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Quando falamos em esportes radicais, logo nos remete aqueles esportes que dão um friozinho na barriga, que eleva à adrenalina e que exigem muita ousadia do praticante, ou ainda esportes praticados ao ar livre, em contato com a natureza, explorando o espaço físico com certo atrevimento. A palavra certa para a realização desse esporte é aventura.

Agora se você acha que esporte radical é aquele nas alturas, ou enfrentando ondas gigantes e velocidades impressionantes, calma. Existem muitos outros esportes considerados radicais em solo e bem mais tranquilos. Ainda assim são recheados de emoção, como por exemplo, o trekking, que é na verdade uma caminhada de alguns dias em lugares às vezes exóticos, natural e cheio de rotas. Um bom exemplo de trekking famoso é o caminho de Santiago de Compostela, na Espanha.

As palavras de ordem daqueles que gostam e praticam os esportes radicais são: disposição, ousadia, coragem e amor à natureza. Afinal, não é para qualquer um enfrentar o vento, o frio, o calor, a fúria da água ou alturas tenebrosas e quedas bruscas, além de velocidades sem limites. Tudo isso está no DNA dos apaixonados por esporte radical.

Se você se identificou com esses adjetivos, neste post vamos falar um pouco mais sobre estes esportes, as modalidades e os mais praticados no Brasil.

O que são esportes radicais?

O termo esporte radical surgiu no final da década de 1980. Estes Considerados esportes com alto grau de risco físico, principalmente por serem executados em condições de perigo extremo. Sua principal característica é o aumento da adrenalina no corpo humano e podem ser de cunho competitivo ou não.

São divididos em duas categorias: esportes radicais de aventura e esportes radicais de ação.

A distinção dos dois é:

  • Esportes Radicais de Aventura: são esportes fundamentados na superação de alguns desafios geográficos, sendo as habilidades desenvolvidas no movimento e deslocamento e na resistência. Tem como objetivo a forte relação entre lazer e turismo usado como Educação. Exemplos: alpinismo, montanhismo e rafting.
  • Esportes Radicais de ação: são esportes que se baseiam em manobras perfeitas, sua principal característica é o equilíbrio, a potência e a velocidade. Tem como objetivo o lazer como principal motivo, geralmente as competições produzem eventos de grande importância. Exemplo: surf, skate e montain bike.

Esse tipo de esporte exige do atleta alto grau de condicionamento físico e mental, boa alimentação e equipamentos adequados. Os esportes radicais estão cada vez mais populares, e ganhando adeptos no mundo todo, graças às divulgações da mídia, sobretudo dos meios de comunicação na internet.

Esportes radicais mais praticados no Brasil e seus benefícios

As paisagens brasileiras favorecem os esportes radicais, o clima, a vegetação e o relevo diversificados faz com quem no Brasil sejam praticadas diversas modalidades consideradas radicais. Os esportes mais praticados no Brasil e seus benefícios são:

Skate

Proporciona grande gasto calórico, tonifica a musculatura, o skate trabalha de forma simultânea a parte aeróbica e a parte anaeróbica, contribuindo para melhoras cardiorrespiratórias. Além disso contribui para a melhora da flexibilidade e o equilíbrio, o skate também contribui para a socialização.

Surfe

Melhora do condicionamento físico, aumento da capacidade respiratória, ganho de força, velocidade e potência, contato com a natureza e é claro melhor qualidade de vida.

Rafting

Beneficia o condicionamento físico, reduz risco de estresse, além de trabalhar a musculatura do abdômen, bíceps, ombro e pernas, desenvolve habilidades como liderança e trabalho em equipe.

Voo livre

As duas principais modalidades são parapente e asa delta, seu principal benefício é o contato com a natureza e também auxilia no tratamento de estresse, o voo livre contribui para a flexibilidade, já que é necessária a realização de alongamentos e aquecimentos antes do voo.

Rapel

Controla a ansiedade, melhora a concentração e a coordenação motora, aumenta a força muscular, fortalece ossos e músculos, reduz o estresse.

Paraquedismo

Alívio do estresse, aumento da força dos membros superiores, ajuda no enfrentamento do medo e ajuda no contato com a natureza.

Os esportes radicais no geral, trazem muitos benefícios, pois dão aquela sensação de liberdade, contribuem para enfrentar medos, além de fornecer muita adrenalina, o que ajuda no alívio do estresse e da ansiedade, ou seja, é quase que uma terapia. Beneficia a mente e o corpo, proporcionando uma sensação de bem-estar, além de contribuir para a autoconfiança e superação.

Esses esportes também exigem do praticante dedicação, respeito, coragem, senso de responsabilidade e muito deles trabalham diversos grupos musculares, melhoram a coordenação motora, aumentam a força e o equilíbrio, além de melhorar a agilidade, a concentração e consequentemente a autoestima.

Skate

O skate é um esporte radical muito praticado no mundo todo inclusive no Brasil. Ele consiste em realizar manobras sobre uma prancha chamada shape que possui dois eixos chamados trucks, rolamentos e quatro pequenas rodas, as manobras são feitas no solo e sobre pistas de skate.

Mais do que um esporte, muitos praticantes o consideram como um estilo de vida, pois além do equipamento, os praticantes usam roupas com características próprias, além de suas próprias gírias e costumes.

Esse esporte surgiu no final dos anos de 1950 e início de 1960 na Califórnia, Estados Unidos. Foi criado por alguns surfistas através de uma brincadeira qualquer, só que eles utilizavam rodinhas de patins. Ele se chamava Sidewalk Surfing (surf de calçada) e rapidamente tornou-se popular nos EUA.

Em 1963, o esporte já tinha suas próprias manobras e estilo, também foi nessa época que o nome mudou para Skateboarding e tinha o apelido de Skate, o que até os dias atuais conhecemos e usamos. Ainda nessa época o esporte era muito influenciado pelo surf, foi então que surgiu o skate vertical, que era uma extensão da praia no asfalto. Na década de 1970 os skatistas usavam piscinas vazias para fazer suas manobras radicais lembrando as manobras de surf.

No ano de 1995, a ESPN criava os X-Games, foi nessa época que o skate deu um grande salto e ficou ainda mais popular com a construção de muitas pistas inclusive no Brasil e a WCS (World Cup os Skateboarding) acabou se estabelecendo com o Circuito Mundial.

No atual século surgiram muitos shows e campeonatos de skate além do X-games, o Mountain Dew e Tony Hawk Gigantesc Tour, são realizados nos Estados Unidos atualmente.

Apesar das competições de skate serem transmitidas em todo o mundo, o skate não é uma modalidade olímpica.

As principais modalidades do skate são:

  • Down Hill – descida de ladeiras na maior velocidade possível;
  • Downhill Slide – descida de ladeiras em alta velocidade, realizando manobras de derrapagem;
  • Freestyle – manobras feitas em sequência, no chão;
  • Mini-rampas – realizado em rampa que mistura o estilo Street e o estilo Vertical (paredes pouco inclinadas);
  • Street Style (skate de rua) – na modalidade mais praticada em todo o mundo, os bancos, corrimões, escadas das ruas das cidades são utilizadas como obstáculos para o skate;
  • Vertical – é praticada em pista, e pode ser subdividida em outras modalidades, variando sempre as condições da pista. As manobras podem ser aéreas ou deslizando pela borda metálica da pista;

Surf

A forma mais antiga de surfar chamava se bodysurf, apesar de existir registros, acredita-se que o surf surgiu no Oceano Pacífico. Porém, no Peru também existe relatos que os primeiros habitantes daquele país já deslizavam em ondas usando uma espécie de prancha feita com cana, isso data de 4.000 anos.

Mas é mais comum os polinésios terem a fama da origem do surf, pois sempre fez parte da cultura polinésia a arte de surfar. No entanto é o Havaí até os dias atuais o epicentro da evolução do surf mundial.

O surf começou a ser conhecido no mundo ocidental no ano de 1779, através de anotações de um diário escrito pelo Tenente James King que estava a bordo de uma expedição britânica no Havaí. Porém, missionários calvinistas da Grã Bretanha que vinham catequizar os havaianos, aboliram o surf por achar que era uma prática imprópria e durante muito tempo não se realizava mais manobras em cima de uma prancha nas praias havaianas.

O ressurgimento do surf aconteceu graças a George Freeth e Duke Kahanamoku. O primeiro tornou-se o pioneiro beach boys de Waikiki, que era um grupo que praticava o surf, ele também conheceu um escritor americano, Jack London, que publicava assuntos relacionados ao esporte e também sobre Freeth, que tornou-se muito conhecido e mudou-se para a Califórnia onde divulgou o surf para os americanos.

Duke Kahanamoku também deixou seu nome escrito no surf, em 1912 ganhou várias medalhas nos Jogos Olímpicos em Estocolmo representando o EUA. Ele viajou para vários lugares do mundo divulgando o surf. Em meados de 1920 surgiram os primeiros campeonatos na Califórnia, EUA. Alguns dados sobre o surf:

  • Em 1949 foi fabricada a primeira prancha de fibra por Bob Simons;
  • A partir de 1960 o surf tornou-se um esporte profissional;
  • Atualmente é a ASP (Association of Surfing Professionals) quem realiza e organiza o circuito mundial de surf;
  • Surgiu uma nova modalidade a tow-in, alguns surfistas desafiam a natureza ao procurar as maiores ondas para surfar;
  • Para alcançar essas ondas gigantes de até 20 metros de altura, os surfistas são puxados com um jet sky até elas;

As linhas do surfe são:

  • Clássica: a prioridade é o estilo em detrimento à força;
  • Moderna: a força e a radicalidade é a prioridade e não o estilo;

As manobras mais radicais do surfe são:

  • Tubo: o surfista fica envolto pela onda, “dentro” dela;
  • Aéreo: o surfista usa a onda como rampa, levantando voo e “pousando” novamente sob a água;

Outras manobras conhecidas são:

  • 360°;
  • Cut-back;
  • Rasgada;
  • Cavada;
  • Batida;
  • Floater;

Escalada esportiva

 A escalada esportiva é a técnica e movimento de montanhismo, podendo ser praticada sozinha ou em grupo. Esse esporte surgiu na década de 1970, quando um ucraniano iniciou uma escalada em pedras anexadas na parede de seu próprio quarto para fazer treinamento físico. Muitos profissionais da escalada ao saberem disso começou também a fazer esses movimentos, surgindo então a escalada esportiva.

A escalada esportiva requer força e concentração, pois se pode escalar altos pontos, baixa aderência e outros obstáculos durante o percurso. E mesmo tendo um grau alto de dificuldade, a prática tem conquistado um grande número de adeptos, proporcionando uma sensação de prazer incrível.

Por acontecer em diferentes lugares a escalada tem contornos diversificados como, por exemplo:

  • Bloco: é a escalada de uma rocha ou muro de treino, exigindo muita força física. É a mais comum e pode ser realizada em vários lugares, como por exemplo, um shopping;
  • Escalada artificial: o escalador explora aparelhos como os móveis e grampos que têm o objetivo de auxiliar a progressão. 

Os equipamentos básicos para escalada são: cordas, capacete e sapatilha de escalada. A escalada esportiva tem ganhado espaço nas academias de todo o país com os muros artificiais, pois tem promovido muitos benefícios aos praticantes entre eles destacamos:

  • Aumenta a resistência muscular;
  • Controle e equilíbrio do peso corporal;
  • Melhora a consciência corporal;
  • Desenvolve o equilíbrio;
  • Controle das emoções;
  • Alivia o estresse e promove o bem-estar;

Como você pode perceber: existem motivos de sobra para praticar a escalada esportiva.

 Rafting

O rafting é a prática de descida em corredeiras em grupo usando botes infláveis e equipamentos de segurança. A palavra rafting tem sua origem na palavr em inglês raft que na tradução para o português é balsa ou jangada. Os primeiros relatos sobre o esporte ocorreu em 1869, quando o americano John Wesley Poweel, coordenou uma expedição a bordo de barcos com remo no Grand Canyon, Colorado nos EUA.

Já nos anos de 1980, foi planejado um bote que escoava a água que entrava dentro, o nome era bote auto-escoante. Durante o percurso a equipe que deve conter de duas a sete pessoas mais o guia, encontram desafios que devem ser vencidos na correnteza do rio. Cada trecho do rio pode apresentar uma classe. São seis classes de corredeiras divididas por grau de dificuldade, ou seja, a classe I a mais acessível e a VI apresenta mais dificuldades, e a de nível VII são inavegáveis. Os níveis de rafting são:

  • Nível I: área com pedras menores solicita poucas manobras;
  • Nível II: águas pouco mais agitadas, poucas rochas pelo caminho, às vezes exige manobras;
  • Nível III: ondas pequenas com pequena queda, mas sem perigo aparente. Pode solicitar habilidade de manobra significativa;
  • Nível IV: ondas médias, presença de poucas pedras, com quedas consideráveis e com manobras com maior nível de dificuldade em relação aos primeiros níveis;
  • Nível V: ondas grandes com possibilidade de rochas maiores e grandes quedas há riscos e exige manobras precisas;
  • Nível VI: corredeiras extremamente perigosas, pedras e ondas enormes. O impacto da água pode até causar estragos no equipamento;
  • Nível VII: é extremamente perigoso, pode machucar seriamente os praticantes ou até levá-los à morte. Completar esse percurso exige muita habilidade;

Mountain bike

O Ciclismo Mountain Bike criado na Califórnia, Estados Unidos, por um grupo de jovens que buscavam aventura e adrenalina, moldaram as provas realizadas no asfalto para as estradas de terra montanhosas com terrenos irregulares.

Foi na década de 1970, que o norte americano Tom Ritchey e seus amigos Jobst Brandt e Gary Fisher, adaptaram as bicicletas do ciclismo de estrada para pistas acidentadas como, por exemplo, reformularam o câmbio e o quadro além de trocarem os freios e os pneus, e foram eles também que difundiram o esporte. Surgem então às primeiras corridas da modalidade Mountain Bike, as provas eram praticadas aos finais de semana no Monte em São Francisco, na Califórnia.

O primeiro campeonato nacional em solo norte americano ocorreu em 1983. E o primeiro torneio mundial, e que teve a participação de grandes potências europeias ocorreu em 1990, ele foi organizada pela União Ciclista Internacional.

O esporte se popularizou muito rápido e participou pela primeira vez de uma Olimpíada em 1996 em Atlanta nos Estados Unidos, atualmente existem torneios pelo mundo todo.  As principais diferenças entre o Mountain Bike e o Ciclismo de Estrada resumem-se em:

  • Pneus mais grossos;
  • Amortecedores traseiros e dianteiros para diminuir o impacto da trilha;
  • Bicicletas com média de peso entre 8 kg a 9 kg;
  • Material é mais forte e resistente;

As pistas para a prática de mountain bike devem ter pelo menos 85% de elevações e declives e seu tamanho pode variar entre 4 e 6 quilômetros e os atletas tem de uma hora e meia a uma hora e quarenta e cinco minutos para completar a prova.

Esporte de aventura nas aulas de educação física

A prática de esporte de aventura é um acontecimento progresso no Brasil nas últimas décadas. São práticas corporais expostas na esfera do lazer e da competição e que, por sua vez, tem como eixos norteadores a aventura, o risco e as intensas sensações vivenciadas no meio natural.

O esporte de aventura surge a partir de novos paradigmas centrados na (re) aproximação com a natureza, na auto realização, no lazer e na melhoria da qualidade de vida, os quais buscam substituir os de competição, rendimento e esforço pela incerteza, risco e liberdade (COICEIRO, 2007; COSTA, 2000; MARINHO; BRUHNS, 2003; PASSOS, 2004).

É um assunto contemporâneo que surge como proposta de temas nas aulas de Educação Física Escolar, haja vista que as diversas modalidades do esporte radical representam a possibilidade de lazer, turismo e competição.

Esses esportes de aventura podem ser praticados em diferentes ambientes e contextos, por isso, são aptos para serem trabalhados no âmbito escolar, porém, o conteúdo educativo dessas práticas é apenas uma hipótese de proposta como conteúdo nas aulas de Educação Física Escolar.

 De acordo com a LDBEN n° 9.394/96, os profissionais da educação apresentam maior receptividade e possibilidades de realização de propostas pedagógicas inovadores no currículo escolar, a partir disso, talvez seja mais acessível trabalhar os temas em sala de aula.  

Como eixo norteador da prática docente na escola, os Parâmetros Curriculares Nacionais apontam para a necessidade de se ampliar e enriquecer o conteúdo das aulas de Educação Física escolar através das vivências das diversas manifestações da Cultura Corporal de Movimento, considerando-se as dimensões afetivas, cognitivas, motoras e socioculturais dos alunos (BRASIL, 1998).

Portanto, o esporte de aventura como conteúdo nas aulas de Educação Física Escolar manifesta-se como perspectiva de novas vivências. Assim, as modalidades tradicionais apoiada no ensino aprendizagem de técnica e regras de modalidades esportivas, consideradas clássicas na escola, como o basquete, handball e o vôlei, oferecem lugar para uma educação em que sejam favorecidos temas múltiplos e que, por sua vez, possam contribuir para que os alunos tenham experiências motoras diversificadas ao longo da educação básica.

Arborismo

O arborismo ou arvorismo é uma nova prática esportiva de aventura, é na verdade uma travessia de um percurso suspenso entre plataformas organizadas nas copas das árvores. Esse percurso é apresentado com métodos mais estratégicos, utilizando cabos de aço e cordas, sempre com a meta de aumentar o desafio e a adrenalina dos aventureiros. Às vezes faz uso de tirolesas ou outros equipamentos para vencer os obstáculos que podem ser naturais ou não.

Geralmente o percurso é acompanhado por monitores, não precisa ter experiência com esportes radicais para executar o arborismo, qualquer um pode realizá-lo.

Os equipamentos necessários chamado kit arborsimo são:

  • Cabo de segurança;
  • Cadeirinha;
  • Polia;
  • Mosquetão;
  • Capacete.

São três modalidades de arborismo:

  • Arborismo Técnico: essa modalidade é mais usada por pesquisadores para atravessar as copas das árvores;
  • Arborismo Acrobático: foi inspirado no arborismo técnico, com o objetivo da diversão e do desafio. É necessário equilíbrio e coragem, já que o grau de dificuldade aumenta;
  • Arborismo Contemplativo: nessa modalidade não há equipamentos de segurança como nas outras duas. O percurso é feito e preparado com proteções laterais, plataformas mais amplas, e passarelas firmes entre as árvores, reduzindo a dificuldade e os desafios. O objetivo único é a contemplação da natureza.

O arborismo técnico foi criado na Costa Rica, na década de 1980, por cientistas que necessitavam coletar espécies nas copas das árvores e também manter-se nas alturas para observar o comportamento das espécies. Com isso, eles precisavam construir plataformas nesses locais para pernoitar, foi aí que surgiu também o arborismo contemplativo.

Agora como esporte, o arborsimo foi idealizado na Nova Zelândia e na França na década de 1990. Com o tempo, os percursos foram aperfeiçoados, o nível de dificuldade também aumentou surgindo, portanto o arborsimo acrobático.

Reflexão sobre os esportes radicais na educação física escolar

A Educação Física é fonte de manifestação social e é também área de conhecimento e componente curricular, por isso, é capaz de abordar temas relacionados a práticas corporais com o meio físico, ou seja, a natureza. Sendo assim os esportes radicais proporcionam ao professor de educação física esse novo programa de conteúdos na escola, para isso, se faz necessário o rompimento de paradigmas que se encontram inseridos na trajetória escolar e possivelmente esse processo é o que reluta ao rompimento.

 É inegável que, muitas vezes, os esportes, habitualmente realizados na instituição de ensino, como os esportes coletivos, por exemplo, atingem positivamente o interesse de grande parte dos alunos da educação básica. Porém, os mesmos têm o direito, de receber muitos outros conhecimentos presentes na Cultura Corporal de Movimento e assim, enriquecer seus conhecimentos, experiências e possibilidades de escolhas.

As aulas de Educação Física Escolar necessitam e devem ser integradas aos princípios escolares e estes às ações que contribuem para o desenvolvimento humano incluso nos padrões morais adotados na sociedade. O esporte radical tem o seu valor educativo e também aspectos motivacionais para fazer parte do conteúdo das aulas de Educação Física, assim como disciplina ela poderá oferecer uma aprendizagem mais significativa e mais efetiva para a sociedade.

O papel do educador físico

O educador físico tem sua profissão regulamentada como pertencente à área da saúde

 porém, com fortes raízes na Educação., E mesmo quem vem lutando para ser reconhecido pela sociedade, deve sem dúvida passar regularmente pela qualificação profissional para atender a deficiência de um mercado cada vez mais exigente e versátil, principalmente porque atualmente existe uma variedade de possibilidades de manifestação no que diz respeito aos esportes e a cultura corporal. O educador físico atende crianças, jovens, idosos, gestantes, pessoas com problemas de saúde, ou saudáveis, portadores de necessidade especial, seja na educação física escolar, no lazer, no esporte, no fitness ou na qualidade de vida.

O isso significa? Que para cada nova modalidade esportiva ou atividade física assinala para uma nova atualização e a importância de englobar novas competências, por isso, o papel do educador físico é estudar, atualizar e qualificar-se sempre.

Cabe ao professor também, se adaptar as práticas do esporte de aventura de acordo com sua realidade, arquitetando novas estratégias para que o aluno entenda a formação desse novo conteúdo e assim possa compreender o porquê da sua prática decorrente.

Cuidados e restrições

Todas as vezes que vamos começar uma nova prática esportiva é interessante verificar a situação cardíaca e física, assim como os atletas devemos realizar exame vascular do cérebro antes de se aventurar em algum esporte seja ele qual for. porém devemos ressaltar que o esporte radical por envolver diretamente as emoções e risco físico, esses exames se fazem necessários e obrigatórios.

Exercícios e atividades mais intensas como os esportes radicais devem ter o acompanhamento do médico, já que tais atividades exigem mais do organismo e consequentemente podem trazer graves riscos a saúde, como por exemplo, um AVC.

Durante a prática esportiva o corpo humano apresenta picos de pressão, se o nosso organismo não estiver preparado para receber essas mudanças e já tivemos alguma dilatação aneurismática, a possibilidade de uma hemorragia cerebral é maior.

Por isso, antes de realizar qualquer esporte radical é importante fazer exames médicos.

Outro item que devemos destacar é sem dúvida é sobre os equipamentos de segurança, que devem ser testados antes e nunca ser ignorados.

Sempre faça o possível para realizar esportes de aventura em grupo, pois em caso de acidente, sempre terá alguém para socorrê-lo. 

Conclusão

Como dizia Guimarães Rosa: “viver é negocio muito perigoso”, ainda mais se o esporte que você adora praticar contribui para risco de morte. Apresentamos alguns esportes radicais porém, existem muitos outros  mais perigosos e cheios de adrenalina como: montaria em touro, base jump, streetlLuge, wing walking, balonismo e muitos outros.

Aqui nessa terra maravilhosa chamada Brasil, o clima, a vegetação e o relevo são propícios para as mais variadas modalidades esportivas consideradas radicais, escolha a sua e vá tentar se aventurar, claro com consciência e segurança. 

Referências
BRASIL (a), Lei 9615/98. Seção III, Do Desporto, art. 217, 1998.
BRASIL (b). SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. PCN: Educação Física/ Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/ SEF, 1998.
CAPAVERDE, Mariana Rech; Medeiros, Tiago Nunes; Alves, Sérgio Luiz Chaves. Esporte de aventura nas aulas de educação física: uma alternativa ao alcance dos profissionais? Revista Vento e Movimento – FACOS/CNEC Osório; nº 01, vol. 1. Abril/2012.
COICEIRO, G. A. O imaginário social de aventureiros do extremo: o universo simbólico dos praticantes de provas de ultra-resistência. 136 folhas. Tese (Doutorado em Educação Física). Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro, 2007.
Confederação brasileira de skate. Disponível em:<< http://www.cbsk.com.br/>>. 
COSTA, V.L.M. Esportes de Aventura e Risco na Montanha. São Paulo: Manole, 2000.
Esportes Radicais: surfe. Disponível em: <<http://www.infoescola.com/esportes-radicais/surfe/>> 
A história do surf: as raízes. Disponível em:<< http://www.surftotal.com/noticias/historia/item/1849-a-historia-do-surf-as-raizes>> 
MARINHO, A.; BRUHNS, H. T. Turismo, lazer e natureza. São Paulo: Manole, 2003.
PEREIRA, Dimitri Wuo; Armbrust, Igor; Ricardo, Denis Prado. Esportes Radicais, de aventura e ação: conceitos, classificações e características. Revista Motrivivência; vol.29; nº 50; maio 2017.

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