidez, inchaço e dor tornam difícil de realizar movimentos rotineiros como andar, sentar e levantar. Artrose nos joelhos pode ser extenuante.

Os tornozelos

Não é uma região onde a artrose é comum. Isso ocorre pelo fato da cartilagem revestida no tornozelo apresente uma resistência muito maior do que as demais. Assim, a artrose primária do tornozelo é relativamente rara.

Normalmente, os pacientes desenvolvem artrose no tornozelo como consequência de fraturas, lesões ligamentares graves ou doenças inflamatórias (reumatismos). Apesar de menos frequente é uma situação bastante incapacitante, pois a dor costuma ser intensa e muito limitante para as atividades diárias.

Os pés

Muito conhecida por joanete, resultado este de uma irregularidade da posição dos ossos que formam a articulação tíbio-társica (tornozelo) com o médio-pé (região do pé logo após o tornozelo). São muitas as alterações posturais ou da mecânica do pé, congênitas ou adquiridas por alguma patologia ou alteração postural não corrigida que levam ao desgaste da cartilagem e à consequente artrose no pé.

Se estas alterações não forem corrigidas, com o passar do tempo os pés podem ficar bastante deformados e rígidos, dificultando a marcha e o uso de calçado. A artrose do pé pode manifestar-se em diferentes regiões do pé, podendo ser bilateral (nos dois pés) ou unilateral.

O pé é dividido em três regiões: o retropé (parte de trás do pé – tornozelo) composto pelo osso do calcanhar e pelo astrágalo. O mediopé (região do pé mais próxima ao tornozelo) composto pelos ossos navicular, cubóide e cuneiformes. E o antepé (parte da frente do pé, onde se encontram os dedos) composto pelos metatarsos e falanges.

As mãos

Mulheres têm maior probabilidade de desenvolver artrose nas mãos, sendo que a maioria dos casos acontece depois da menopausa e também pode ser hereditária, ou seja, se a sua mãe ou avó teve artrose nas mãos, você sofre um risco maior de ter também.

Quando a artrose se desenvolve nas mãos, pequenas saliências ósseas podem aparecer nas extremidades das articulações dos dedos (aquelas perto das unhas). “Bicos” ósseos similares podem aparecer nas articulações médias dos dedos. Os dedos podem ficar inchados, doloridos, duros e dormentes.

Causas 

As causas quando se tratando de artrose são:

  • Fatores mecânicos locais, ou seja, desvios articulares congênitos;
  • Microtraumatismos contínuos;
  • Sobrecarga articular que geralmente ocorre com pessoas obesas;
  • Algumas doenças com infecções e diabetes pode facilitar a artrose;
  • Movimentos repetitivos; prática esportiva inadequada;
  • Fatores hereditários.

São duas as categorias de artrose:

  • Artrose primária: acontece de acordo com a idade avançada, ou seja, um processo natural do envelhecimento e tem como causa um aumento na quantidade de água e uma diminuição da porção proteica da cartilagem, ou seja, ela fica menos sólida e mais suscetível a rupturas;
  • Artrose secundária: é quando outra doença ou fator de risco causa a artrose. Pode ser uma doença infecciosa, obesidade, fraturas ou microtraumas repetitivos.

A obesidade é uma das causas mais comuns da artrose, haja vista que a carga extra sobre a articulação desgasta a cartilagem gradualmente. No início da doença pode haver um desgaste menor como rupturas ou fendas pequenas. No entanto, se não houver um tratamento para desacelerar a degeneração, a cartilagem será cada vez mais prejudicada, chegando até o ponto em que praticamente não há mais nada que separe um osso do outro.

Fatores de risco 

  • O principal fator de risco é o envelhecimento, cerca de 80% das pessoas com 75 anos de idade tem evidência radiológica ou clínica, porém, só metade dessa população se queixa de dor;
  • A obesidade, pois aumenta a pressão sobre as cartilagens do joelho e dos quadris. Além de produzir alguns tipos de proteínas que provocam inflamação e desgaste na articulação com desgaste;
  • Hereditariedade: se alguém da sua família tem artrose, fique alerta, pois o risco de desenvolver a mesma é maior;
  • Sexo: não se sabe ao certo, porém, é mais comum em mulheres;
  • Lesões: acidentes e ferimentos que resultam em traumas na articulação aumenta o risco de artrose;
  • Atividade Física: indivíduos que têm fraqueza muscular, anormalidades neurológicas, juntas defeituosa (por exemplo, joelhos com desvios para dentro ou para fora), diferença significativa de comprimento dos membros inferiores, alterações articulares hereditárias ou congênitas (displasias), que praticam exercícios excessivos que sobrecarregam os membros inferiores, provavelmente acabam acelerando o desenvolvimento de artrose em joelhos e coxofemorais;
  • Deformidades ósseas, diabetes, outras doenças reumáticas (como a gota) e certas disfunções hormonais também são fatores de risco para a artrose;

Atividades profissionais que podem ser fatores de risco para desenvolver a artrose são:

  • Os trabalhadores da indústria têxtil, que têm maior prevalência de nódulos de Heberden (nodosidades nas pontas dos dedos das mãos);
  • Os trabalhadores que executam tarefas duradouras com seus joelhos em flexão, levando à artrose dessas articulações, os agricultores que têm com frequência artrose da coxofemoral ;
  • Os trabalhadores de minas que fazem artrose de joelhos, coxofemorais e coluna;
  • Os atletas de elite estão em alto risco de desenvolvimento posterior de artrose nas juntas que recebem carga;
  • Os jogadores de futebol, mesmo aqueles sem história de traumatismos significativos;
  • Os corredores têm maior risco de desenvolverem artrose de joelho e coxofemoral tardiamente; 

Diagnóstico

A priori o paciente relata ao especialista as queixas de dores e outros sintomas, além da localização, duração e características da dor. É feito um exame clínico pelo especialista e em seguida exames laboratoriais como a radiografia, tomografia axial computadorizada e ressonância magnética. Esses exames revelam nos ossos e articulações características da doença, além de exames de sangue e do líquido sinovial ajudam a rejeitar outras doenças com sintomas parecidos. 

Tipos de tratamento

Os tratamentos são paliativos, não há um tratamento que inverta ou pare definitivamente a artrose. Porém, na fase inicial da doença o tratamento contribui para diminuir a dor e a rigidez das articulações. O tratamento ainda auxilia na melhora dos movimentos, melhorando assim a qualidade de vida do paciente.

O tratamento é muito individual e leva em conta alguns fatores como:

  • Gravidade da situação;
  • Número de articulações atingidas pela artrose;
  • Idade do paciente;
  • Sintomas;
  • Atividades diárias.

O tratamento consiste em:

  • Perda de peso para pessoas com sobrepeso;
  • Orientação postural;
  • Exercícios físicos como alongamentos e exercícios de fortalecimento sem carga;
  • Fisioterapia: é uma grande aliada sendo útil para alívio da dor, diminuição do inchaço, dos ruídos ao movimentar a articulação e melhora da função, sendo indicado para todas as pessoas. Quando aliada aos medicamentos são muito eficazes no alívio da dor e melhora da função.
  • Medicamentos sintomáticos: Estão atualmente em desenvolvimento, medicamentos provavelmente capazes de retardar ou mesmo parar a evolução da artrose ou prevenção do agravamento da destruição articular e suas consequências.
  • Cirurgia: quando a doença se agrava, geralmente em último caso, recorre-se às cirurgias;
  • Órteses: são recursos que auxiliam a manter as articulações alinhadas e funcionando corretamente. São vários tipos de órteses que podem limitar os sintomas e ajudar a manter a função das articulações em pacientes com artrose. Cintas e talas: imobilizam as articulações auxilia na diminuição da inflamação e da dor;
  • TENS (neuroestimulação elétrica transcutânea): é um aparelho que produz uma corrente elétrica leve que estimula as fibras nervosas na pele, intervindo com a transmissão de sinais de dor das articulações com artrose;
  • Campo eletromagnético pulsátil: baseia-se na criação de campos eletromagnéticos pulsáveis de baixa intensidade em torno das articulações. O PST aparentemente opera estimulando o metabolismo e a atividade das células das cartilagens. Há algumas pesquisas que comprova a melhora da dor e da capacidade funcional, no entanto, este tratamento ainda não possui estudos científicos aceitáveis para ser largamente indicado pelas sociedades internacionais de reumatologia.

O tratamento fármaco pode ser feito com a ingestão de remédios anti-inflamatórios e analgésicos, alguns deles são:

  • Paracetamol;
  • Aspirina;
  • Ibuprofeno;
  • Naproxeno;

Para atenuar a dor e o inchaço das articulações podem-se aplicar pomadas:

  • Moment;
  • Voltaren;

Outro medicamento utilizado na artrose é o Artrolive ou o Condroflex. Esses medicamentos contêm duas substâncias que ajudam a regenerar a cartilagem das articulações, protegendo-as da degeneração.

O sulfato de glicosamina e o sulfato de condroitina são populares quanto o seu uso para tratamento de artrose. Porém, não apresentam evidencias cientificas que comprovem seus benefícios para essa enfermidade. Muitas pessoas relataram a melhora dos sintomas após o uso dessas substâncias, no entanto, estudos afirmam que esses medicamentos apresentam apenas efeito placebo.

O sulfato de glicosamina e o sulfato de condroitina não melhoram a inflamação da artrose, não retardam a progressão da doença e não regeneram a articulação acometida pela osteoartrite.

E quando o medicamento aliado à fisioterapia não tem efeito expectável e a dor é insuportável, o especialista pode receitar uma infiltração com anestésico, corticoide ou ácido hialurônico diretamente na articulação prejudicada.

A fisioterapia para artrose pretende-se minimizar a dor e o desconforto através do uso de aparelhos de fisioterapia, métodos com bolsas térmicas, como bolsas de calor ou de gelo e exercícios de mobilização e fortalecimento. Isso evita que a cartilagem seja ainda mais destruída, aumentando o espaço intra-articular através de exercícios e de mobilizações.

Fortalecer os músculos que envolvem a articulação afetada é muito importante para que essa articulação fique um pouco mais protegida e cause menos dor.

Outras atividades importantes também são andar de bicicleta, caminhar na esteira e fazer Pilates são ótimas opções para manutenção da força, sendo útil para diminuir o retorno precoce dos sintomas, porém é importante praticá-los sem dor.

A cirurgia é indicada quando o uso de medicamentos e a fisioterapia foram insuficientes para amenizar a dor e a limitação que o indivíduo apresenta. Ela deve ser sempre a última opção terapêutica, pois pode deixar sequelas permanentes, como perda da amplitude do movimento da articulação afetada.

A cirurgia pode ser feita para raspagem do tecido afetado ou para substituição de uma parte ou de toda a articulação. Depois do procedimento a pessoa ainda precisa fazer fisioterapia por mais algumas semanas até que o tecido esteja completamente cicatrizado e não haja necessidade de uso de muletas ou outros equipamentos para auxílio da movimentação e até que a pessoa seja capaz de realizar suas atividades diárias normalmente.

A importância da atividade física na artrose

Muitos especialistas acreditavam que os exercícios poderiam agravar os sintomas da artrose. No entanto, diversos estudos científicos têm comprovado que a realização de atividade física contribui para diminuir a dor, melhorar o desempenho funcional, melhora o humor e a qualidade de vida de adultos com artrose, além de diminuir o uso de fármacos.

Além disso, os exercícios físicos auxiliam para o controle de outras patologias que são fatores de risco e que facilitam o desenvolvimento da artrose. É o caso da obesidade, diabetes e problemas cardíacos.

Atividades que possuem baixo impacto como natação, hidroginástica, ciclismo e caminhada beneficia o fortalecimento dos músculos, melhorando a estabilidade em torno da articulação. Outros exercícios que trabalham a flexibilidade como a Ioga, o Pilates, o alongamento e o Tai Chi Chuan auxiliam na prevenção das lesões nas articulações e beneficia a amplitude dos movimentos.

Propõe-se 2 horas e 30 minutos de atividade aeróbica com intensidade moderada por semana ou 1 hora e 15 minutos de atividade aeróbica com intensidade vigorosa por semana. Em alguns casos, o recomendado é uma combinação semelhante de atividade moderada e vigorosa.

Exercícios de fortalecimento muscular duas ou mais vezes por semana ou exercícios proporcionais três vezes por semana. Para alcançar o melhor resultado, as atividades de fortalecimento muscular devem trabalhar todos os grupos musculares mais importantes do corpo.

Atividades físicas mais adequadas em casos de artrose

É importante ressaltar que as atividades devem ser de baixo impacto aeróbico como:

  • Caminhada: Recentemente foi publicado um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, certificou a eficiência da caminhada no tratamento de pacientes com artrose de joelho e quadril. Num período de seis semanas, os participantes com idade entre 42 e 73 anos, já apresentaram aumento nas funções de mobilidade e alívio nas dores. Durante o programa os participantes teriam que caminhar três dias durante a semana, a caminhada era feita em duas séries de 1.500, contados por um pedômetro, aparelho que registra o total de passos e a distância percorrida. Os dados sobre o estado de saúde foram registrados em planilhas. O resultado da pesquisa, publicada pela revista “Arthritis Research & Therapy”, confirma que houve uma sensível melhora nas dores de quem sofre com a doença inflamatória;
  • Ciclismo: eleva o condicionamento cardiovascular, ajuda no controle do peso e melhora as funções gerais;
  • Natação: é um ótimo exercício que não oferece impacto, por isso, é um dos mais apropriados para pessoas com artrose ou outros problemas nas articulações e juntas;
  • Hidroginástica: os benefícios com os exercícios feitos dentro da água são variados, pois a água é um ambiente ideal para exercitar os joelhos sem que os mesmos tenham que suportar o peso corporal. As características físicas da água, como pressão hidrostática, tensão superficial e temperatura, contribuem para o efeito terapêutico. Os benefícios da hidroginástica são: a melhora do arco de movimento, fortalecimento muscular, melhora da flexibilidade, melhora das funções do sistema cardiovascular;
  • Dança: contribui para a movimentação normal das articulações e alivia a rigidez, a dança ajuda a manter ou elevar a flexibilidade.

Exercícios para fortalecer a musculatura:

  • Musculação e trabalho de resistência: Novos estudos encontraram importantes evidências de que submeter o paciente a um programa específico de exercícios supervisionados com pesos é mais eficaz do que simplesmente indicar a prática da atividade física, principalmente quando associada de redução do peso corporal entre 5% a 10%. Conforme os pesquisadores, os exercícios de musculação possuem ações diretas no processo de reabilitação da artrose, pois é comum observar atrofia e fraqueza dos músculos ao redor da articulação lesionada e somente a musculação pode recuperar essa região;

Exercícios de equilíbrio são importantes para quem tem artrite e artrose:

  • Pilates: Os exercícios de Pilates para artrose no joelho ou demais articulações, devem ser orientados por um fisioterapeuta ou educador físico com conhecimento específico da técnica. Existem diversos exercícios de Pilates que podem ser utilizados no tratamento da artrose e a sua aplicação vai depender do grau da lesão e dos sintomas apresentados pelo indivíduo;
  • Yoga: A prática individualizada e supervisionada, como outras atividades físicas, pode promover alívio da dor, aumento de força, resistência e flexibilidade, bem como aceitação e relaxamento, a melhora da qualidade do sono, ajudar reduzir sintomas depressivos e ansiosos que acompanham a dor crônica.

Alguns exercícios que podem ser feitos em casa:

  1. Em decúbito dorsal, flexione quadril e joelho de um dos membros inferiores para estabilizar o quadril, e com o membro inferior contralateral execute movimentos de flexão do quadril. Inicie com 2 séries de 10 movimentos para cada lado, alternando entre a direita e esquerda, subindo para no máximo 8 séries. O exercício pode ser feito duas vezes ao dia, antes de levantar e ao deitar.
  1. Em decúbito dorsal, pegue um elástico ou mesmo uma toalha e coloque no pé e com joelho estendido. Realize a flexão dorsal e plantar alternadamente. Execute sempre séries de 10 movimentos. 
  1. Sentado, coloque uma bola de plástico entre os joelhos, e exerça uma força no sentido de adução do quadril, tentando apertar a bola. Faça duas séries de 10 repetições, utilizando como tempo de contração e de relaxamento o mesmo intervalo. Uma medida de ordem prática é contar até cinco, lentamente, tanto na contração quanto no relaxamento.
  1. Sentado, coloque um cinto ou um elástico prendendo as pernas, aproximadamente 5 cm acima dos joelhos, abduza os quadris contra a resistência. Execute duas séries de 10 repetições, utilizando como tempo de contração e de relaxamento o mesmo intervalo. O mesmo número de séries e intervalo de tempo deve ser utilizado, como no exercício anterior.
  1. Sentado em uma cadeira, utilizando o mesmo elástico ou cinto, prenda este na perna da cadeira e, um pouco acima do tornozelo, com o joelho em semiflexão, tente estender totalmente o joelho contra a resistência. Execute o exercício com o mesmo tempo no esforço e no relaxamento. O número de séries deve ser de no máximo 3 para cada perna, com 10 repetições por série.

 O papel do educador físico

O papel do Educador Físico enquanto profissional da área da saúde é muito importante, é cada dia maior a sua intervenção em centros de saúde pública primária, secundária e terciária, ou seja, são atuantes em núcleos de saúde integrada, hospitais e centros de reabilitação.

No que diz ao tratamento da artrose, o professor de educação física irá avaliar quais são as limitações físicas e que adaptações devem ser desenvolvidas para atestar uma prática segura, sustentada e capaz de ser executada tanto na a academia, no ar livre ou em casa.

Para isso, é importante destacar e ressaltar que é necessário que o profissional detenha conhecimento teórico e técnico que lhe permita tanto elaborar um plano de ação através do exercício como também interligar as informações passadas pela equipe médica sobre o eventual estado de saúde, limitações ou vontades do paciente.

É importante o professor conscientizar a população que a prática regular de exercícios atua preventivamente contra o desenvolvimento de doenças, mas também beneficia a saúde em geral, desde o biológico, ou seja, até o mental e social.

Embora a aderência a qualquer tipo de prática dependa prioritariamente daquele que a executa, cabe ao profissional de educação física instruir, orientar e assegurar a integridade física do praticamente, ou seja, a prescrição segura e individualizada do exercício físico e que muitas vezes necessita de adaptações para que possa ser realizada e mantida.

 Dicas

  • Faça atividades físicas, porém comece devagar. Pessoas com uma rotina sedentária devem começar com uma quantidade menor de atividade (3 a 5 minutos duas vezes por dia). A quantidade de atividade física deve ser aumentada em pequenas doses,  possibilitando assim o tempo necessário para que seu corpo se adapte ao novo nível antes de acrescentar mais atividade de forma segura;
  • Com a adaptação, alterne o tipo de intensidade dos exercícios segundo o aumento ou a diminuição dos sintomas da artrose;
  • Pessoas com artrose devem estar sob os cuidados de um especialista, para que esses possam supervisionar as atividades e fazer as devidas recomendações;
  • Escolha atividades de baixo impacto para não prejudicar as articulações como caminhadas, andar de bicicleta, fazer hidroginástica ou dançar são boas opções, pois trazem um baixo risco de lesão e não forçam demais as articulações;
  • A segurança é fundamental para iniciar e manter um plano de atividades. Para os adultos inativos com osteoartrite, uma aula de ginástica planejada apenas para pessoas com doenças nas articulações pode ser uma ótima opção. Aqueles que praticam atividades físicas por conta própria, devem procurar locais seguros para praticá-las. Por exemplo, ao andar no seu bairro ou em um parque local, certifique-se se as calçadas ou vias são planas e livres de obstáculos, se são bem iluminadas;
  • Ao sentir algum incômodo ou dor nas articulações e músculos, durante ou após o exercício, é comum em qualquer pessoa. Isto acontece especialmente nas primeiras 4 a 6 semanas após o início de um programa de exercícios. No entanto, a maioria das pessoas com problemas nas articulações descobre que se continuar com os exercícios terão alívio significativo da dor em longo prazo;
  • Caso você sinta muita dor modifique o seu programa de exercícios, reduzindo a frequência (dias por semana) ou duração (quantidade de tempo de cada sessão), até que a dor melhore;
  • Altere o tipo de exercício para reduzir o impacto sobre as articulações, por exemplo, trocar as caminhadas pela dança;

Cuidados e restrições

Sinais de que você deve procurar um especialista:

  • Dor aguda, intensa e constante;
  • Dor a ponto de causar dificuldade de se locomover;
  • Dor que dure mais de duas horas após exercícios físicos, ou dores que pioram de noite;
  • Dor que persiste mesmo fazendo uso de medicação, repouso ou compressas quentes frias;
  • Inchaço, calor no local e vermelhidão nas articulações.

Alguns cuidados a serem observados:

  • Se sentir dor não faça exercícios;
  • Faça aquecimento adequado e alongamento antes e depois dos exercícios;
  • Realize o exercício em um ritmo confortável;
  • Certifique-se de que você esteja usando sapatos confortáveis.

Conclusão

A prática regular de exercício físico é capaz de prevenir doenças, principalmente às cardiorrespiratórias e obesidade. Adicionalmente, ela é muito utilizada também como forma de tratamento de patologias que envolvam não somente componentes cardiovasculares e metabólicos, mas também osteomioarticulares.

Em síntese podemos dizer que as atividades físicas estão relacionadas ao estado de bem-estar físico, psicológico, social e emocional, cujos elementos estão relacionados através do bom funcionamento do corpo. A garantia de um estado de saúde que seja capaz de proporcionar todos esses elementos ou a maior parte deles permite que o indivíduo possa usufruir e desfrutar de uma vida com qualidade.

Por isso, busque a ajuda de um profissional da área e comece o quanto antes a realizar atividades físicas que ajudam você a ter uma qualidade de vida melhor, atividades que ajudam a ter mais conforto apesar dos sintomas que a artrose pode apresentar. 

Referências Bibliográficas
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OSTEOARTROSE. Orientação sobre Exercícios. Disponível em :<https://www.osteoartrose.com.br/editorial/140/orientacao/exercicio-5?editorial=140&menu=orientacao&submenu=exercicio-5>.

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