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A palavra Cinesiologia vem do grego, kinesis significa movimento, sendo assim cinesiologia é a ciência que estudo o movimento. No caso da área da saúde a cinesiologia aplicada vem para estudar os movimentos humanos. Quando falamos em movimento humano estamos falando de músculos. Através da contração muscular e das estruturas articulares que nosso corpo se movimenta. Portanto, para entender e estudar cinesiologia humana é necessário entender o funcionamento de músculos e articulações.

De uma forma mais abrangente, quando estramos no meio da educação física e do treinamento, entender a cinesiologia do corpo humano pode ser um determinante de uma boa aula ou plano de treinamento. Muitas vezes não identificamos o papel de cada músculo para os movimentos e podemos estar priorizando ou negligenciando algum grupo muscular importante.

Tal cuidado é de extrema importância quando falamos em estabilização de alunos que possuem alguma limitação, equilíbrio muscular em atletas de alta performance para evitar lesões e potencializar os resultados e, no atendimento voltado à saúde traz segurança ao aluno de um treinamento correto que não ocasionará desequilíbrios, lesões e resultará na conquista dos seus objetivos, sejam estéticos, posturais ou de qualquer natureza.

E você, conhece bem o papel de cada músculo e suas relações com os movimentos corporais?

Continue lendo e relembre os conceitos tão importantes da cinesiologia e sua aplicabilidade no seu dia-a-dia de trabalho.

Cinesiologia do exercício e sua aplicação na prática

O primeiro ponto que precisamos ter bem claro é estabelecer que o que se move não são os segmentos e sim as articulações e todos os movimentos são definidos a partir da posição anatômica.

Vamos agora conhecer quais os movimentos articulares que somos capazes de fazer e algumas informações sobre eles.

  1. Flexão: quando um segmento corporal se desloca para a região anterior do corpo.
  2. Extensão: quando o segmento corporal se desloca para a região posterior do corpo.
  3. Hiperextensão: o retorno da hiperextensão já é considera uma flexão.
  4. Abdução: afasta o segmento da linha média do corpo.
  5. Adução: aproxima o segmento da linha média do corpo.
  6. Rotação externa: afasta o segmento da linha média do corpo.
  7. Rotação interna: aproxima o segmente da linha média do corpo.
  8. Circundução: movimento em forma de cone no qual o vértice do cone é a articulação e a base é a imagem formada pela extremidade distal do segmento.

Movimentos específicos por articulação:

  1. Cintura escapular: a cintura escapular é capaz de realizar a adução, abdução, elevação, depressão, rotação superior e rotação inferior.
  2. Ombro: o ombro pode realizar a flexão horizontal, extensão horizontal, adução, abdução, flexão, extensão e a circundução.
  3. Cotovelo: o cotovelo realiza somente a flexão e extensão
  4. Radio-ulnar: Essa articulação realiza a supinação e a pronação
  5. Punho: é capaz de realizar a flexão, extensão, adução, abdução e circundução.
  6. Cintura pélvica: báscula anterior, báscula posterior, lateralização direita e lateralização esquerda.
  7. Tornozelo: realiza a flexão dorsal, flexão plantar, inversão e eversão
  8. Coluna: realiza a flexão lateral direita, flexão lateral esquerda, rotação para direita, rotação para esquerda, flexão e extensão.
  9. Joelho: o joelho realiza a flexão e a extensão. Também pode realizar pequenos movimentos de rotação interna e externa.
  10. Quadril: o quadril é capaz de flexionar, estender, realizar a rotação externa e interna além de abdução e adução.

Como a cinesiologia é a ciência do movimento, muitas vezes temos que descrever os exercícios. Sejam gestos esportivos ou movimentos mais específicos como da musculação. Para que essa descrição seja feita de forma correta temos que levar em consideração algumas coisas.

Primeiramente precisamos identificar a posição inicial, descrever a execução em fases. Após a descrição do movimento temos que analisar tendências, de movimento, por vezes ditadas pela força da gravidade ou carga externa para então conseguirmos identificar qual músculos estão ativos e de que forma. E quais são essas formas de ativação?

Ativação concêntrica: diminuição do comprimento muscular, aumentando o volume e aproximando a origem da inserção do músculo. Nesse tipo de contração a musculatura vence a carga externa.

Ativação excêntrica: Aumento do comprimento muscular, quando ocorre o afastamento entre a origem e a inserção muscular. Há tensionamento e a musculatura não vence a carga externa.

Ativação isométrica: quando existe o tensionamento muscular, mas não há mudança no comprimento e a força muscular é igual a resistência oferecida pela carga externa ou segmento.

Entretanto, um mesmo movimento articular pode representar diferentes ativações musculares. Ou seja, nem sempre uma flexão do quadril está ativando os mesmos músculos. Isso ocorre devido aos diferentes posicionamentos do corpo e as forças de tendência envolvidas. Vamos ver um exemplo:

Por exemplo, na flexão de quadril, o movimento descrito seria basicamente assim:

Posição inicial: Decúbito Dorsal

Fase I: Flexão do quadril à 45 graus

Fase II: Extensão do quadril até a posição inicial

Para fazer a análise cinesiológica temos que ter em vista que a força da gravidade se opõem ao movimento de flexão, fazendo que os flexores do quadril atuem para vencer a sobrecarga do próprio segmente e então realizem o movimento. Da mesma forma, ao executar a extensão do quadril de volta à posição inicial, a musculatura flexora do quadril deve assistir o movimento de extensão, cedendo a sobrecarga. Dessa forma a análise ficaria assim:

Fase I: contração concêntrica de flexores do quadril

Fase II: contração excêntrica dos flexores do quadril

Agora observe como existe uma diferença grande ao mudarmos o posicionamento corporal, pensando somente na alteração de tendências.

Posição inicial: Decúbito Lateral

Fase I: Flexão do quadril à 45 graus

Fase II: Extensão do quadril até a posição inicial

Nesse caso a ação da gravidade gera uma tendência de adução do quadril e não apresenta resistência para os movimentos de flexão e extensão deste. Certo, e como ficaria essa análise então? Se não existe resistência, quem tem participação ativa nesse movimento? Vejamos:

Fase I: contração concêntrica de flexores do quadril e contração isométrica dos abdutores do quadril.

Fase II: contração concêntrica dos flexores do quadril e contração isométrica dos abdutores do quadril

Nesse exemplo podemos ver que a análise do corpo no meio, através de um olhar também biomecânico pode nos mostrar que um mesmo movimento articular pode ter funções completamente diferentes, basta modificar a posição corporal.

Agora imagine quantas outras diferenças podem encontrar em movimentos mais complexos, e pequenas alterações do posicionamento corporal! Essas análises devem sempre ser feitas com muito cuidado para evitar ativar musculaturas desnecessárias e conseguir direcionar o exercício para o fortalecimento específico para alcançar o seu objetivo com o seu aluno.

Está com dificuldades de lembrar a atuação de cada músculo?
Fica complicado ainda entender quais as funções dos diferentes grupos musculares nas articulações?

Continue lendo, agora vamos relembrar quais músculos são responsáveis por qual ação articular. Com esse guia você conseguirá analisar seus exercícios e conhecer as musculaturas envolvidas.

Cinesiologia das articulações

Cinesiologia da cintura escapular

A cintura escapular é composta pela escápula, clavícula, esterno e gradil costal. Nessa cintura temos 3 articulações que são: acromioclavicular, esternoclavicular e a junção escapulo costal. Em conjunto, o movimento dessas três articulações promove movimentos de adução, abdução, elevação, depressão, torração superior e rotação inferior. Vamos agora analisar quais músculos são responsáveis por esses movimentos.

  1. Adução: trapézio transverso e romboides
  2. Abdução: serrátil anterior e peitoral menor
  3. Elevação: Trapézio descendente, romboides e levantador da escápula
  4. Depressão: trapézio ascendente e peitoral menor
  5. Rotação superior: trapézio descendente, trapézio ascendente e serrátil anterior
  6. Rotação inferior: Peitoral menor e rombóides

Cinesiologia da coluna

A coluna é formada por uma série de pequenas articulações intervetebrais. As vértebras se unem uma a uma desde a região cervical, passando pela torácica, coluna lombar e sacral. A coluna é capaz de movimentar-se em flexão, extensão, rotação para esquerda, rotação para a direita, flexão lateral esquerda, flexão lateral direita, hiperextensão e circundução.

  1. Flexão: reto abdominal, oblíquos internos (direito e esquerdo), oblíquos externos (direito e esquerdo)
  2. Extensão: eretores da coluna (direito e esquerdo), transversos espinais (direito e esquerdo), intertransversários (direito e esquerdo) e interespinais.
  3. Flexão lateral direita: Oblíquo externo direito, oblíquo interno direito, eretores da coluna direitos, transversos espinais direitos, intertransversários direitos e quadrado lombar.
  4. Rotação para a direita: Oblíquo externo esquerdo, oblíquo interno direito e transversos espinais esquerdos.
  5. Flexão lateral para a esquerda: Oblíquo externo esquerdo, oblíquo interno esquerdo, eretores da coluna esquerdo, transversos espinais esquerdos, intertransversários esquerdos e quadrado lombar.
  6. Rotação para a esquerda: Oblíquo externo direito, oblíquo interno esquerdo e transversos espinais direitos.

Cinesiologia do ombro

O ombro é composto pela escápula e o úmero que juntos formam a articulação glenoumeral. O ombro é uma articulação com diversos graus de liberdade e é capaz de realizar um grande número de movimentos em grandes amplitudes. São eles: flexão, extensão, adução, abdução, hiperextensão, rotação interna e externa, flexão e extensão horizontais e a circundução.

  1. Flexão: deltoide clavicular, peitoral maior clavicular e caracobraquial
  2. Extensão: peitoral maior esternocostal, latíssimo do dorso e redondo maior
  3. Hiperextensão: Latíssimo do dorso e redondo maior
  4. Abdução: deltoide acromial e supraespinal
  5. Adução: peitoral maior esternocostal, latíssimo do dorso e redondo maior
  6. Rotação externa: infraespinal e redondo menor
  7. Rotação interna: Subescapular e redondo maior
  8. Flexão Horizontal: Peitoral maior clavicular, peitoral maior esternoclavicular, deltoide clavicular, coracobraquial
  9. Extensão horizontal: Deltóide acromial, deltoide espinhal, infraespinhal e redondo menor.

Um ponto muito importante para ser levado em consideração é que os movimentos do ombro e da escápula acontecem simultaneamente. Sempre que pensar em exercícios para a articulação do ombro, lembre-se que verificar qual a ação escapular envolvida para ter certeza se o movimento é indicado para o seu aluno. Abaixo listo quais são esses movimentos associados:

Ombro Cintura Escapular
Abdução Rotação Superior
Adução Rotação inferior
Flexão Rotação Superior
Extensão Rotação Inferior
Rotação interna Abdução
Rotação Externa Adução
Flexão Horizontal Abdução
Extensão Horizontal Adução
Hiperextensão Elevação
Volta da Hiperextensão Depressão

Cinesiologia do cotovelo

Os ossos que compõem o cotovelo são o úmero, rádio e a ulna. Esses ossos foram duas articulações: a úmerorradial e a úmeroulnar. A articulação do cotovelo realiza somente dois movimentos, a flexão e a extensão.

  1. Flexão: Bíceps braquial, braquial e braquiorradial
  2. Extensão: Triceps braquial

Além disso, a união do osso rádio com a ulna forma a articulação radio-ulnar. Essa articulação realiza movimentos que são exclusivos dela: a supinação e a pronação.

  1. Supinação: Bíceps Braquial e supinador
  2. Pronação: Pronador quadrado

Cinesiologia do punho

O punho é formado pelo rádio e os ossos do carpo. Existe a formação de 3 articulações no complexo do punho, são elas: radiocarpal, mediocarpais e carpometacarpais. O punho é capaz de realizar uma série de movimentos como a flexão, extensão, hiperextensão, abdução, adução e circundução.

  1. Flexão: flexor ulnar e flexor radial
  2. Extensão: extensor ulnar, extensor radial longo, extensor radial curto
  3. Abdução: flexor radial, extensor radial longo e extensor radial curto
  4. Adução: Flexor ulnar e extensor ulnar

Cinesiologia do quadril

O quadril é composto pelo ílio, ísquio, púbis e Fêmur. A articulação móvel do quadril é a coxofemoral. O quadril, assim como o ombro, é uma articulação que realiza uma série de movimentos com grande amplitude, são eles: Flexão, extensão, hiperextensão, abdução, adução, rotação externa, rotação interna e circundução.

  1. Flexão: Psoas, ilíaco, reto femoral e pectíneo
  2. Extensão: Glúteo máximo, semitendíneo, semimembranásceo e bíceps femoral (porção longa)
  3. Adução: Adutor longo, adutor curto, adutor magno, pectíneo e grácil
  4. Abdução: Glúteo médio
  5. Rotação externa: glúteo máximo, piriforme, gêmeo superior, gêmeo inferior, obturador interno, obturador externo e quadrado femoral
  6. Rotação Interna: Glúteo mínimo e tensor da fáscia lata

Cinesiologia do joelho

O Joelho é formado elo fêmur, patela e tíbia. Esses três ossos formam três articulações, entre elas a fêmoro-tibial lateral, fêmoro-tiabial medial e patelo-femoral. O joelho realiza prioritariamente a flexão e a extensão. Quando em flexão ele também pode realizar a rotação interna e externa.

Apesar dos poucos movimentos executados por esta articulação ela conta com um grande número de músculos, grandes de potentes, uma vez que os movimentos do joelho são de fundamental importância para locomoção.

  1. Extensão: reto femoral, vasto lateral, vasto medial, vasto oblíquo e vasto intermédio
  2. Flexão: semitendíneo, semimembranáceo e bíceps femoral.
  3. Rotação externa: bíceps femoral
  4. Rotação interna: semitendíneo, semimembranáceo e poplíteo

Cinesiologia do tornozelo

O tornozelo é formado pela tíbia, fíbulam ossos do tarso e metatarso. No tornozelo se formam as articulações tíbio-tarsica, fíbulo-tarsica, intertársicas e tarsometatarsais. Os movimentos que podem ser realizados pelo tornozelo são a flexão plantar, flexão dorsal, inversão, eversão e circundução.

  1. Flexão Dorsal: tibial anterior, extensor longo dos dedos e fibular terceiro.
  2. Flexão Plantar: Gastrocnêmeo e sóleo
  3. Eversão: Fibular longo, fibular curto, fibular terceiro e extensor longo dos dedos
  4. Inversão: Tibial anterior e tibial posterior.

Análise cinesiológica do agachamento

Agora que conhecemos o funcionamento de todas as articulações do corpo e os músculos motores primários responsáveis pelos seus movimentos vamos fazer um exercício de análise. Um exercício muito utilizado em praticamente todas as modalidades de atividade física é o agachamento. Existem centenas de variações para esse exercício e pode ser realizado com diferentes tipos de sobrecarga.

Vamos analisar o agachamento tradicional, conforme a figura abaixo:

Descrição

Posição Inicial: Em pé com os quadris levemente abduzidos na largura da pelve.

Fase I: Realize a flexão dos joelhos associada à flexão do quadril. Ao mesmo tempo, permita que os tornozelos realizem uma flexão dorsal.

Fase II: estenda os joelhos e o quadril ao mesmo tempo que o tornozelo volta à posição inicial com uma flexão dorsal.

Análise do exercício

Fase I: A tendência é de flexão dos joelhos e do quadril. Para tanto, durante a fase descendente os extensores do quadril (glúteo máximo, semitendineo, semimembranáceo e bíceps femoral) atuam de forma excêntrica juntamente com os extensores do joelho (reto femoral, vasto medial, vasto intermédio, vasto lateral e vasto oblíquo) e flexores plantares do tornozelo (gastrocnêmio e sóleo).

Fase II: A tendência permanece a mesma, nessa fase os músculos devem vencer o peso corporal, juntamente com a carga externa, quando houver. Dessa forma, temos uma ação concêntrica na extensão dos joelhos e quadril associada a flexão plantar do tornozelo. Os músculos responsáveis são os mesmos indicados acima.

Não deixe de analisar a coluna nesse exercício, devido ao posicionamento do quadril e pelve existe uma tendência de flexão da coluna, dessa forma os extensores da coluna (eretores da coluna direto e esquerdo, transversos espinais direito e esquerdo, intertransversários direito e esquerdo e interespinais) atuam isometricamente estabilizando a coluna.

Análise do exercício por articulação

Articulação do Joelho

Classificação morfológica: Gínglimo (Falsa Dobradiça)

Classificação Funcional: Biaxial

Direção Fase Excêntrica: Descendente

Movimento Fase Excêntrica: Flexão de Joelho

Direção Fase Concêntrica: Ascendente

Movimento Fase Concêntrica: Extensão de Joelho

Ação Muscular Fase Excêntrica (Descida)

Motor Primário: Quadríceps Femoral (Reto Femoral, Vasto Medial, Lateral, oblíquo e Intermédio)

Motor Secundário: Bíceps Femoral, Semitendinoso e Semimembranáceo, Poplíteo e Gastrocnêmio.

Movimento Fase Concêntrica (Subida): Quadríceps Femoral (Reto Femoral, Vasto Medial, Lateral, Oblíquo e Intermédio).

Articulação do quadril (acetábulo femoral)

Classificação Morfológica: Esfenoidal

Classificação Funcional: Triaxial

Plano: Sagital

Direção Fase Excêntrica: Descendente

Movimento Fase Excêntrica: Flexão do Quadril

Direção Fase Concêntrica: Ascendente

Movimento Fase Concêntrica: Extensão de Quadril

Ação Muscular Fase Excêntrica:

Motor Primário: Reto Femoral, Glúteo Máximo, Bíceps Femoral Cabeça Longa, Semitendinoso e Semimembranáceo.

Motor Secundário: Iliopsoas, Pectíneo.

Ação Muscular Fase Concêntrica: Glúteo Máximo, Semitendinoso, Semimembranoso e Bíceps Femoral Cabeça Longa.

Articulação do tornozelo

Classificação Morfológica: Gínglimo

Classificação Funcional: Uniaxial

Plano: Sagital

Direção Fase Excêntrica: descendente

Movimento Fase Excêntrica: Dorsiflexão

Direção Fase Concêntrica: Ascendente

Movimento Fase Concêntrica: Flexão Plantar

Ação Muscular Fase Excêntrica: Tibial Anterior, Fibular Terceiro, Extensor Longo dos Dedos e Extensor Longo do Hálux.

Ação Muscular Fase Concêntrica: Gastrocnêmio, Sóleo e Plantar

Fita cinesiológica – como aumentar os resultados do seu aluno

A fita cinesiológica, ou Knesio Tape, tem se tornado muito popular no tratamento de diversas patologias ao longo da última década. Esse método foi criando por um quiroprata japonês na década de 70. A técnica de Knesio Taping utiliza uma fita elástica que deve ser fixada sobre a pele, essa fita é elástica e mais grossa do que fitas comuns e tende a oferecer mobilidade e tração à pele.

Esse método consiste na combinação de aplicação de tensão sobre a área abaixo da fita e o posicionar o músculo alvo em uma posição de alongamento. Segundo o manual do método, essa tração promove uma elevação da epiderme e reduz a pressão nos mecanorreceptores situados abaixo da pele, assim reduzindo o estímulo de dor.

Outros benefícios incluem a melhora da circulação sanguínea e linfática, diminui a intensidade da dor, realinhamento articular, e alteração no padrão de ativação muscular dos músculos tratados.

Apesar de estar sendo amplamente utilizada no tratamento de lesões e no meio esportivo, como alternativa para estabilização articular, muito pouco se sabe realmente sobre a efetividade da fita cinesiológica. Atualmente se encontram uma série de revisões sistemáticas que avaliaram os efeitos do uso dessa terapia.

De uma forma geral, apesar de muito se atribuir à essa técnica, ainda não há evidências suficientes que deem suporte à utilização dessa técnica. Além disso, os estudos que demonstram efeitos positivos tendem a ser de má qualidade, deixando ainda uma lacuna sobre o tema. Ainda são necessários mais estudos para que se possa afirmar sobre a efetividade desse método.

Cuidados que devem ser tomados ao exercitar o seu aluno

Do ponto de vista da cinesiologia, aliada à biomecânica, precisamos estar atentos à uma séria de detalhes enquanto planejamos uma aula para nosso aluno. Procure identificar as tendências dos movimentos propostos, se elas mudam ao longo das fases de movimento e tenha certeza que está ativando a musculatura que precisa e, principalmente, se não está ativando musculaturas indesejadas.

Outro ponto importante é identificar a distância em que carga está sendo aplicado em relação ao eixo de rotação da articulação. Lembre-se, quanto mais distante do eixo for a aplicação da sobrecarga maior será o torque para a musculatura responsável.

Ainda, não somente as articulações envolvidas diretamente no exercício devem ser analisadas, veja seu aluno de forma global, não negligencie as forças atuantes sobre a coluna, por exemplo.

Conclusão

Esteja atento as ações primárias dos músculos. Músculos com mais de uma ação podem gerar a necessidade de neutralização por outros músculos e então ativar musculaturas indesejadas. Análise com cuidado e utilize esse guia sempre que precisar relembrar quais as ações que cada músculo está envolvido.

Concluindo, a análise cinesiológica é a base para qualquer prescrição, precisamos entender como o corpo funciona por dentro, e como cada músculo age permitindo nossos movimentos para que possamos prescrever de forma eficaz e segura.

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