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A sensação de que o tempo passa mais rápido ou mais devagar durante alguns exercícios é um fenômeno que tem levado muitos cientistas a estudarem os efeitos neurológicos da atividade física.

O movimento do corpo proporciona mudanças físicas e estéticas, mas também pode mudar a nossa percepção de tempo. Isso é o que diz uma pesquisa recente publicada na revista científica Brain and Behavior. Mas afinal, isso é um benefício para nossa saúde mental?

Para os cientistas e protagonistas do estudo, a prática regular de atividade física desacelera nossa percepção agitada do cotidiano, contribuindo para uma melhor organização do tempo e, principalmente, aumentando a capacidade de concentração. 

Neste artigo, vamos entender as metodologias e resultados da pesquisa, e descobrir por que a noção de tempo alterada, mesmo que cause estranhamento, pode ser um benefício para nosso bem-estar. Confira!

Metodologia de pesquisa sobre efeitos neurológicos da atividade física

A análise utilizou um grupo diversificado de 33 participantes, e promoveu sessões de ciclismo em uma bicicleta ergométrica em que eles pedalaram em um percurso virtual de quatro quilômetros, projetado em uma tela.

Havia três condições diferentes de competição, sendo elas solo, em que apenas o avatar virtual do participante era visível no percurso; com um oponente passivo, em que outro avatar estava no percurso, mas não competia diretamente com o participante; e com um oponente ativo que competia diretamente com o participante para completar o percurso primeiro.

Antes, durante e após as sessões de ciclismo, os participantes foram solicitados a estimar quanto tempo havia passado em um intervalo de 30 segundos. 

E os resultados revelaram que o tempo parecia passar mais devagar para os participantes durante o exercício, independentemente da presença de um oponente ou da intensidade da competição, sendo 8% mais longo do que o real.

Essa distorção temporal, em que o tempo parece se estender, desafia a ideia convencional de que o tempo é uma constante objetiva e que somos reféns dele, e sugere que, devido aos efeitos neurológicos da atividade física, nossa saúde mental e bem-estar pode influenciar a forma como percebemos o passar do tempo.

Descobertas e explicações: por que isso acontece? 

Essa distorção na percepção do tempo foi atribuída a várias alterações neurológicas, incluindo a liberação de neurotransmissores como a dopamina e a serotonina. Estes dois são conhecidos por influenciar o humor e a sensação de bem-estar.

Os cientistas sugerem que essa “dilatação do tempo” pode ser um dos fatores que motivam as pessoas a continuarem se exercitando. 

Para eles, a prática regular de exercícios pode levar a uma série de adaptações cerebrais, e uma delas é o aumento da plasticidade neural, que é a capacidade do cérebro de se adaptar e reorganizar suas conexões.

Por isso, a atividade física pode facilitar uma melhor gestão do tempo e a habilidade de se concentrar em tarefas específicas, levando a uma percepção diferente do passar do tempo. Além disso, a liberação aumentada de endorfinas durante o exercício físico pode induzir uma sensação de euforia, estado que pode alterar a assimilação temporal.

Efeitos neurológicos da atividade física e a saúde mental

A pesquisa se encaixa em um quadro mais amplo dos benefícios e efeitos neurológicos da atividade física, sendo essencial tanto para a saúde física quanto mental. A distorção do tempo percebida durante e após o exercício físico pode ser vista como um reflexo dos múltiplos resultados que o movimento tem no cérebro e no corpo.

Fisicamente, a atividade física regular ajuda a fortalecer o coração e melhorar a circulação sanguínea, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares como hipertensão e infartos. Além disso, os exercícios físicos são fundamentais para a manutenção de um peso saudável, pois auxiliam na queima de calorias e na regulação do metabolismo.

Já os exercícios de resistência e de alto impacto, como a musculação e o crossfit, ajudam a fortalecer os músculos e ossos, prevenindo a osteoporose. Enquanto isso, atividades como Yoga e Pilates melhoram a flexibilidade, equilíbrio e postura, contribuindo para a redução de lesões e maior mobilidade a longo prazo.

A atividade física desempenha um papel crucial na saúde mental. Pessoas que se exercitam relatam menores níveis de estresse, já que o exercício reduz os níveis de cortisol, hormônio responsável por essa sensação.

Como já citado, a prática também promove a liberação de endorfinas capazes de melhorar o humor e proporcionar uma sensação de bem-estar. Esta é uma das explicações para o fato de que a distorção do tempo, revelada pela pesquisa, pode diminuir episódios de crise de ansiedade, por exemplo.

Quando se reduz a sensação de pressa e agito constante, é possível sentir-se mais calmo e tranquilo, o que contribui até para a melhora do sono. Além disso, o exercício regular também é associado à redução dos sintomas de depressão, em parte devido ao aumento da produção de neurotransmissores como a serotonina.

A prática de atividades físicas também pode proporcionar um sentimento de realização pessoal ao melhorar a imagem corporal, o que aumenta a autoestima e a confiança.

Os hábitos saudáveis podem também melhorar a memória, a atenção e outras funções cognitivas. Isso pode ser compreendido pelo aumento do fluxo sanguíneo para o cérebro e à promoção do crescimento de novas células cerebrais.

Conclusão

A partir do reconhecimento de tantos benefícios, sendo eles efeitos neurológicos da atividade física, sejam estéticos e corporais, é possível compreender por que pessoas não sedentárias têm vidas mais saudáveis.

Hábitos capazes de promover bem-estar têm o poder de afetar todos os aspectos, do físico ao mental e até o social, da vida humana. A prática de atividade física passou a ser muito mais do que um hábito da vida fitness. Hoje, seus adeptos tratam tanto sintomas físicos, como dores ou disfunções em algum membro, quanto sintomas mentais.

O objetivo não é mais ter um corpo sarado, musculoso ou dentro dos padrões. Os efeitos neurológicos da atividade física, incluindo saúde mental, bem-estar e realização pessoal ultrapassaram qualquer outra meta.

Grupo VOLL

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